15 de julho de 2016

Boca Juniors perde sofrendo três gols em casa pela primeira vez na Libertadores

Jogadores do Independiente del Valle comemoram gol contra o Boca Juniors (Foto: Marcos Brindicci/Reuters)Jogadores do Independiente Del Valle comemoram no La Bombonera (Foto: Marcos Brindicci/Reuters)
Além da vaga inédita na final da Libertadores obtida após o 3 a 2 sobre o Boca Juniors na última quinta-feira, o Independiente Del Valle alcançou outro feito marcante na história da competição. Foi a primeira vez que a equipe argentina foi derrotada sofrendo mais de dois gols jogando no La Bombonera. Os equatorianos foram responsáveis pelo 12º revés do time de Buenos Aires em 131 partidas como mandante.

Foi a primeira vez que uma equipe do Equador bateu os xeneizes em solo argentino em uma Libertadores. O país que mais vezes conseguiu o feito foi o Brasil, com Santos, Cruzeiro, Paysandu e Fluminense. México e Uruguai tiveram dois representantes cada na lista - os argentinos Independiente e Vélez Sarsfield também venceram o Boca no estádio rival.

Foram sete derrotas em fase de grupos, duas em oitavas, uma em semifinal e duas em finais. No mata-mata, o resultado negativo em casa foi revertido em duas oportunidades: nas oitavas diante do Paysandu em 2003, com vitória no Brasil por 4 a 2 no jogo da volta, e na decisão de 2001 contra o Cruz Azul, quando o 1 a 0 mexicano levou o duelo para os pênaltis e os argentinos levaram a melhor por 3 a 1 - conquistando o tetracampeonato.

O Boca já havia sofrido três gols jogando em casa, mas somente em vitórias. Foram cinco vezes: nos 4 a 3 sobre Colo-Colo-CHI (2008), River Plate (1991) e Sporting Cristal-PER (1989) e nos 5 a 3 sobre El Nacional-EQU (2000) e Olímpia-PAR (1963).
TABELA derrotas Boca JUniors estádio Bombonera (Foto: Editoria de Arte)
Por Rio de Janeiro

Epidemia de zika na América Latina pode acabar em 3 anos, diz estudo

 Mosquitos Aedes aegyti são vistos em laboratório da Colômbia  (Foto: AP Photo/Ricardo Mazalan)Mosquitos Aedes aegyti são vistos em laboratório da Colômbia (Foto: AP Photo/Ricardo Mazalan)


Um estudo que será publicado na revista “Science” nesta sexta-feira (15) conclui que a epidemia do vírus da zika pode ter atingido seu pico e pode acabar por si só dentro de dois a três anos na América Latina.

Os cientistas do Imperial College de Londres, no Reino Unido, defendem que a epidemia não pode ser controlada com as medidas existentes. A equipe de pesquisadores prevê que a próxima epidemia em larga escala deve surgir só daqui a 10 anos, embora possam ocorrer surtos pequenos ao logo do tempo.

Neil Ferguson, professor e autor da pesquisa, explica: "Este estudo utiliza todos os dados disponíveis para fornecer uma compreensão de como a doença vai se desenrolar -- e nos permite avaliar a ameaça no futuro iminente. Nossa análise sugere que a propagação do vírus da zika não é controlável, mas que a epidemia vai se reduzir por si mesma dentro de 2 a 3 anos.”
No estudo, Ferguson e seus colegas juntaram os dados existentes sobre a transmissão do vírus da zika na América Latina. A equipe usou essas informações e analisou com outros números e detalhes relativos a vírus semelhantes, como a dengue.
Eles construíram, então, um modelo matemático para representar a atual epidemia e prever as ondas futuras de transmissão. Os cientistas calcularam que a atual epidemia terminaria dentro de dois a três anos, devido ao fato de as pessoas não serem suscetíveis à infecção do vírus da zika mais de uma vez.
   
"A epidemia explosiva atual acabará devido a um fenômeno chamado efeito rebanho. Como o vírus é incapaz de infectar a mesma pessoa duas vezes -- graças ao sistema imunológico, que gera anticorpos para matá-lo -- a epidemia atinge um estágio em que há muito poucas pessoas para infectar e sustentar a transmissão”, disse Ferguson.
   
A pesquisa prevê, utilizando a mesma base de cálculos, que a alta escala a transmissão não deverá reiniciar por pelo menos mais 10 anos. Isso depende de que surja uma nova geração na população que não tenha sido exposta ao vírus da zika. Isso deve se repetir com outras epidemias, como a chikungunya.

Suporte acomoda amostras de zika vírus na empresa de biotecnologia alemã Genekam (Foto: Ina Fassbender/Reuters)Suporte acomoda amostras de zika em empresa
de biotecnologia (Foto: Ina Fassbender/Reuters)
Vacinas   
"Enquanto o potencial fim da epidemia é, sem dúvida, positivo, ele também levanta questões para o desenvolvimento de vacinas”, disse o professor Ferguson. "Se nossas projeções estiverem corretas, os casos terão caído substancialmente até o final do próximo ano. Isso significa que, pelo tempo em que teremos vacinas prontas a serem testadas, poderão não haver casos suficientes de zika na comunidade para testar se elas funcionam”, completou.

A pesquisa destacou que há ainda muitas perguntas a serem respondidas sobre o vírus da zika e, portanto, muitas advertências para fazer previsões. Os estudiosos apontaram que não é possível entender ainda o motivo de o vírus da zika ter afetado a América Latina de uma forma tão explosiva.
Outra questão levantada, é a possibilidade de o clima ter de alguma forma ajudado na propagação do vírus, coincidindo com o evento El Niño. A mutação genética do vírus também pode ter desempenhado um papel, segundo o texto publicado pela “Science”, mas as informações iniciais atuais são limitadas com relação a essa hipótese.
Do G1, em São Paulo

Senado concede aposentadoria a Aloizio Mercadante

O Senado concedeu aposentadoria proporcional ao ex-senador petista Aloizio Mercadante. Ele receberá 15 400 reais mensais.
Aloizio Mercadante tem 62 anos e foi senador pelo estado de São Paulo de 2003 a 2011.

(Atualização – A assessoria de Mercadante entrou em contato com o Radar e disse que ele também computou seu tempo como professor e deputado federal para obter a aposentadoria).

Veja

Entenda o que mudou no Minha Casa Minha Vida

Ministério das Cidades mudou parte das regras de acesso para os candidatos ao Minha Casa Minha Vida. Famílias que têm integrantes com microcefalia não precisarão mais passar por sorteio para se beneficiar do programa.
Para ser atendido nessa nova forma de acesso, a família precisa estar enquadrada no Faixa 1, grupo cuja renda familiar é de até R$ 1,8 mil. Os valores dos imóveis dependem da localidade.
A prefeitura será responsável por intermediar a relação entre o banco e os beneficiários, prestar esclarecimento e tomar as providências finais para a entrega da unidade habitacional.
A medida foi assinada, nesta quinta-feira (14), no Palácio do Planalto e entrará em vigor assim que for publicada no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer nos próximos dias. A nova regra de acesso ao programa não levará em conta a idade de cidadãos com microcefalia nem a causa da doença. 
Na prática, mesmo os que tiverem microcefalia em decorrência de outras causas, que não o zika vírus, poderão ser beneficiados; independente de ser criança, jovem ou adulto.
Como é o Faixa 1
A modalidade Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida tem unidades habitacionais destinadas às famílias com renda mensal bruta de até R$ 1,8 mil. Até 90% do imóvel pode ser custeado pelo programa. O valor da habitação varia de acordo com o local.
Caso uma família se enquadre na Faixa 1, pode se cadastrar na própria cidade. Se os critérios forem atendidos, é preciso aguardar o sorteio que definirá qual casa ou apartamento será destinado ao beneficiário. Famílias com casos de microcefalia não precisarão mais aguardar pelo sorteio.
O que é o subsídio
O interessado também pode ser atendido com o MCMV Financiamento e, neste caso, deve fazer uma simulação para saber o valor do subsídio a que tem direito. Receber um subsídio significa que parte daquele imóvel ou do financiamento será custeado pelo poder público.
Essa subvenção pode ser percebida na parcela a ser paga, que é reduzida em comparação às operações de crédito tradicionais encontradas nos bancos.
O Minha Casa Minha Vida foi criado para facilitar o acesso à casa própria para famílias de baixa renda e prevê diversas formas de atendimento às famílias que necessitam de moradia.
Portal Brasil

Obesidade diminui expectativa de vida em até 10 anos, diz estudo

Estar acima do peso diminui cerca de um ano da expectativa de vida de um indivíduo, um preço que sobe para cerca de 10 anos nos casos de obesidade severa. É o que diz um amplo estudo publicado nesta quinta-feira na revista médica The Lancet. A pesquisa refuta estudos anteriores que concluíram que ter alguns quilos extras não traz riscos para a saúde.
Em vez disso, o novo estudo revelou evidências de que o risco de morrer antes de completar 70 anos aumenta, “de forma gradual e acentuada”, conforme a cintura se expande. “Esse estudo mostra, definitivamente, que o excesso de peso e a obesidade estão associados a um risco de morte prematura”, disse à AFP a líder da pesquisa, Emanuele Di Angelantonio, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
O risco de doença cardíaca coronária, acidente vascular cerebral, doenças respiratórias e câncer aumentaram todos os pacientes estudados. Usando dados de quase quatro milhões de adultos de quatro continentes, o estudo descobriu que as pessoas consideradas moderadamente obesas perdem cerca de três anos de vida. “Pessoas severamente obesas perdem cerca de 10 anos da expectativa de vida”, afirmou Di Angelantonio.

O estudo

Uma equipe internacional de pesquisadores selecionou dados a partir de mais de 10,6 milhões de participantes de 239 grandes estudos realizados entre 1970 e 2015 em 32 países na América do Norte, Europa, Austrália, Nova Zelândia e no leste e no sul da Ásia. O trabalho foi considerado o maior conjunto de dados sobre excesso de peso e mortalidade já reunido.
Para descartar o impacto de outros riscos de mortalidade, a equipe excluiu fumantes e ex-fumantes, portadores de doenças crônicas e pessoas que morreram nos primeiros cinco anos das pesquisas – e ficaram com uma amostra de 3,9 milhões de adultos.
A equipe dividiu a amostra em categorias de acordo com seu Índice de Massa Corporal (IMC) – peso dividido pelo quadrado da altura – e comparou os números e as causas de morte em cada grupo.

De acordo com o padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS), um IMC de 18,5-25 é considerado normal, 25-30 excesso de peso, 30-35 obesidade moderada, 35-40 obesidade severa, e acima de 40 obesidade mórbida.
Os pesquisadores descobriram que o risco de morrer antes dos 70 anos aumentou de 19% em homens com peso normal para 29,5% em homens moderadamente obesos. Entre as mulheres, esse risco aumentou de 11% para 14,6%. “Isso corresponde a um aumento absoluto de 10,5%, para os homens, e 3,6%, para as mulheres”, disse um comunicado da revista The Lancet.
Em 2014, de acordo com a OMS, mais de 1,9 milhão de adultos em todo o mundo estavam acima do peso. Desses, mais de 600 milhões eram obesos. O excesso de peso é associado a doenças cardíacas, derrame e a alguns tipos de câncer.
Veja.com


Rodrigo Maia elege unificação da base e pautas econômicas como prioridades de sua gestão

Apesar de ter derrotado no segundo turno da eleição para a presidência Rogério Rosso (PSD-DF) – candidato também do grupo governista – Rodrigo Maia diz que não há disputa interna e que pretende manter o diálogo tanto com a situação, quanto com a oposição. O presidente interino Michel Temer comemorou a vitória de Maia e disse que o “Brasil está se distensionando”.O novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tão logo foi eleito a já se encontrou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o presidente interino Michel Temer. Buscando unificar a base do governo, Maia prometeu ao chefe do Executivo priorizar as matérias de recuperação da economia e aprovar ainda neste ano a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos – que é uma das prioridades do governo interino.
Na primeira agenda como presidente, nesta quinta-feira (14), Rodrigo Maia também esteve com o senador Aécio Neves, presidente do PSDB. “Temos que fazer um pacto com os partidos para enfrentar, além da pauta econômica, a pauta política”, afirmou o senador. Para Maia, o apoio dos tucanos foi essencial para sua vitória.
Um dos desafios internos de Rodrigo Maia é quanto a bancada evangélica. Os religiosos, que apoiaram em peso Rogério Rosso, não são simpáticos ao novo presidente da Casa e possuem grande relevância no quadro interno, com cerca de 200 parlamentares. O grupo é contra Maia porque ele foi o autor do requerimento para votação em regime de urgência do projeto de lei que criminaliza a homofobia – aprovado pela Câmara em 2006 e parado no Senado
Cunha
Ex-aliado de Cunha, Rodrigo Maia sinalizou que deve colocar em pauta a cassação do ex-presidente da Casa em agosto – na volta do recesso parlamentar. “Se depender da minha vontade, (a cassação) será votada assim que os trabalhos e a Casa tiver quórum”, disse o novo presidente.
Maia diz que não se arrepende de ter apoiado Cunha em certo momento e que o peemdebista “foi um grande presidente da Câmara”. Afirmou ainda que não vê a derrota de Rogério Rosso como uma derrota de Eduardo Cunha na corrida pela presidência da Câmara. Porém, acredita que Rosso ficou marcado como aliado de Cunha, o que pode tê-lo atrapalhado na reta final da disputa.
Quanto ao “centrão”, grupo de apoio criado por Cunha, que apoiava Rogério Rosso, o novo presidente disse que não haverá problemas. “O resultado da eleição prova que os deputados não estão satisfeitos com essa pecha de centrão. O PR me apoiou, é uma sinalização forte de que está na hora de acabar, não com o centrão, mas com essa divisão na própria base”, avaliou.
Rodrigo Maia conquistou o apoio tanto de opositores, quanto de governistas, e fica no cargo até fevereiro de 2017, quando a Casa fará nova eleição para a Mesa Diretora. Pautas polêmicas como a reforma política e a reforma da previdência não estão no radar de votações do democrata pelo menos nos primeiros meses de mandato. O Congresso entra em recesso parlamentar e só retoma os trabalhos no dia 2 de agosto.
Congresso em Foco