4 de abril de 2018

Jungmann afirma que texto de Villas Boas defende institucionalidade e serenidade

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O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, comentou hoje (4) as declarações de "repúdio à impunidade" do comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, publicadas nesta terça-feira (3) na internet. Jungmann afirmou que o texto postado nas redes sociais traz uma mensagem de serenidade e legalidade e revelou que elogiou as palavras em um encontro com o general na manhã de hoje (4).

"As palavras do general Villas Boas representam basicamente a defesa da institucionalidade, a defesa da Constituição e, sobretudo, a noção de que a regra do jogo é para ser cumprida e de que tem que ser aceita", disse Jungmann.

"Quando ele lembra que o Exército brasileiro e as Forças Armadas estão atentas ao seu papel institucional, o papel institucional das Forças Armadas está definido na Constituição".

Diz a mensagem do general Villas Boas compartilhada no Twitter:

"Asseguro à Nação que o Exército brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais. Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?"

Para o ministro, não há forças políticas no Brasil que buscam "um retorno ao passado, à exceção das que são absolutamente minoritárias". Ele descartou a possibilidade de ocorrer um novo golpe militar no país.

"De zero a 10, a chance é menos 1. Não há a menor possibilidade. As Forças Armadas são um ativo democrático hoje. Fora da Constituição e do jogo democrático, não há caminho no Brasil", afirmou.

Com informações da Agência Brasil

Lula acompanha julgamento do STF no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde acompanha julgamento de recurso contra condenação no caso triplex do Guarujá (Reuters/Leonardo
O habeas corpus em questão tem como objetivo impedir eventual prisão do ex-presidente Lula  após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal Reuters/Leonardo Benassatto/Direitos Reservados

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou por volta das 11h ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na cidade de São Bernardo do Campo, onde assistirá hoje (4) ao julgamento do seu habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal (STF), às 14h. 

Cerca de 100 militantes estão no local desde as 9h, num ato de apoio ao ex-presidente. O clima entre os apoiadores é de tranquilidade, com apresentação de bandas nordestinas e dança.

A expectativa é que o ex-presidente discurse antes do início do julgamento. O habeas corpus em questão tem como objetivo impedir eventual prisão de Lula após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal.

O ex-presidente obteve salvo-conduto para não ser preso até hoje, já que o julgamento do caso foi interrompido no dia 22 de março pelo STF. Lula foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a mais de nove anos de prisão e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que aumentou a pena para 12 anos e um mês na ação penal do triplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato.

Com informações da Agência Brasil

Putin adverte que Estado Islâmico pode atacar em outros países

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O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu hoje (4) que a organização terrorista Estado Islâmico (EI), apesar da derrota militar no Iraque e na Síria, pode atacar em outros países. Ele fez a declaração em mensagem aos participantes da VII Conferência de Moscou sobre Segurança Internacional inaugurada nesta quarta-feira.

"Apesar de sua derrota militar, este grupo terrorista (o EI) conserva um grande potencial destrutivo, a capacidade de mudar rapidamente de tática e atacar em diferentes países e regiões do mundo", afirmou Putin.

Nestas condições, acrescentou,"é necessário idealizar conjuntamente outras formas de cooperação multilateral que permitam consolidar os sucessos alcançados na luta contra o terrorismo e impedir a propagação desta ameaça".

O texto da mensagem presidencial foi lido pelo chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB) da Rússia, Nikolai Patrushev, que, em seu discurso, denunciou "tentativas sistemáticas" de alguns países para atuar à margem da Organização das Nações Unidas, "sem levar em conta seu papel coordenador nas relações internacionais".

Patrushev afirmou que esse tipo de conduta desestabiliza a situação internacional, afasta a solução dos problemas e dificulta a resposta aos desafios e ameaças que o mundo enfrenta atualmente.

"Saltam à vista as pretensões de uma série de países de ter o papel de fiscais e juízes que consideram aceitável fortalecer a paz por meio da força se isso responder a seus interesses egoístas", disse o diretor do FSB.

Com informações da Agência Brasil

Termina sexta-feira prazo para janela de troca partidária

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Os deputados federais, estaduais e distritais que querem mudar de partido para se candidatar nas eleições deste ano, sem o risco de perder o mandato, têm prazo até sexta-feira (6). O período que permite a  troca, denominado “janela partidária”, começou no dia 8 de março. Ele não beneficia vereadores, porque não haverá eleições este ano na esfera municipal.

De acordo com a Lei dos Partidos Políticos e a Resolução 22.610/2007 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que trata de fidelidade partidária, parlamentares só podem mudar de legenda nas seguintes situações: a incorporação ou fusão do partido, criação de novo partido, o desvio no programa partidário ou grave discriminação pessoal. Mudanças de legenda sem essas justificativas são motivo de perda do mandato.

Segundo o TSE, a reforma eleitoral de 2015 incorporou à legislação uma possibilidade para a desfiliação partidária injustificada no Artigo 22º da Lei dos Partidos Políticos. Com isso, os detentores de mandato eletivo em cargos proporcionais podem trocar de legenda nos 30 dias anteriores ao último dia do prazo para a filiação partidária, que ocorre seis meses antes do pleito.

A troca partidária, contudo, não muda a distribuição do Fundo Partidário e o acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão. Esse cálculo é proporcional ao número de deputados federais de cada legenda. A única exceção a essa regra é o caso de deputados que migrem para uma legenda recém-criada, dentro do prazo de 30 dias contados a partir do seu registro na Justiça Eleitoral, nela permanecendo até a data da convenção partidária para as eleições subsequentes.

Com informações do Tribunal Superior Eleitoral

Temer sanciona lei que flexibiliza horário de A Voz do Brasil

Programa A Voz do Brasil
O projeto de lei que flexibiliza o horário de transmissão de A Voz do Brasil tramitou no Congresso durante cinco anosMarcello Casal Jr/Agência Brasil

O programa A Voz do Brasil, que está há mais de 80 anos no ar, poderá ser veiculado pelas emissoras de rádio no intervalo das 19h às 22h e não mais obrigatoriamente das 19h às 20h. A lei que flexibiliza o horário foi sancionada hoje (4) pelo presidente Michel Temer, em cerimônia no Palácio do Planalto.

O programa transmite as ações dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais. As informações vão ao ar de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados. O material referente ao Executivo é produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O projeto de lei tramitou no Congresso durante cinco anos. O texto aprovado mantém o atual horário de transmissão para as emissoras educativas. Prevê ainda que o Poder Executivo regulamente casos excepcionais de flexibilização e dispensa de retransmissão do programa.

O texto ainda determina que as emissoras de rádio informem aos ouvintes, às 19h, o horário em que vão transmitir A Voz do Brasil.

Temer lembrou que o programa foi criado à época do Estado Novo e que hoje é a realidade do acesso à informação é outra. Segundo o presidente, a flexibilização é também um gesto de modernização. “A imprensa livre no nosso país é uma coisa fundamental. A Voz do Brasil é importantíssima, mas não poderíamos impedir que as emissoras de rádio tivessem a liberdade de localizar no melhor horário, dentro daquilo que foi definido”, disse.

Para o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Paulo Tonet, a flexibilização representa um avanço para as emissoras de rádio e vai dar à população o direito de escolher em que horário prefere ouvir o programa. “ A partir de agora, esse direito será exercido de fato. Flexibilizar A Voz do Brasil é também dar às rádios a chance de conquistar mais ouvintes e anunciantes”, disse Tonet no discurso. Durante a cerimônia, o presidente Temer assinou decreto que atualiza a regulamentação da profissão de radialista.

Tramitação

Durante a tramitação no Congresso Nacional, a proposta de flexibilização provocou muita discussão. Os defensores da manutenção do horário de veiculação afirmaram que a flexibilização significa o enfraquecimento de A Voz do Brasil, que traz informações sobre políticas públicas. Já favoráveis argumentaram que o programa não vai acabar, apenas permitir que as rádios veiculem outras transmissões, como informações de trânsito, entre as 19h e as 20h.

História

Programa de rádio mais antigo do país e do Hemisfério Sul ainda em execução, A Voz do Brasil completa 83 anos em 2018. Começou em 1935, na época do Estado Novo, da Era Vargas. Inicialmente, chamava Programa Nacional. Em 1938, a veiculação passou a ser obrigatória nas rádios, com o horário fixo das 19h às 20h, e o nome mudou para A Hora do Brasil.

O nome A Voz do Brasil foi adotado a partir de 1971. Ao longo dos anos, passou por reformulações. Em 1998, por exemplo, foi incluída uma voz feminina na locução. Dados de 2016 apontam que A Voz do Brasil alcançava cerca de 60 milhões de brasileiros e é transmitida em todas as emissoras de rádio do país.

Em 1995, A Voz do Brasil entrou para o Guinness Book como o programa de rádio mais antigo do país.

Com informações da Agência Brasil

Tijuquinha é o décimo açude a sangrar no Ceará em 2018

Tijuquinha sangrando em março de 2017 Tijuquinha sangrando em março de 2017 (Foto: Leitor via WhatsApp)

Este ano, 10 açudes já sangraram no Ceará. O mais recente é o Tijuquinha, em Baturité, distante 93,2 km de Fortaleza. De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), foram registrados aportes em 87 dos 155 açudes do Estado. O volume atual é de 1,67 bilhão de m³ com capacidade de 18,63 bilhões de m³.

Sangraram os reservatórios de Acaraú Mirim, Barragem do Batalhão, Caldeirões, Cocó, Colina, Germinal, Itaúna, Maranguapinho, Tijuquinha e Tucunduba. Ao todo, 12 açudes estão com volume acima de 90% e 109 estão abaixo de 30%.

Dos 87 açudes que registraram aporte estão Acarape do Meio, Angicos, Aracoiaba, Araras, Arneiroz II, Ayres de Sousa, Banabuiú, Castanhão, Edson Queiroz, Jaburu I, Orós, Pedras Brancas e Taquara. Ainda conforme a Cogerh, o aporte permitiu que o Santa Maria saísse do volume morto e que o açude Trapiá II deixasse de estar seco.

Estão em volume morto 33 açudes e outros 24 estão secos, incluindo Adauto Bezerra, Forquilha II, Vieirão, Quixeramobim, Jatobá e Santo Antônio de Russas.

Conforme monitoramento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), foram registradas precipitações em 138 postos pluviométricos no Ceará nesse período. De ontem (3) para hoje (4), as chuvas diminuíram e foram registradas em apenas 41 municípios.

O aporte significativo se intensificou já durante o feriado da Semana Santa, no último fim de semana. Chuvas em 120 municípios, do último dia 30 ao dia 2 deste mês, contribuíram para o começo da recuperação de alguns açudes cearenses.

Com informações do Jornal O Povo

Ferroviário tenta novo milagre hoje contra o Atlético em Belo Horizonte

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Nesta quarta-feira (4 de abril) o Atlético-MG volta as suas atenções para a disputa da Copa do Brasil e terá pela frente na quarta fase o Ferroviário-CE, que para muitos é considerado o grande “azarão” desta fase da competição. O clube de Fortaleza, por sua vez, aposta todas as suas fichas no confronto, uma vez que a grana que irá levar se avançar contra o Galo ajudará e muito a equipe. O FOX Sports transmite o confronto na Arena Independência ao vivo, a partir das 19h45. 
Por ter eliminado Confiança-SE, Sport-PE e Vila Nova-GO nas primeiras fases, o clube cearense já faturou R$ 4,3 milhões, quantia de extrema importância para o orçamento e planejamento do Ferroviário, que disputa a Série D do Brasileirão em 2018. Se avançar contra o Atlético, irá receber mais R$ 1,8 milhão.
Para o técnico da equipe, Ademir Fonseca, além da importância de poder fazer história na competição, já que até então jamais havia passado da 2ª fase, a grana que a equipe irá receber também é de extrema importância.
“Sem dúvida estas cotas por fase na Copa do Brasil é uma motivação a mais para todos no clube. É uma quantia para lá de representativa para um clube do porte do Ferroviário, pois pode pagar o investimento de uma temporada inteira ou mais. Além disso, tem o aspecto da visibilidade, já que é um jogo contra um grande clube brasileiro, e o jogador que se destacar pode ser melhor observado por outros clubes de maior investimento. Todos esses aspectos influenciam”, declarou o treinador.
Apesar de assumir a discrepância do Ferroviário quanto ao elenco do Atlético, Fonseca também acredita que sua equipe pode fazer ainda mais história na Copa do Brasil.
“Sabemos da discrepância entre os investimentos das equipes. É bem provável que o salário de um jogador do Galo seja maior que a nossa folha salarial. No entanto, é importante enaltecer a disciplina tática da nossa equipe, que já provou que pode surpreender na Copa do Brasil e a motivação para avançar é muito grande. Respeitando toda a história e grandeza do Atlético, vamos tentar conseguir um bom resultado em Belo Horizonte para voltar a Fortaleza em condições de buscar a classificação”, completou.
Com informações do FOX Sports

Comandante do Exército faz crítica à impunidade na véspera da decisão do STF sobre Lula

Marcelo Camargo / Agência Brasil
Exército “se mantém atento às suas missões institucionais”, escreveu Villas Boas
Na véspera da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, escreveu no Twitter uma mensagem de “repúdio à impunidade”. O comentário do general foi feito há pouco em duas postagens, que já registram milhares de interações e provocam reações diversas de internautas, alguns pedindo que o militar seja mais claro a respeito do que quis dizer.
“Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”, escreveu Villas Boas, que antes havia iniciado o registro com uma pergunta. “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”
Tão logo os dois posts foram veiculados na rede social, internautas passaram a comentar o conteúdo do comentário. Um deles quis saber mais a respeito da mensagem. “Essa construção frasal vaga significa o que, General? Explique melhor”, sugeriu Leonardo Camello.
São muitas as manifestações de apoio ao general. “Um alerta aos STF… Simples e claro… Estou com o general Vilas Boas e com o @exercitooficial”, registrou Johnnys Salgado. “@STF_oficial entenderam a mensagem?”, emendou Cleuber Barbosa de Oliveira.
Mas outros internautas protestaram contra o militar. “Por que o senhor não fez tweet ameaçador quando o supremo livrou Aécio, apesar de todas as provas ou quando Temer, por 2 vezes, comprou o congresso para se safar de responder pelos crimes dele? Seus dedinhos só são nervosos contra Lula, general, o resto dos corruptos tudo bem?”, questionou Guilietta Masina, referindo-se ao senador tucano e ao presidente da República, ambos alvos de investigações no STF e na mira da Operação Lava Jato.
“Manifestação descabida, inconveniente e desastrosa. Cuidem do seu papel constitucional, que passa longe de ameaçar rasgar a constituição e violar poderes constituídos”, protestou Fábio Ostermann.
O Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre as mensagens do general – que, como comandante militar, é subordinado ao presidente da República. Já a assessoria do Comando do Exército se limitou a dizer que a manifestação tem caráter pessoal e não cabe à instituição analisar seu conteúdo.
Autoridades
Mas não foram só os chamados “cidadãos comuns” que comentaram as postagens do general. Responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, o juiz Marcelo Bretas retuitou os registros de Villas Boas e adicionou à publicação um “emoji” de aplauso (imagem abaixo), ou seja, manifesta apoio ao militar por meio do ícone usado em conversas pela internet. Ontem (segunda, 2), Bretas já havia interagido no Twitter a respeito do caso Lula, condenado em segunda instância, com outra autoridade do petrolão.


Já o general José Luiz Dias Freitas, chefe do Comando Militar do Oeste, foi mais claro na manifestação de apoio. “Mais uma vez o Comandante do Exército expressa as preocupações e anseios dos cidadãos brasileiros que vestem fardas. Estamos juntos, Comandante @Gen_VillasBoas !”, escreveu o militar, também no Twitter.
Outro “boina verde”, o general Antonio Miotto saudou a colocação de Villas Boas: ”Comandante! Estamos juntos na mesma trincheira! Pensamos da mesma forma! Brasil acima de tudo! Aço!”, escreveu Miotto, comandante militar da Amazônia até março passado, na mesma rede social. Ele se dirigiu ao colega Dias Freitas para comentar as mensagens do chefe do Exército: “Gen Freitas !!! Estamos firmes e leais ao nosso COMANDANTE!! Brasil acima de tudo !!! Aço !!!”.
Já o general Paulo Chagas foi além naquela rede social. Em postagem feita às 21h55 desta terça-feira (4), o militar se colocou prontamente à disposição de Villas Boas para entrar em ação. “Caro Comandante, Amigo e líder receba a minha respeitosa e emocionada continência. Tenho a espada ao lado, a sela equipada, o cavalo trabalhado e aguardo suas ordens!!”, diz a mensagem, que superou mais de mil curtidas pouco tempo depois de publicada (imagem abaixo).
Liberdade de expressão x hierarquia
As palavras do general vêm a público no mesmo dia em que outro militar de alta patente do Exército, Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, cogita “reação armada” em caso de decisão favorável a Lula no STF. General da reserva, Luiz Gonzaga diz que, se o tribunal permitir que o petista continue livre, candidate-se e vença as eleições, terá estimulado “luta fraticida em vez de amenizá-la”.
“Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever das Forças Armadas restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá”, declarou o militar da reserva, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Militares estão submetidos ao artigo 166 do Código Penal Militar (CPM), editado em 1969, que os proíbe de fazer qualquer manifestação política em público, sob pena de detenção e outras punições. Submetidos à hierarquia de Poderes e autoridades legalmente constituídas, membros da Marinha, da Aeronáutica e do próprio Exército são desaconselhados a se pronunciar, principalmente sobre questões políticas, publicamente.

General diz esperar ordens do comandante com “espada, sela equipada e cavalo trabalhado”

Já o Anexo 1 do Regime Disciplinar do Exército (“Relação das Transgressões”), decreto em vigência desde 22 de agosto de 2002, é claro em proibir manifestação de natureza político-partidária ou religiosa. De acordo com a legislação, é vedado aos militares: “Tomar parte, em área militar ou sob jurisdição militar, em discussão a respeito de assuntos de natureza político-partidária ou religiosa; manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária; discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre assuntos políticos ou militares, exceto se devidamente autorizado”.
No entanto, a Constituição tem entre as cláusulas pétreas a liberdade de expressão. E, no artigo 220, expressa que “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição”. De olho no texto constitucional, o Partido Social Liberal ajuizou ação no STF, em agosto de 2017, alegando que o CPM está defasado e fere o direito à liberdade de expressão.
Militares da reserva, como Luiz Gonzaga, não têm qualquer restrição legal que os impeça de emitir opinião em público.
Por Fábio Góis
Com informações do Congresso em Foco

Lula no STF: o que está em jogo no julgamento do habeas corpus

STF decide sobre prisão de LulaLula em ato no Rio, no último dia 2.  AFP
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá nesta quarta-feira, a partir das 14h, se Luiz Inácio Lula da Silva irá para a prisão nos próximos dias. Os 11 ministros da Corte julgarão um habeas corpus da defesa do ex-presidente, que pede que ele não seja preso até que se esgote o último recurso a que ele tem direito nas instâncias superiores, como o STF e o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em 24 de janeiro passado, o Tribunal Regional Federal 4 (TRF-4), órgão de segunda instância, condenou Lula a 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter recebido como propina da construtora OAS um tríplex no Guarujá e reformas neste imóvel, num valor total de 2,4 milhões de reais. Este dinheiro teria vindo de uma conta corrente mantida pela construtora para o partido, alimentada por dinheiro desviado de contratos da Petrobras investigados pela Lava Jato. Nesta condenação, o tribunal também determinou que a pena de prisão já seria cumprida assim que todos os recursos da defesa em segunda instância fossem esgotados. Lula ainda tem direito a mais um recurso no TRF-4. Entenda abaixo o que está em jogo neste julgamento.

O que argumenta a defesa?
A defesa diz que o TRF-4 determinou por ofício (sem pedido do Ministério Público Federal) a antecipação do cumprimento de pena do ex-presidente. Não há, segundo os advogados, motivo para que Lula seja preso antes de esgotados todos os recursos nas instâncias superiores.

O que argumenta a acusação?
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou, em um parecer enviado ao STF em 14 de fevereiro, que o pedido da defesa esbarra em um precedente do próprio Plenário do Supremo. Este precedente decidiu que o cumprimento da pena, quando esgotados os recursos de segunda instância, não fere a presunção de inocência, mesmo que ainda estejam pendentes os recursos nas instâncias superiores. "O princípio da presunção de inocência é compatível com o do duplo grau de jurisdição. Os direitos individuais do réu são assegurados pela revisão da condenação pelo tribunal [de segunda instância]", ressaltou ela. Dodge também afirma que a decisão favorável à defesa representaria retrocesso para o sistema, que perderia estabilidade e credibilidade.

O que diz a Constituição?
O artigo 5º inciso LVII afirma que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A frase, segundo alguns especialistas, não é tão clara em relação a prisão. Os que não concordam com a prisão após o julgamento em segunda instância argumentam que o inciso afirma que ela só pode acontecer quando não existam mais recursos, já que só assim alguém é considerado "culpado", segundo a Constituição; por isso, a prisão antes disso seria ferir a presunção de inocência do indivíduo. Os que defendem a prisão após a segunda instância afirmam que considerar "culpado" é diferente de prender e que a expressão constitucional serve apenas para colocar o nome do réu no rol dos culpados. 

Qual o entendimento do STF sobre o impasse?
Este entendimento já mudou algumas vezes. Até 2009 havia um entendimento dominante no STF de que a presunção de inocência não impedia a execução de pena após o julgamento em segunda instância. Mas em fevereiro de 2009 o plenário do STF concedeu, por sete votos a quatro, um habeas corpus para que o produtor rural Omar Coelho Vítor pudesse recorrer aos tribunais superiores em liberdade pela condenação de sete anos e seis meses de reclusão por tentativa de homicídio duplamente qualificado. Reportagem de O Globo desta terça-feira mostra que o recurso dele contra a condenação em segunda instância passou 12 anos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) até que o crime foi considerado prescrito em 2014. Ele ficou impune.

Em 17 de fevereiro de 2016, o STF mudou o entendimento. O Supremo negou o habeas corpus em que um ajudante-geral condenado a cinco anos e quatro meses de prisão por roubo qualificado pedia liberdade até o final dos recursos. O Plenário da Corte entendeu que a possibilidade de início da execução da pena após a confirmação da sentença em segunda instância não ofende o princípio constitucional da presunção de inocência. O relator do caso foi o ministro Teori Zawaski, que defendeu esta tese. Ele afirmou que a manutenção da sentença na segunda instância encerra a análise dos fatos e provas, o que autoriza a execução da pena. Concordaram com a decisão dele os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Discordaram da decisão os ministros Rosa Weber, Marco Aurélio, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. O caso abriu precedentes importantes, fazendo com que outros recursos fossem julgados desta forma.

Após esta decisão de fevereiro, o Partido Nacional Ecológico (PEN) e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entraram com duas Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs), de número 43 e 44, em que pediam, inicialmente, uma medida cautelar para suspender a execução antecipada da pena de todos os acórdãos em segunda instância. As ações alegavam que o julgamento do habeas corpus do ajudante-geral havia gerado "grande controvérsia jurisprudencial" sobre o princípio da presunção de inocência porque tribunais de todo país passaram a adotar o mesmo posicionamento, ignorando o disposto no artigo 283 do Código de Processo Penal (CPP). O código diz: "Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva".

O relator das ADCs é o ministro Marco Aurélio. Em setembro de 2016, ele concordou com a tese da OAB e do PEN. No início de outubro, a maioria do Plenário do Supremo discordou dele e considerou que o disposto no CPP não veda o início do cumprimento da pena após a segunda instância. Votaram a favor da prisão após a segunda instância Edson Fachin, Roberto Barroso,  Teori Zavascki (que morreu em janeiro de 2017 e foi substituído por Alexandre de Moraes), Luiz Fux, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.  Foram contrários à prisão após a segunda instância, além do relator Marco Aurélio, Rosa Weber, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Já o ministro Dias Toffoli concordou em parte com a liminar pedida pelas ADCs  —segundo ele, a execução da pena não deve ficar suspensa após segunda instância nos casos de recurso ao STF, mas deve ser nos casos em que o recurso está no STJ, que abrange situações mais comuns de conflito de entendimento entre tribunais.

A decisão dada em outubro de 2016 referiu-se apenas a medida cautelar das ADCs. O mérito dela ainda não foi julgado, apesar da pressão gerada pelo habeas corpus de Lula. Desde então, Gilmar Mendes já sinalizou que mudou o seu entendimento, o que poderia virar o placar, já que Alexandre de Moraes, que entrou no lugar de Zavascki, tende a ser contrário à prisão após segunda instância. Mas o voto de Rosa Weber é dúvida, apesar de ela ter se posicionado sempre contrariamente à prisão após a segunda instância, ela tende, em suas decisões, a respeitar o que já foi estabelecido pelo Plenário do STF. Levantamento da Folha de S.Paulo mostrou que ela foi contra réus em 57 dos 58 habeas corpus que julgou desde 2016.

Se o habeas corpus for negado Lula será preso?
Sim, mas não imediatamente. Se o Supremo negar o HC significa que está válida a posição do TRF-4 de que ele será preso, após serem esgotados todos os recursos em segunda instância. Lula ainda tem direito a um último recurso, que não tem data para ser julgado. É um recurso contra a decisão do TRF-4 do último dia 26, que negou os embargos declaratórios impetrados pela defesa. Os embargos são um recurso que permite se questionar ou tirar dúvidas em relação a sentença proferida em janeiro. Com a negativa, restou à defesa entrar com o pedido de embargo dos embargos, o que ainda não foi feito, de acordo com o advogado de Lula Cristiano Zanin Martins.

Segundo a assessoria do TRF-4, a defesa de Lula tem até as 23h59 do próximo dia 10 para apresentar este recurso. Depois, ainda há um prazo de dez dias para que o Ministério Público Federal apresente seus argumentos para negá-lo, caso se considere que o pedido da defesa pode mudar o resultado do acórdão, o que é difícil. E, ainda assim, o TRF-4 precisa tomar sua decisão, algo que não tem prazo para acontecer. Os embargos dos embargos raramente são aceitos na Corte, mas serviriam à defesa para protelar a prisão, caso o STF recuse o habeas corpus nesta quarta-feira. Caso o HC seja aceito, Lula poderá ficar em liberdade até o julgamento final de seus recursos nas instâncias superiores.

Por que procuradores dizem o HC prejudicará a Lava Jato?
Quando, em 2016, o STF concordou com a prisão após a segunda instância, uma das teorias era que isso ajudaria as investigações da Lava Jato, já que, por medo da prisão, suspeitos aceitariam firmar delações premiadas. O procurador Deltan Dallagnol, que coordena a força-tarefa da Lava Jato no Paraná, afirmou em seu Twitter que "uma derrota significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo país, jamais serão responsabilizados, na Lava Jato e além. O cenário não é bom. Estarei em jejum, oração e torcendo pelo país”. 

Quais os desdobramentos de uma prisão de Lula nas eleições?
A prisão não tem uma relação direta com qualquer impedimento eleitoral, já que mesmo preso ele pode se candidatar e fazer campanha, explica o o professor de direito eleitoral da FGV-SP e do Mackenzie, Diogo Rais. A única forma de ele ser impedido de concorrer às eleições é se o Tribunal Superior Eleitoral negar a candidatura dele, com base na Lei da Ficha Limpa. A Lei tornou possível que o TSE negue a candidatura de pessoas que tenham uma condenação em um órgão colegiado, como é o TRF-4. Ou seja, após a condenação final na segunda instância o ex-presidente já pode ser enquadrado na Lei. Assim, ele pode apresentar sua candidatura para as eleições deste ano, mas corre grandes riscos que ela seja impugnada (entenda mais sobre estes trâmites aqui).

Por Talita Bedinelli
Com informações Jornal El País

Conheça pontos fortes e fracos de Ceará e Fortaleza, que começam hoje a decidir o título

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Depois de jogos pouco atrativos e carentes de emoção, o Campeonato Cearense atinge seu clímax. É hora de Clássico-Rei e de decisão. Após três anos, Ceará e Fortaleza voltam a se encontrar numa final de Estadual naquele que é o melhor produto do futebol alencarino. Quando a bola rolar, às 21h45min, no Castelão, sairá na frente da decisão quem conseguir potencializar seus trunfos e minimizar as fraquezas do oponente. 

Para isso, alvinegros e tricolores terão que focar suas forças no que fazem de melhor. Dono do ataque mais eficiente do campeonato, com 39 gols, o Ceará terá que fazer valer seu poder ofensivo para reverter a vantagem de resultados equivalentes, que hoje é do rival.

 
“É uma final, clássico, um campeonato à parte. Eles construíram uma vantagem por mérito”, disse o técnico Marcelo Chamusca. De acordo com ele, o Leão tem “fez bons jogos no Estadual, com uma mecânica que tem uma fase defensiva muito interessante. Vamos enfrentar um adversário qualificado, mas estamos preparados e num bom momento pra fazer um grande jogo”. Para o jogo de hoje, ele contará com quase todo o elenco à disposição. O único atleta que está fora é o volante Pedro Ken, que ainda se recupera de lesão.Um dos trunfos do Ceará será a bola parada. “Aprimoramos jogadas ofensivas e defensivas e situações de bola parada”, revelou o zagueiro Valdo em entrevista coletiva ontem. 

Se o Alvinegro tem a força ofensiva, do outro lado, o Fortaleza tentará se sobrepor justamente no oposto. O Tricolor detém a melhor defesa do certame, com apenas 14 gols sofridos, e neutralizar as ações do rival. Não ser vazado é o caminho para ampliar a vantagem. 

“Clássico é decidido em detalhes. Já jogamos duas vezes contra eles, conhecemos a equipe deles, como ele nos conhece. Quem errar menos e estiver mais atento nos 180 minutos, vai ficar com a taça”, destacou o volante Derley, que ganhou vaga de titular no último jogo e iniciará jogando. 

Para o meio-campista, mesmo com a vantagem, o Tricolor não poderá se acomodar. “Em nenhum momento podemos entrar pensando na vantagem. Só podemos cogitar isso no final do segundo tempo do segundo jogo. Nossa equipe está muito concentrada que tem que entrar em campo com sabedoria, inteligência e utilizar essa vantagem somente na se necessário”, afirmou. O técnico Rogério Ceni tem vários problemas para montar o time, dentre eles o goleiro Marcelo Boeck, que deve ficar de fora da partida. Além dele, o zagueiro Adalberto, o volante Anderson Uchôa, o lateral Leonan e o meia Edinho são dúvidas, todos com problemas musculares.  

FICHA TÉCNICA 

ESTADUAL  

Ceará 

4-2-3-1: Everson; Pio, Valdo, Luiz Otávio e Ernandes; Richardson e Juninho; Ricardinho, Felipe Azevedo e Wescley; Arthur Técnico: Marcelo Chamusca 

Fortaleza 

4-2-3-1: Marcelo Boeck (Matheus Inácio); Tinga, Roger Carvalho, Adalberto (Ligger) e Bruno Melo; Felipe e Derley; Edinho, Osvaldo e Léo Natel; Gustavo Técnico: Rogério Ceni 

Local: Arena Castelão 
Data: 4/4/2018 
Horário: 21h45min 
Árbitro: Wagner Magalhães (RJ) Assistentes: Alessandro Rocha (BA) e Danilo Manis (SP) 

Por André Almeida
Com informações do Jornal O Povo