24 de fevereiro de 2018

Para aumentar bancada, PR insiste em ter Tiririca

O PR não aceitou a decisão do deputado federal Francisco Everardo Silva, o Tiririca, de desistir da vida política e o assedia para que ele mude de ideia. O comediante é visto como candidato ideal, pois consegue, com poucos recursos, atrair milhares de eleitores e, assim, eleger de "carona" outros nomes do partido. Sem Tiririca, a legenda prevê que conseguirá eleger apenas três deputados em São Paulo.
O 1,016 milhão de votos obtidos pelo comediante na disputa de 2014 ajudaram o PR a eleger seis parlamentares no Estado. 
No dia 6 de dezembro, em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, Tiririca afirmou que não vai disputar a reeleição. Foi o primeiro discurso que ele fez em sete anos de mandato parlamentar.
O 1,016 milhão de votos obtidos por Tiririca em 2014 ajudaram o PR a eleger seis parlamentares
O 1,016 milhão de votos obtidos por Tiririca em 2014 ajudaram o PR a eleger seis parlamentares
Na época, Tiririca disse que estava "decepcionado" com a política e envergonhado pelo que estava vendo no Legislativo. Desde então, a cúpula do PR passou a pressioná-lo.
O ex-deputado Valdemar Costa Neto, que comanda o partido, conversou pelo menos duas vezes com ele. A última reunião ocorreu na semana passada em Brasília.
"O partido está se esforçando para demovê-lo. Ele traz votos e ajuda a fazer deputados", disse o deputado federal Milton Monti (PR-SP). 
Apesar da insistência, Tiririca mantém a posição de não concorrer. "Quero criar minha filha mais nova. Tenho seis filhos e não criei nenhum. Tem a decepção com a política também, mas a o lance maior é a família", afirmou. Ele também disse que pretende focar na carreira artística. "Os fãs misturam o político e o artista. Quando me abordam, já fico esperando uma pancada." 
Com informações do Jornal O Estado de S. Paulo

'Mais fácil um boi voar do que o PT apoiar alguém', diz Ciro Gomes

O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou nesta sexta-feira, 23, à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, que "é mais fácil um boi voar do que o PT apoiar alguém". Ciro comentava o encontro que teve com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), no início da semana.
O pré-candidato pedetista disse que "Lula e o PT" precisam entender o momento nacional em relação à condenação em segunda instância do ex-presidente no caso do triplex no Guarujá (SP). "Todo mundo sabe que os tribunais não vão deixar o Lula registrar a candidatura por causa da Ficha Limpa", disse Ciro, acrescentando que, mesmo assim, "Lula vai registrar e aí começa com o negócio que a gente sabe: liminar de juiz acolá, puxadinho jurídico pra acolá".
" "Tribunais não vão deixar o Lula registrar a candidatura por causa da Ficha Limpa", disse CiroTribunais não vão deixar o Lula registrar a candidatura por causa da Ficha Limpa", disse Ciro
Segundo o pedetista, "um país com 206 milhões de bocas não pode ficar refém dessa miudice política". "O Brasil está acima de todos nós." Na entrevista, Ciro falou ainda sobre a possibilidade de prisão do ex-presidente, condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, com sentença confirmada e ampliada pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). 
"Sofro com a ideia de um presidente, a quem tanta gente quer bem, merecidamente, mesmo repudiado e odiado, ser preso porque teria feito besteira ao redor de um triplex cafona numa praia de São Paulo", disse Ciro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Com informações do Jornal do Brasil

Maior fornecedor de fuzis para o Brasil é preso na Flórida, EUA

Polícia afirma que Barbieri foi responsável pelo envio ao Brasil do maior carregamento de armas já apreendido em terminal aéreo do país. (Foto: Reprodução/RJTV)Polícia afirma que Barbieri foi responsável pelo envio ao Brasil do maior carregamento de armas já apreendido em terminal aéreo do país. (Foto: Reprodução/RJTV)


Apontado pela Polícia Civil como o maior traficante de armas do Brasil, o brasileiro radicado nos Estados Unidos Frederik Barbieri foi preso na madrugada deste sábado (24) em sua casa, na Flórida. Ele foi preso por agentes do Serviço de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos (ICE). Além da prisão, a polícia americana conseguiu barrar o envio de 40 fuzis para o Brasil.

“A prisão foi muito importante para acabar com um esquema sofisticado de envio de armas de guerra dos Estados Unidos para o Brasil. Acreditamos que com a prisão de Barbieri a organização criminosa está desmantelada”, afirmou o delegado Fabricio Oliveira, da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme).

Barbieri é acusado de ter enviado ao Brasil, em maio do ano passado, uma carga de aquecedores de piscina recheada de fuzis. Foi a maior apreensão de armas feita no Brasil em 10 anos, o que levou investigadores a considerarem Barbieri o maior traficante de armamentos do país.

Uma investigação da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) interceptou o material e apreendeu as 60 armas, dentro do terminal de cargas do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Foi a maior apreensão de armas já ocorrida em terminal aéreo do país - eram fuzis AK-47, AR-10 e G3 que só poderiam ser usados por tropas de elite.

Fuzis apreendidos no Galeão em maio  de 2017 estavam escondidos em uma carga de aquecedores (Foto: Divulgação)
Fuzis apreendidos no Galeão em maio de 2017 estavam escondidos em uma carga de aquecedores (Foto: Divulgação)

De acordo com as investigações, parte desses fuzis seria entregue a traficantes da Favela da Rocinha, que desde setembro está em guerra. A polícia acredita que favelas de São Gonçalo também seriam abastecidas com aquele arsenal.

Frederik Barbieri, conhecido como Senhor das Armas, tinha dois mandados de prisão no Brasil - um da Justiça Federal da Bahia, por tráfico de munição anos atrás, e outro pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, justamente pelo envio deste carregamento de fuzis apreendido no Galeão.

A investigação da Polícia Civil depois foi enviada para a Polícia Federal, que deu sequência e prendeu 11 pessoas envolvidas na quadrilha, entre eles o filho de Fred, João Felipe e Edson da Silva Ornelas, apontado como seu contador.

A TV Globo apurou que, além da prisão de Fred, a polícia americana conseguiu interceptar um carregamento de mais 40 fuzis que estava sendo preparado para ser enviado para o Brasil novamente.

Cronologia: Barbieri era procurado há 8 anos

2010: Frederick Barbieri, que nasceu em Irajá (subúrbio do Rio de Janeiro), passa a ser procurado pela polícia da Bahia, depois que uma carga de munição para fuzis foi apreendida no porto de Salvador, em um contêiner que estava no nome dele.

Julho de 2012: Barbieri teria fugido para Miami, nos Estados Unidos, com medo de ser preso. Lá, ele obteve cidadania americana.

2015: Um mandado de prisão preventiva foi emitido contra ele, que passou a ser considerado foragido da Justiça brasileira. O Ministério Público também pediu a inclusão dele na lista de procurados da Interpol, mas o pedido foi negado pela Justiça. Em sua justificativa para negar o pedido do MP, o juiz Antônio Osvaldo Scarpa alegou que Frederik tinha endereço conhecido nos Estados Unidos.

No mesmo ano, em abril, um confronto dentro de um ônibus em Niterói, onde um policial militar foi morto, fez a Polícia Civil do Rio de Janeiro investigar a procedência de um fuzil de assalto no calibre 762 apreendido. Os investigadores descobriram que o mesmo tipo de arma estava sendo usado em diferentes comunidades do Rio para o tráfico de drogas e o roubo de cargas. As armas seriam intermediada por pelo menos dois homens, e Barbieri foi apontado como o transportador e fornecedor delas.

Maio de 2017: A Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) intercepta e apreende 60 fuzis AK-47, AR-10 e G3 no terminal de cargas do Aeroporto do Galeão, no Rio.

Julho de 2017: A Polícia Federal emite um segundo mandado de prisão contra Barbieri e uma mulher, e cumpre nove mandados de prisão em Rio das Ostras e São José do Rio Preto (RJ). Entre os presos estão o o filho de Barbieri, João Felipe, e Edson da Silva Ornelas, apontado como contador da quadrilha. Na época, Barbieri procurou a TV Globo e negou estar envolvido em tráfico de armas.

Fevereiro de 2018: Barbieri é preso pelo Serviço de Imigração e Alfândegas dos EUA, que também conseguiu barrar o envio de 40 fuzis para o Brasil.

Barbieri nega denúncias

Em junho do ano passado, logo após a apreensão de 60 fuzis no Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, Barbieri conversou com o Fantástico e negou ser traficante de armas. Foi somente após esta apreensão que o nome dele foi incluído na Interpol pelo caso de 2010. "Vão tentar me extraditar, só que eu volto a dizer: eu sou cidadão americano", disse ele na ocasião.

Ele próprio procurou a Globo após ter seu nome divulgado como traficante internacional de armas. Carioca do Irajá, Zona Norte do Rio, ele confirmou, na ocasião, que vivia em Miami (EUA) e que tinha uma empresa, mas negou trabalhar com comércio exterior. "Eu tenho uma empresa aqui nos Estados Unidos, mas é de consultoria", disse.

Na entrevista, ele também afirmou que nunca gostou de armas por uma razão familiar: o assassinato do pai. "Mataram meu pai na Baixada Fluminense por briga de terra. Então, como é que eu vou gostar de arma?", argumentou.

Por Leslie Leitão
Com informações do Globo.com

88% dos médicos recém-formados não sabem ler uma mamografia



Exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) com os recém-formados do curso no estado mostrou que 88% dos formandos não souberam interpretar o resultado de uma mamografia, um dos exames essenciais para a saúde da mulher.

Além disso, 60% têm pouco conhecimento sobre doenças parasitárias, 40% não souberam identificar um caso de apendicite aguda e 78% erraram o diagnóstico de diabetes.

Os resultados se referem ao exame realizado no ano passado, quando 64,6% dos novos médicos passaram e 35,4% foram reprovados.

É a primeira vez em dez anos que mais de 60% dos 2.636 recém-formados que fizeram o são aprovados.

Com informações da Revista Claudia 

Nordeste já conta com monitoramento piloto para as secas

Remanso - Com a falta de chuva na nascente do Rio São Francisco, o reservatório de Sobradinho vive a maior seca de sua história (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Nordeste já dispõe do Monitor de Secas para acompanhar o ciclo de estiagem e melhorar a política e a gestão dos problemas decorrentes da falta de chuvaMarcello Casal Jr/Agência Brasil


A Região Nordeste conta com o Monitor de Secas para acompanhar o ciclo de estiagem e melhorar a política e a gestão dos problemas decorrentes da escassez de chuva. O objetivo do Monitor é integrar o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais e estabelecer diferentes graus de severidades da estiagem, permitindo acompanhar a evolução temporal e espacial. As informações são atualizadas mensalmente. O modelo foi baseado no Monitor de Secas dos Estados Unidos, desenvolvido pelo Centro Nacional de Mitigação de Secas dos EUA (NDMC).

O modelo de acompanhamento facilita a tradução das informações em ferramentas e produtos para serem utilizados por instituições tomadoras de decisão e indivíduos, de modo a fortalecer os mecanismos de monitoramento, previsão e alerta precoce. Além disso, é uma maneira de consolidar em um mesmo lugar e com uma mesma linguagem as diferentes informações sobre seca na região, que sempre tiveram espalhadas em órgãos diferentes, usando indicadores diversos. “Não havia muita possibilidade de integração das informações e compartilhamento dos dados”, recorda Ana Paula Fiorezi, superintendente-adjunta de Operações e Eventos Críticos da Agência Nacional de Águas (ANA).

Na verdade, o que o equipamento faz é sistematizar o processo com uma metodologia bastante simples: usar indicadores de secas que são consagradas em nível mundial e classificar a seca em classes de severidade. “Vai de situação sem seca ou de seca moderada até seca excepcional. Uma vez por mês são elaborados mapas que permitem uma comparação da evolução da seca na região”, explica a representante da agência.

Com o Monitor, é possível saber quais regiões estão sendo mais afetadas e conseguir traçar uma tendência de evolução dessa seca. “A resposta à seca não depende só da severidade do evento naquele determinado momento, mas de um acumulado de históricos porque uma coisa é você ter uma seca severa que persistia dois meses e outra que persistia há alguns anos”, complementa Ana Paula Fioreze.

Ela explica ainda que quando o cidadão entra nesse mapa consegue visualizar as informações não somente por estados. “Não é uma instituição só que faz isso e privilegia a participação de todas as instituições estaduais. São três estados que fazem o revezamento na autoria: Bahia, com o Inema – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia; Pernambuco com a Apac – Agência Pernambucana de Águas e Clima e o Ceará com a Funceme – Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos”, ressalta. Eles usam dados que estão disponíveis em diferentes locais e consolidam as informações. Todos os estados participam de um processo de validação pegando os mapas e verificando com as pessoas que atuam no campo se aquilo corresponde a realidade ou não.

As informações sobre seca dificilmente são conseguidas em tempo real. A periodicidade que se consegue por enquanto é mensal. “Na verdade é um instrumento utilizado mais pelos órgãos gestores de recursos hídricos. Mas vários estados e o Ministério da Integração, também em algumas ações, usam para confirmar situação de emergência ou de calamidade e para se planejar para resposta, como por exemplo a carros-pipas ou outros socorros”, reforça a superintendente da ANA.

O sistema é um instrumento de monitoramento e não de prognóstico. Por enquanto, está centralizado no Nordeste. Desde janeiro de 2017, o equipamento passou a ser coordenado pela Agência Nacional de Águas e um dos objetivos é expandir esse monitoramento para todo o país em cinco anos.

Ana Paula Fioreze lembra que população pode acessar todos os mapas e os indicadores do Monitor, além dos resultados finais, que são sempre disponibilizados no 15º dia do mês subsequente. Há também o aplicativo, disponível para IOS e Android, onde podem ser baixados os indicadores que vêm sempre com uma narrativa do mês anterior. O endereço é: monitordesecas.ana.gov.br

Com informações da Agência Brasil