5 de julho de 2016

Icasa anuncia técnico que conseguiu acesso com rival Guarani de Juazeiro


Luís Carlos Mendes vai dirigir o Verdão (Foto: Divulgação)Luís Carlos Mendes vai dirigir o Verdão (Foto: Divulgação)
Para o lugar do técnico português Paulo Morgado, a diretoria do Icasa anunciou um velho conhecido do futebol caririense. Luís Carlos Mendes se apresenta ao Verdão do Cariri nesta terça-feira e comanda a equipe na sequência da temporada. Será o quinto treinador a trabalhar no clube em 2016 (além de Morgado, Márcio Bittencourt, Zanata e Júnior Caruaru).
Luís Carlos Mendes tem 51 anos e começou o ano no Vitória das Tabocas, onde conseguiu o acesso para a Primeira Divisão Pernambucana ano passado. Ainda em 2015, dirigiu o Treze no Campeonato Brasileiro Série D. O novo técnico icasiano iniciou a carreira como auxiliar de treinadores como Nereu Pinheiro, Maurício Simões e Edson Gaúcho. O treinador já trabalhou no Nacional de Patos, Central, Sergipe, Confiança, Ipanema e Picos.
No futebol cearense, Luís Carlos Mendes já passou pelo Crateús, Limoeiro e Boa Viagem. Em 2008, treinou o Barbalha e no ano seguinte conquistou o acesso do Guarani de Juazeiro no Campeonato Cearense. O comandante voltaria a trabalhar no rival do Icasa em 2013, por apenas duas partidas.
Blog do Fabiano Rodrigues

Diretoria do Guarani de Juazeiro anuncia volta do técnico Washington Luis

Washington Luís volta ao Leão (Foto: Arquivo/Agência Miséria)
Washington Luís volta ao Leão (Foto: Arquivo/Agência Miséria)
Com chances matemáticas de classificação no Campeonato Brasileiro Série D, a diretoria do Guarani de Juazeiro resolveu mudar o comando técnico. Jorge Luís, que tinha um acordo para dirigir o Crato na Fares Lopes, se apresentou ao Azulão. Para o seu lugar, foi contratado Washington Luís, que será apresentado na tarde desta terça-feira, no CT do Leão.
O novo comandante volta ao clube após terminar o estadual do ano passado na terceira posição, classificando a equipe para o Campeonato Brasileiro. No entanto, Washington Luís não teve seu contrato renovado e deixou o Guarani. Após passagens por Iguatu, Floresta e Barbalha, o treinador volta ao Leão do Mercado para concluir a participação na competição nacional e planejar a participação na Taça Fares Lopes.
Sem vencer um jogo de Campeonato Brasileiro Série D desde 2011, o Guarani de Juazeiro traz de volta justamente o treinador que comandou as únicas vitórias da equipe na competição. Com Washington Luís, o Leão do Mercado venceu Santa Cruz/RN, Porto/PE e Santa Cruz/PE. Nas participações do ano passado e deste ano, o clube não conseguiu vencer ainda.
Blog do Fabiano Rodrigues

Pressionado por governadores, Temer pede que TCU avalie verba para Estados

Michel Temer teria dito na manhã desta terça-feira (5) que avaliará situação dos Estados
Michel Temer teria dito na manhã desta terça-feira (5) que avaliará situação dos Estados

Depois que liberou R$ 2,9 bilhões para o Rio de Janeiro resolver problemas emergenciais, o presidente interino Michel Temer pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que avalie a possibilidade de novas concessões de crédito a outros Estados. Isso porque ele vem sofrendo pressão de governadores, que também pedem reforços do governo federal.
Em reunião na tarde de segunda-feira (4) no Palácio do Planalto, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), apresentou um estudo sobre a situação da seca no Estado e pediu verbas para a conclusão de obras da transposição do Rio São Francisco. Na semana passada, governadores das regiões Norte e Nordeste solicitaram liberação de recursos extras ao Planalto.
Segundo uma fonte próxima ao presidente interino, Temer declarou na manhã desta terça-feira (5) que está analisando os pedidos. "Não prometeu nada", disse. De acordo com as informações, o peemedebista estaria fazendo consultas ao TCU para decidir se edita alguma Medida Provisória (MP) que libere créditos aos governos regionais. Ele não chegou a mencionar o montante avaliado e nem os Estados que poderiam ser beneficiados caso a decisão seja tomada.
Entenda o caso
Na última quinta-feira (30), o governo federal publicou uma MP para liberar crédito extraordinário de R$ 2,9 bilhões de auxílio financeiro ao Rio de Janeiro. O dinheiro será usado pelo Estado para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos na capital fluminense – segundo o Planalto, a ajuda é emergencial e excepcional.
Não demorou para que outros governadores tornassem públicas suas queixas, argumentando que suas contas também estão em situação crítica. Na carta ao presidente, os governadores reivindicaram um repasse de R$ 8 bilhões ainda neste ano para compensar a queda das transferências do Fundo de Participação dos Estados desde 2011, em decorrência da política de renúncia fiscal da presidente afastada Dilma Rousseff.
O Estado de S. Paulo

Mais de 60% dos brasileiros não se preparam para a aposentadoria


O movimento na Rua 25 de Março, maior centro de comércio popular de São Paulo
Pesquisa diz que 74,1% dos trabalhadores contribuem para o INSS, mas, excluindo a previdência pública, 6 a cada 10 entrevistados não investem em aposentadoria privada   Marcelo Camargo/Agência Brasil




Mais da metade dos brasileiros com vida economicamente ativa não se preparam para a aposentadoria, contando apenas com o benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para quando parar de trabalhar. É o que revela pesquisa divulgada hoje (5) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil.

O estudo indica que 74,1% dos trabalhadores contribuem de alguma forma para o INSS, seja como assalariado ou autônomo, mas, excluindo a previdência pública, seis a cada dez entrevistados disseram não fazer nenhum tipo de investimento visando a aposentadoria.

Para a economista-chefe do SPC, Marcela Kawaut, a pesquisa confirma uma impressão já corrente entre os especialistas: os brasileiros não se previnem contra a redução de renda que terão quando precisarem parar de trabalhar. “E quanto mais velhos, mais caros os planos de saúde e maior a propensão a ter problemas de saúde que necessitem remédios caros”, alerta.

Além de o benefício do INSS ter um valor bastante reduzido em relação à renda ativa, a economista destaca que a aposentadoria pública pode vir a se tornar ainda mais restrita com as mudanças na Previdência Social hoje discutidas pelo governo. Por essa razão, é recomendável algum tipo de aplicação que possa prover um complemento financeiro no futuro.

Faltam recursos
Mais que a desinformação, contudo, o estudo revela que a falta de recursos é a principal razão para o brasileiro não se preparar para uma aposentadoria condizente com sua condição de vida atual.

“Infelizmente, não faço nada porque não sobra dinheiro”, disse Cintia Borges, massoterapeuta de 45 anos que mora em Brasília, possui carteira assinada e tem dois filhos. “Gostaria muito, porque não dá para contar com o INSS. Por isso, nem passa pela minha cabeça essa ideia de se aposentar, de parar de trabalhar.”

É o que pensam 38,8% dos entrevistados, que disseram já imaginar uma queda no padrão de vida caso se aposentem. Outros 13,3% consideram que nunca poderão parar de trabalhar.

Dos entrevistados que responderam fazer algum tipo de reserva, além do INSS, para incrementar a renda ao se aposentar, 19,2% disseram colocar dinheiro na poupança. Apenas 6,2% das pessoas revelaram contribuir para algum programa de previdência privada, e 6,1% responderam investir em imóveis. O valor médio dessa reserva é de R$ 258,00 por mês.

Agência Brasil

'Com 10 anos ele pesa 188 kg': mãe relata batalha de filho com obesidade

Arya Permana é considerado obeso mórbido (Foto: BBC)Arya Permana é considerado obeso mórbido (Foto: BBC)
Um menino de 10 anos da Indonésia, chamado pela imprensa de "criança mais gorda do mundo", começou a fazer uma dieta por ordens médicas. 
Ele não consegue mais andar e parou de ir à escola por causa de seu peso.
Com 188 kg, Arya Permana é considerado obeso mórbido. A BBC conversou com a mãe dele, Rokayah, em Karawang, Indonésia.
Ela conta que seu filho comia "dois pratos (macarrão, almôndegas ou mingau)" cinco vezes por dia, e que agora, na dieta, recebe "arroz vermelho, legumes e frutas".
Vídeo: Oki Budhi and Christine Franciska
Menino está de dieta, comendo arroz vermelho, legumes e frutas (Foto: BBC)Menino está de dieta, comendo arroz vermelho, legumes e frutas (Foto: BBC)

Da BBC

Corrupção se alastrou no País porque prisão não é regra, afirma Sérgio Moro

Juiz Sérgio Moro defende a prisão preventiva quando há 'boas provas de autoria e materialidade de condutas criminais graves'Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, defendeu vigorosamente a necessidade da prisão preventiva como instrumento para coibir a corrupção. Para o magistrado, os malfeitos em série se tornaram rotina no País porque poucas vezes foram decretadas prisões em caráter preventivo dos investigados.
— Embora o Judiciário seja o guardião das liberdades fundamentais, também tem o dever de proteger vítimas de crimes, indivíduos e toda a sociedade, da reiteração delitiva, máxime em um quadro, em cognição sumária, grave de corrupção sistêmica.
A declaração de Moro está no despacho em que autorizou a Operação Abismo, 31º desdobramento da Lava Jato, que pegou o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira.
— É possível, aliás, afirmar que uma das causas prováveis do agravamento e da proliferação de práticas corruptas entre nós tenha sido a falta de tomada, como regra geral, de medidas mais sérias para preveni­-las, entre elas a prisão preventiva, quando presentes boas provas de autoria e materialidade de condutas criminais graves, para impedir reiteração criminosa.
As palavras de Moro batem de frente com o discurso reiterado de alguns dos maiores e mais respeitados criminalistas do País, advogados que veem "excessos" do Judiciário desde que a Lava Jato explodiu, em março de 2014.
Moro é taxativo: "Excepcional no presente caso não é a prisão cautelar, mas o grau de deterioração da coisa pública revelada pelos processos na Operação Lava Jato, com prejuízos já assumidos de cerca de seis bilhões de reais somente pela Petrobras e a possibilidade, segundo investigações em curso no Supremo Tribunal Federal, de que os desvios tenham sido utilizados para pagamento de propina a dezenas de parlamentares, comprometendo a própria qualidade de nossa democracia."
Para o juiz da Lava Jato, a manutenção de Paulo Ferreira em liberdade "ainda oferece um risco também especial considerando a sua atividade política".
— Paulo Adalberto Alves Ferreira tem longa vida política. Consta que participou da organização de eleições desde 1982, e entre 2003 a 2010 exerceu diversos cargos relevantes na estrutura do Partido dos Trabalhadores, inclusive Secretário de Finanças de 2005 a 2010.
Moro para "risco à sociedade" com Paulo Ferreira solto.
— Também exerceu o mandato de deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores entre 14 de março de 2012 a 17 de março de 2014, na condição de suplente. E mesmo atualmente sem mandato, não se pode dizer que não tem mais influência ou poder político, considerando sua permanência nas estruturas partidárias e seu histórico político desde 1982, bem como a relevância dos cargos que já exerceu.
Para Moro, é "inaceitável que agentes políticos em relação aos quais existam graves indícios de envolvimento em crimes contra a Administração Pública e lavagem de dinheiro permaneçam na vida pública sem consequências".
Na avaliação do juiz, "o correto seria que as próprias instituições políticas ou as próprias estruturas partidárias resolvessem essas questões".
— Não sendo este o caso, necessária infelizmente a intervenção do Poder Judiciário para poupar a sociedade do risco oferecido pela perpetuação na vida pública do agente político criminoso, máxime quando há possibilidade de que este volte, circunstancialmente, a assumir mandato parlamentar. Nada pior para a democracia do que um político desonesto.
Para Moro, o fato de Ferreira não exercer no momento mandato parlamentar "não elide o risco à ordem pública, pois além da probabilidade de retorno, já que suplente, não consta que ele abandonou a vida pública, sendo também de se destacar que o produto dos crimes não foi recuperado e foi submetido, em princípio, a esquemas sofisticados de lavagem, servindo a prisão cautelar para prevenir que seja submetido a novas operações de ocultação e dissimulação".
O Estado de S. Paulo

Governo estuda mudança na aposentadoria rural

Aposentadoria rural deve ter novas regras para amenizar romboGetty Images
Maior componente do rombo do sistema geral de Previdência, responsável por um rombo de R$ 91 bilhões no ano passado, a aposentadoria dos pequenos produtores rurais deverá mudar.
O governo estuda alterar a contribuição previdenciária dessas pessoas para, de um lado, reduzir o déficit e, de outro, aumentar a segurança jurídica do contribuinte.
Hoje, por causa da dificuldade de comprovar o trabalho no campo, 30,2% das aposentadorias rurais são concedidas por força de decisão judicial.
Ainda não há uma proposta fechada para atacar o problema. Mas é bem provável que mude a forma como esses agricultores recolhem para a Previdência.
Atualmente, os pequenos produtores rurais recolhem, a título de contribuição previdenciária, o equivalente a 2,1% sobre a receita bruta da venda de sua produção. Quando não vendem, não precisam pagar nada.
Uma das alternativas em exame é criar uma contribuição mais permanente, que pode ser um valor fixo. Ela terá de respeitar o fato de o homem do campo ter renda sazonal e, em geral, mais baixa que a do trabalhador urbano.
Da forma que está hoje, o sistema de contribuição do trabalhador rural tem vários problemas. Do ponto de vista do trabalhador, o principal é que essa contribuição é recolhida pela empresa que compra a produção. E ela não precisa identificar quem foi o vendedor.
Ou seja, o produtor rural não tem um comprovante de que a contribuição foi recolhida em seu nome. Menos ainda se ele vende seus produtos para pessoas físicas, sem emissão de nota fiscal.
Quando esse agricultor vai pedir aposentadoria, praticamente não tem como demonstrar que passou a vida toda trabalhando no campo. Como "prova", eles apresentam fotos, notas fiscais de compras de sementes ou equipamentos agrícolas.
Na dúvida, o funcionário do INSS tem orientação para negar o benefício. Isso ocorre com frequência e, nesses casos, o produtor recorre à Justiça. No ano passado, 30,2% dos 307.654 benefícios rurais foram concedidos dessa forma.
Nos estudos da reforma, um dos objetivos é facilitar a comprovação da atividade rural por esses trabalhadores. E atacar o alto nível de informalidade e sonegação. Como o produtor rural só precisa recolher quando comercializa, ele sempre pode alegar que não vendeu nada.
"É preciso ter cuidado para que não se exclua de vez os produtores do sistema", diz o assessor de Previdência Social da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Evandro Morello. Ele avalia que a adoção de uma contribuição fixa de fato ajudaria o agricultor a comprovar seu trabalho no campo. Mas, ao mesmo tempo, seria uma dificuldade para produtores que nem sempre têm o que comercializar. 
O Estado de S. Paulo