12 de julho de 2016

Marcelo Castro é escolhido candidato único do PMDB para presidência da Câmara

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Após mais de uma hora de reunião a portas fechadas, o PMDB escolheu o deputado e ex-ministro da Saúde, Marcelo Castro (PI), para ser o candidato único do partido na eleição à presidência da Câmara dos Deputados, após a renúncia de Eduardo Cunha, que é a legenda. Castro foi ministro no governo de Dilma Rousseff.
Castro conquistou 28 votos e venceu o atual presidente da Comisssão de Constituição e Justiça (CCJ), Osmar Serraglio (PR), no segundo turno de votação. No total, foram 46 votantes. O PMDB, que tem a maior bancada da Casa, tem 66 integrantes.
“O PMDB tem vivido, nos últimos tempos, momentos de divisão e isto é uma página virada na nossa história. O PMDB está unido para trabalhar para nosso povo. A condição mais fundamental para um candidato vitorioso é contar com a unidade de seu partido. Se eleito, vou fazer administração com transparência, respeito a democracia e a participação de todos. O Brasil está precisando de harmonia e estabilidade”, afirmou Marcelo Castro.
Perguntado se vai pedir o apoio da atual oposição, Castro afirmou que vai pedir o apoio dos outros 512 deputados. “Meu compromisso é trazer a paz, harmonia e previsibilidade”, disse. O ex-ministro não votou a favor do impeachment de Dilma, condição estipulada pelo PT para apoiar um candidato. “Estava moralmente comprometido com aquele gesto”, explicou Castro. Segundo ele, a base de Temer chegará às eleições com “mais de uma dúzia” de candidatos, exceto Erundina.
O deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) já havia se registrado para a disputa. Apesar da decisão de hoje, da escolha de um candidato único, ele deve manter a candidatura avulsa.
Mais cedo, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (12) que “o governo trabalha com a ideia da base ter um candidato único” para a presidência da Câmara dos Deputados.
“Nós estamos trabalhando para que se tenha um só candidato. É possível construir [candidatura única]. Não tem por que nós criarmos a possibilidade de ter qualquer arranhão na base. Nós temos o projeto de um novo Brasil e esse novo Brasil passa por a gente ter condições de ter na Câmara a base que nós temos hoje. Não podemos correr riscos”, disse o ministro.
Oposição
O clima em torno do novo comando da Casa fica mais acirrado após partidos de oposição anunciarem uma reunião na liderança do PT no início da tarde. O partido de Dilma decidiu não apoiar o nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que pode ser o décimo segundo candidato a se registrar oficialmente. Maia é apontado como uma alternativa a nomes mais ligados a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), porém o PT descartou a Maia, pois ele votou a favor do processo de impeachment de Dilma.
A confirmação do nome de Maia na disputa pode levar a uma possível divisão na base aliada a Michel Temer. “Temer me ligou para trocar ideias, mas nunca para declarar apoio a mim ou simpatia a outros candidatos”, afirmou Rodrigo Maia. Em entrevista concedida na manhã de hoje, Maia afirmou que a eleição será decidida voto a voto e disse que os candidatos terão que procurar e conquistar cada apoio na Casa.
Segundo o deputado, o novo presidente da Câmara precisa buscar um ambiente de diálogo e pacificar a Casa. “Temos que devolver ao plenário a soberania dos votos”, defendeu.
Da mesma linha política de Maia, está Rogério Rosso (PSD-DF) que foi o décimo a registrar candidatura na noite de ontem (11). Líder do PSB, Rosso comandou a Comissão do Impeachment da presidenta Dilma Rousseff e é tido como um dos favoritos, entre os governistas, a ganhar a eleição.
Candidaturas
As candidaturas podem ser registradas até o meio-dia de amanhã (13), mesmo dia em que ocorre o primeiro turno de votações. Como o número de candidatos é grande e cada um terá 10 minutos para se manifestar em plenário, assessores da Casa estimam que o primeiro turno se estenda até meia-noite. Pelo acordo firmado ontem (11) por lideranças partidárias, haverá um intervalo de uma hora para início do segundo turno. Em um eventual segundo turno, a disputa será decidida obedecendo aos seguintes critérios: maior número de mandatos e parlamentar mais idoso.
Hoje, o primeiro a registrar candidatura foi o deputado Evair Vieira de Melo (PV-ES) que é vice-líder da legenda e está no primeiro mandato. O deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), que foi o sexto a oficializar seu nome, disse hoje (12) que pretende retirar a candidatura. Fortes deve apoiar o nome do mineiro Júlio Delgado, do mesmo partido.
Agência Brasil

Governo do Ceará lança edital de concurso para 4.200 vagas da Polícia Militar

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O reforço representa acréscimo de 26,08% ao efetivo atual da corporação. As inscrições serão realizadas entre os dias 22 de julho e 22 de agosto de 2016

O Governo do Ceará publicou, no Diário Oficial desta terça-feira (12), o edital de abertura do concurso público para ingresso no cargo de soldado da Polícia Militar do Ceará. São 4.200 vagas, distribuídas em três turmas, que deverão ser convocadas até o ano de 2018. O salário inicial é de R$ 3.134,58.

FOTO SOLDADO BANNER 6O governador Camilo Santana enaltece a importância da medida para a segurança do Estado. Segundo ele, o reforço representará acréscimo de 26,08% ao efetivo atual da PM e permitirá incremento das ações das Unidades Integradas de Segurança (Unisegs) e da interiorização da segurança pública, como a instalação de unidades do Raio, do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur) e do Batalhão de Divisas. Camilo Santana destaca ainda que a ampliação do efetivo é um compromisso assumido por ele para a área. “Continuamos trabalhando firme para transformarmos nosso Ceará num lugar seguro e mais justo”, afirma o governador.

De acordo com o edital, para participar do concurso o candidato deve ter o ensino médio completo e idade inferior a 30 anos no primeiro dia de inscrição do concurso. Pessoas com menos de 18 anos também poderão se inscrever no certame, desde que tenham atingido a maioridade na data da matrícula do Curso de Formação. Outros requisitos são cumprir os padrões de altura - 1m62cm (mínimo) para homens e 1m57cm (mínimo) para mulheres -, e possuir Carteira Nacional de Habilitação (no mínimo, na categoria “B”).

Inscrições
As inscrições serão realizadas entre os dias 22 de julho e 22 de agosto de 2016 pelo site do Instituto AOCP, instituição organizadora do certame. Também será disponibilizado um posto de inscrição presencial para os candidatos que não têm acesso à Internet. O valor da taxa de inscrição é R$ 100.

Seleção
 MG 1309O concurso está dividido em três etapas. A primeira é a fase intelectual, com a aplicação de provas objetivas; a segunda fase inclui exames médico, biométrico, odontológico e toxicológico, e a terceira etapa do certame é o Curso de Formação Profissional, que inclui ainda avaliação psicológica, teste de capacidade física, investigação social e avaliação final do curso de formação profissional, sendo todas de caráter eliminatório. A primeira etapa, prova objetiva, está prevista para acontecer no dia 25 de setembro de 2016.

Curso de Formação

Os candidatos aprovados serão alunos do Curso de Formação Profissional que será realizado pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (AESP/CE) e terá uma carga horária de 1.020 horas/aula, presenciais em regime de dedicação exclusiva. No período de aulas o aluno-candidato receberá uma bolsa de custeio.

A capacitação inclui aulas teóricas e práticas de diversas áreas como: sociedade, ética e cidadania; tiro policial defensivo; direitos humanos; polícia comunitária; defesa pessoal; técnica policial militar; atendimento em emergências médicas e direção veicular aplicada à atividade policial militar; e outros conhecimentos que preparam o novo soldado para o policiamento ostensivo e preventivo das ruas.
Para mais informações, o edital está disponível no endereço: http://www.institutoaocp.org.br/

12.07.2016

Fotos: Aesp, Carlos Gibaja e Tiago Stille / 


Governo do Ceará

Eleição do presidente da Câmara será quarta-feira à tarde, diz Mansur

Brasília - O primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), fala aos jornalistas sobre sua candidatura à presidência da Câmara(Antonio Cruz/Agência Brasil)
Todos têm condição de concorrer ao cargo, diz o 1º secretário da Cânara, Beto MansurAntonio Cruz/ Agência Brasil

























Após inúmeras reviravoltas, os deputados chegaram a um entendimento em torno da data definitiva para eleição do sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara. Segundo o 1º secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), após muita conversa e negociações por telefone, o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), marcou a votação para quarta-feira (13), a partir das 16h.

“Marcamos para a quarta-feira, para dar a quem quer ser candidato a possibilidade de se inscrever –  e os 512 deputados têm toda a condição de ser”, disse Mansur.


De acordo com o 1º secretário, Waldir Maranhão anda não oficializou a data porque pretende bater o martelo com os líderes partidários em reunião marcada para o fim da tarde desta segunda-feira. “Ele vai levar esse documento [com a proposta de data] ao colégio de líderes para ser referendado. Após ser referendado, vai ser publicado ainda hoje, para amanhã sair no Diário Oficial”, informou o deputado paulista.

Regras

A Câmara usará urna eletrônica na eleição de seu novo presidente. Pelas regras propostas, os deputados terão até as 12h de quarta para registrar as candidaturas. Um sorteio definirá, em seguida, a ordem dos deputados na votação, e essa sequência também valerá para a ordem dos discursos no plenário. “Quem for chamado para discursar e não estiver presente, não poderá ser chamado novamente. “

Para ser eleito, o deputado precisará da maioria absoluta: 257 votos. Caso ninguém consiga atingir esse número, haverá segundo turno. Em caso de empate, tanto no primeiro quanto em um eventual segundo turno, a disputa será desempatada obedecendo respectivamente aos seguintes critérios: maior número de mandatos e parlamentar mais idoso.


Candidaturas
Nesta segunda-feira, mais dois deputados formalizaram candidatura: Giacobo (PR-PR), 2º vice-presidente da Câmara, e Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator do mensalão, o ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Mansur também já anunciou que será candidato, mas, até o momento, ainda não oficializou a candidatura. ““Vou registrar até quarta-feira”, disse ele.

O PMDB, com 66 deputados, tem dois nomes até o momento disputando o cargo oficialmente: Marcelo Castro (PI) e Fábio Ramalho (MG). Além destes, há a expectativa do registro de candidatura de mais alguns correligionários do presidente interino Michel Temer. Nos bastidores, circulam os nomes dos deputados Baleia Rossi (SP), Osmar Serraglio (PR), Carlos Marun (MS) e Sérgio Souza (PR) como possíveis candidatos do partido.

Ao lado de Castro e Ramalho, oficialmente já registraram candidaturas os deputados Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Também são aguardadas as candidaturas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF). Há ainda a possibilidade de uma candidatura do PSOL.

Maia tenta costurar o apoio a sua candidatura fora do chamado centrão, tentando aglutinar o PSDB, o PPS e o PSB. Maia tenta ainda o apoio de partidos da oposição, como o PT e o PCdoB. Já Rosso, apesar de negar que esteja na disputa, busca se viabilizar como o candidato de consenso do Planalto.

Agência Brasil

Chikungunya desafia ciência e já mata mais que dengue e zika no Nordeste

  • AP Photo/Felipe Dana
O número de mortes confirmadas por chikungunya no Nordeste está desafiando médicos e pesquisadores a buscar explicações do porquê de uma doença de taxa de mortalidade baixa apresentar saltos fora do padrão normal da doença. A doença é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
A chikungunya foi motivo confirmado de 45 mortes no 1° semestre na região, contra 35 mortes por dengue e cinco pelo vírus da zika. O número de mortes ainda deve crescer consideravelmente, já que há outras 400 mortes por arboviroses em investigação nestes Estados, todas sem causa confirmada.
O levantamento feito pelo UOL inclui dados das secretarias estaduais de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. O governo de Sergipe não indica a quantidade de mortes em seus boletins divulgados nem a secretaria estadual de Saúde informou o número.
O Nordeste é a região do Brasil que mais sofre com o vírus, segundo o Ministério da Saúde. Até o fim de maio, 107 mil pessoas foram infectadas pela febre chikungunya --a região tem 87% das infecções registradas em todo o país. O número de pessoas infectadas no Brasil em 2016 já é quase nove vezes maior que as registradas em todo o ano passado: 13 mil.
Assim como dengue e zika, não existe um tratamento específico para chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre e dores articulares.

Gravidade da doença assusta

A dispersão da febre chikungunya pelo Nordeste tem deixado um rastro de adultos e idosos com dores crônicas graves que sobrecarrega os serviços de saúde, além de um número ainda não explicado de mortes. Os boletins das secretarias de saúde estaduais trazem aletas da gravidade da situação. 
O cenário epidemiológico das arboviroses urbanas em nosso Estado revela a ocorrência de grande número de óbitos, caracterizando uma situação preocupante para a vigilância epidemiológica"
Boletim do Rio Grande do Norte
No primeiro semestre de 2016, o número de mortes por arbovirores cresceu 426% no Rio Grande do Norte. O Estado é o que tem maior incidência de chikungunya do país. 

Mais fatal que dengue

Os índices de mortes apontados pelos Estados apontam para um mais vítimas fatais entre os infectados por chikungunya que entre os infectados por dengue.
Em Pernambuco, Estado líder em mortes pela doença na região, o índice de mortalidade de chikungunya é seis vezes maior que o da dengue. Até junho, foram sete mortes confirmadas de dengue para 19.304 pessoas infectadas (média de 0,4 morte para mil casos). Já no caso da chikungunya, são 11.273 casos confirmados de infecção, com 26 mortes: 2,1 para cada mil casos.
O índice é maior do que o apresentado na literatura médica. A letalidade de dengue nas Américas em 2014 foi de 0,7 óbitos por mil casos, enquanto o de chikungunya era de 0,2 por mil casos. 
O infectologista Kleber Luz, integrante do grupo de cientistas do Ministério da Saúde que investiga o problema, diz que essa taxa de mortalidade "aparentemente" maior para a febre que no caso de outras arboviroses intriga os especialistas.
[As mortes] têm preocupado muito a comunidade científica, realmente é um comportamento estranho da doença. A expectativa é que a chikungunya não produzisse óbitos. A coisa ganhou uma dimensão maior"
Kleber Luz, professor da UFRN
Para o Ministério da Saúde, ainda é preciso investigar mais detalhadamente as mortes por chikungunya "para que seja possível determinar se há outros fatores associados, como doenças prévias, comorbidades, uso de medicamentos, entre outros". Luz diz que o Ministério da Saúde vai debater um protocolo para investigar o problema. Ele diz que, no final de julho, um grupo da comunidade científica deve se reunir em João Pessoa para essa discussão.
Luiz Tito/Folhapress
A baiana Dannyelle Campelo, 32, toma diversos remédios devido à chikungunya
Luz indica que há duas teorias mais prováveis para as mortes. "Temos vistos alguns casos em que o vírus tem invadido o sistema neurológico, causando encefalite grave, e em crianças há um quadro clássico com múltiplas lesões de pele, mas isso já era esperado. Uma outra possibilidade é que, no Brasil, a venda é livre de todos os remédios, com exceção dos antibióticos; ao adoecerem e por terem muita dor, os pacientes talvez estejam usando anti-inflamatórios e corticoides", diz. 
O uso de remédios pode, ao mesmo tempo, tornar a doença mais grave e comprometer a imunidade dos infectados. "É como se deixasse o caminho livre para o vírus matar", explicou o infectologista. 

A doença

A transmissão da febre chikungunya foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2014. Os sintomas da doença são: febre acima de 39 graus e de início repentino e dores intensas nas articulações de pés e mãos. Pode ocorrer, também, dores de cabeça e nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.
Contra o avanço da doença e reações mais graves, o Ministério da Saúde já formulou o Guia de Manejo Clínico, com orientações sobre o diagnóstico precoce e manejo para profissionais de saúde.
Carlos Madeiro
Colaboração para o UOL, em Maceió