17 de março de 2019

Lava Jato completa cinco anos com 155 pessoas condenadas

A Polícia Federal prende o banqueiro Eduardo Plass em nova etapa da Operação Hashtag, desbodramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.
A Operação Lava Jato completa cinco anos neste domingo (17). Conforme divulgado pelo Ministério Público Federal no Paraná, os 1.825 dias de trabalho de investigação, acusação e julgamentos resultaram em 242 condenações contra 155 pessoas, em 50 processos sentenciados por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, organização criminosa, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas, crime contra a ordem econômica, embaraço à investigação de organização criminosa e falsidade ideológica.
Nesse período, R$ 2,5 bilhões retornaram à Petrobras, a principal estatal lesada pelo esquema, conforme determinação da Justiça – o que corresponde a uma média de R$ 1,37 milhão por dia devolvido aos cofres públicos desde 2014. Há ainda 11,5 bilhões a serem devolvidos para o erário, inclusive à petrolífera, conforme já acordado com a Justiça Federal.
No total de 13 acordos de leniência com empresas envolvidas, está previsto o ressarcimento de R$ 13 bilhões, valor superior à previsão de gastos da Justiça Federal (R$ 12,8 bi) ou do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (11,9 bi) descritos no Orçamento Anual de 2019 (anexo II). O MPF tem expectativa de que o valor apurado possa chegar a R$ 40 bilhões.

Método

Em 17 de março de 2014, a operação foi a campo, ganhou nome de sua “1ª fase”, inaugurou o método de trabalho e surgiu para a opinião pública que passou a acompanhar as investigações. A Justiça Federal determinou então 19 conduções coercitivas para depoimento na Polícia Federal, expediu 81 mandados de busca e apreensão e ordenou a prisão de 28 pessoas sob investigação – entre eles, o doleiro paranaense Alberto Youssef.
Três dias depois, a Lava Jato voltou ao destaque no noticiário ao prender o engenheiro Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras (2004-2012), apontando relação ilícita entre ele e o doleiro Youssef.
O ex-engenheiro foi solto em maio, após recurso no Supremo Tribunal Federal (STF). Cerca de 20 dias depois, Costa voltou à prisão, após a Justiça reconhecer risco de fuga por causa de US$ 23 milhões encontrados na conta dele em um banco na Suíça.
Em agosto, dois meses após o segundo encarceramento, o ex-diretor da Petrobras assinou acordo de delação premiada. No mês seguinte, foi a vez do doleiro Youssef. Ambos passaram a ser peças fundamentais nas investigações do escândalo.

Fases

Passados cinco anos e desencadeadas 60 fases, a Lava Jato fez 91 acusações contra 426 pessoas físicas, nem todas processadas. Entre essas 63 pessoas foram acusadas de improbidade administrativa, junto com “18 empresas e três partidos políticos (PP, MDB e PSB)”, conforme o MPF. Mais de 180 pessoas denunciadas fizeram acordo de delação premiada e passaram a colaborar com as investigações.
A operação é resultado do trabalho da força tarefa que atua ainda hoje na operação com procuradores do MPF, policiais federais, auditores da Receita Federal, técnicos do Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O principal juiz responsável pelas condenações na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, Sergio Moro, foi nomeado ministro da Justiça e da Segurança Pública do atual governo.

Revezes

Na última semana, a Operação Lava Jato sofreu dois revezes. Contrariando as expectativas de procuradores da Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na quinta-feira (14) que a Justiça Eleitoral tem competência para investigar casos de corrupção quando envolverem simultaneamente caixa 2 de campanha e outros crimes comuns, como lavagem de dinheiro, que são investigados na Operação.
No dia seguinte (15), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu suspender o acordo feito entre a força-tarefa e os Estados Unidos.
Por Gilberto Costa
Com informações da Agência Brasil 

Escolas precisam se preparar para situações de violência

Tiroteio teria ocorrido dentro da Escola Estadual Prof. Raul Brasil, em Suzano (SP)
Para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, as escolas brasileiras não estão preparadas para lidar com questões de violência e conflitos. Apesar da legislação brasileira atribuir aos centros de ensino a responsabilidade de prevenção e combate à violência e à promoção da cultura de paz, os professores e funcionários, de maneira geral, não são instruídos de forma adequada para episódios de ameaça e risco.
Tragédias como a que ocorreu na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP),  na qual morreram 10 pessoas e 11 ficaram feridas, chamam atenção para a vulnerabilidade dos colégios para lidar com situações como essas, tanto na hora da prevenção quanto para lidar com a comunidade escolar após o ocorrido.
"Essas questões de convivência, de relacionamento, de sentimentos e emoções são tratadas ainda nas escolas brasileiras de maneira empírica”, disse a a diretora do Instituto Inspirare, Anna Penido. O Inspirare é uma organização que defende práticas e políticas públicas inovadoras em educação.
Em seguida, Anna Penido acrescentou que: “Cada escola, a partir de ter mais ou menos sensibilidade para isso, de ter mais ou menos professores preocupados com isso, de mais ou menos pessoas disponíveis para resolver essas questões, vão se organizando para dar conta. Não tem algo estruturado para dar conta desse trabalho".

Responsabilidade

A responsabilidade das escolas com essas questões está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabele o mínimo de cconteúdo a ser ministrado aos estudantes desde o ensino infantil ao médio, prevê também o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. O que significa na prática que os alunos devem aprender a lidar, entre outras coisas, com as próprias emoções. A BNCC ainda está em fase de implementação.
"A escola é o primeiro lugar onde as crianças convivem fora do ambiente familiar e sem a família. Tem o lado da convivência, de respeitar o outro, de dividir, compartilhar com o outro. Isso é inato da natureza da escola", disse Anna Penido. 
A professora da faculdade de educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Telma Vinha ressaltou que colocar as medidas previstas em lei e na BNCC em prática "implica investir em formação de base e continuada de professores nessa área". Telma é também coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem), que atua junto a escolas de Campinas.
Telma afirmou que para tratar de questões emocionais é necessário, além do investimento na própria escola e em formação, a colaboração entre a comunidade e também entre outras áreas, como a saúde. "Não é levar a responsabilidade para a escola, mas ela lida com convivênvia o tempo inteiro. Tem que oferecer um melhor olhar para isso."
O Gepem disponibilizou o Protocolo de intervenção após casos de violência no esforço de ajudar escolas a melhorar a qualidade de convivência. 
O protocolo, segundo Telma, pode ajudar a Escola Estadual Raul Brasil. "Esse protocolo descreve passos de ações que a escola pode ter para incentivar os estudantes e funcionários a se abrirem para que se fale sobre o problema e sobre os sentimentos. Tem várias dinâmicas, sugestões de vídeo e leitura."
Por Mariana Tokarnia 
Com informações da da Agência Brasil

Famílias são retiradas de casa por risco de rompimento de barragem em Ubajara, no Ceará

Açude Granjeiro, em Ubajara, vem passando por avaliações da Defesa Civil e medidas de contenção — Foto: Maristela GláuciaAçude Granjeiro, em Ubajara, vem passando por avaliações da Defesa Civil e medidas de contenção — Foto: Maristela Gláucia

Mais de 250 famílias que vivem no entorno da barragem Granjeiro, de Ubajara, na Região da Ibiapaba do Estado, foram retiradas de casa na noite deste sábado (16), em caráter preventivo, caso haja o rompimento do açude. As informações foram divulgadas pelo Corpo de Bombeiros e pelo prefeito do município, Rene Vasconcelos, em transmissão ao vivo nas redes sociais. Parte das famílias foi transferida para casas de parentes, enquanto outras foram encaminhadas ao Santuário da Mãe Rainha, localizado no Bairro São Sebastião.

Desde o dia 11 de março, as intermediações do açude vinham sendo submetidas a avaliações da Defesa Civil devido às chances de rompimento após as fortes chuvas. Rene Vasconcelos afirmou que o risco é mínimo, mas a transferência da comunidade ribeirinha é uma medida de prevenção. Cerca de 513 famílias vivem na região.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, equipes foram para o local juntamente com a Prefeitura Municipal de Ubajara e com órgãos municipais da Defesa Civil, e estão auxiliando na retirada das famílias.

Um novo sangradouro, segundo o prefeito de Ubajara, está sendo aberto para o açude Granjeiro. A previsão é de que as obras sejam concluídas entre segunda-feira (18) e terça-feira (19).

Vasconcelos informou que algumas medidas, como a instalação de réguas para o monitoramento do nível da água, foram implantadas no açude.

Municípios vizinhos, como Ibiapina e Tianguá, também estão auxiliando na operação, com o envios de equipes de segurança, ambulâncias e transporte.

Com informações do G1 CE

Agora pela Copa do Nordeste, Ceará e Fortaleza duelam no Castelão

Equipes empataram pelo Campeonato Cearense na semana passada (Foto: Felipe Santos/Cearasc.com)

Uma semana depois de empatarem em 0 a 0 pelo Campeonato Cearense, Fortaleza e Ceará protagonizam mais um Clássico-Rei, neste domingo (18h00, de Brasília), na Arena Castelão pela Copa do Nordeste. As duas equipes não estão em seus melhores momentos, portanto o clássico promete ser disputado, com os rivais na luta por uma recuperação.

O Fortaleza teve a semana cheia para trabalhar, enquanto o Ceará pegou o Corinthians pela Copa do Brasil e foi derrotado, em casa, por 3 a 1. Ainda assim, o lateral-esquerdo Carlinhos, do Leão, concedeu entrevista coletiva e afirmou que não espera o time de Lisca abalado pelo placar negativo.

“Eu acho que por ser clássico, eles não vêm abalados, vêm focados. Vai ser difícil, queremos conquistar o objetivo, a vitória”, declarou o jogador do Fortaleza.

Com cinco jogos seguidos sem vitórias, o treinador Rogério Ceni conta com muitos desfalques que estão no departamento médico. Os laterais Tinga e Bruno Melo, o volante Gabriel Dias, o meia Madson e o goleiro Felipe Alves estão lesionados e não ficam à disposição para a partida.

Pelo lado do Vozão, o também lateral Samuel Xavier declarou que é difícil comparar o clássico deste domingo com o de semana passada e disse acreditar em um jogo completamente diferente.

“Tudo muda. Não tem como comparar com o da semana passada. É outra competição com outro regulamento. Cada clássico é um jogo diferente, que não existe favoritismo algum. Vimos a qualidade da equipe deles no domingo passado, mas eles também viram a nossa. Foi um jogo equilibrado. Agora, nós queremos vencer, claro, mas com pé no chão”, ressaltou o lateral.

O Ceará lidera o grupo B com 11 pontos e pode abrir uma vantagem de três para o ABC, que já jogou na rodada e é o segundo colocado. A única equipe que pode colar no Vozão é o Botafogo-PB, que também joga neste final de semana e tem a mesma pontuação, ocupando o terceiro lugar.

Já o Tricolor do Pici está ocupa o segundo lugar do grupo A da Copa do Nordeste com oito pontos, um atrás do líder Santa Cruz. O empate garante a equipe na liderança, já que tem saldo de gols maior em relação ao time pernambucano.

Com informações da Gazeta Esportiva