31 de março de 2017

Goleiro que sobreviveu à tragédia do voo da Chapecoense falou sobre o acidente e o futuro dele no esporte

O goleiro Jackson Follmann foi um dos três jogadores do elenco da Chapecoense que sobreviveram ao desastre aéreo do time nos arredores de Medellín (Colômbia), em novembro de 2016. Hoje, passados quatro meses do acidente, diz que não consegue se esquecer do que aconteceu no avião, mas comemora a "resposta excelente" que tem conseguido em sua recuperação.

"Eu estava sentado. De repente, tudo se desligou e as luzes se apagaram. Naquele momento, comecei a rezar. Eu sabia que algo estava acontecendo, que não estava bem. Ninguém da tripulação nos avisou nada. Então, o único que sobrou para a gente foi orar e pedir a Deus que nos protegesse, nos guiasse. Infelizmente, aconteceu essa tragédia tão grande. Os que sobrevivemos temos que agradecer esta segunda oportunidade", disse Follmann, em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal argentino Clarín.
"Nunca vou poder me esquecer o que aconteceu. Foi uma dor muito grande. Agora, está tudo bem. Minha cabeça está me dando uma resposta excelente", disse também o ex-goleiro, que teve parte da perna direita amputada após o acidente.Follmann disse se lembrar de ter acordado no escuro, quando começou a pedir ajuda "porque não queria morrer".
"Eu gritava que não queria morrer. Não sei quanto tempo demorou para chegar o resgate. Só podia gritar 'socorro', depois eles chegaram. Lembro de um homem que se aproximou e me deu a mão. Eu disse a ele meu nome, minha idade e contei que era brasileiro. Quando me tocou, vi que tinha uma lesão muito grave. Depois disso, não me lembro de mais nada", acrescentou.
Ao jornal argentino, Jackson Follmann disse ter reaprendido muito com "as coisas simples da vida", como caminhar, ir ao banheiro e escovar os dentes. Segundo ele, os fãs costumam até se emocionar quando o encontram.
"As pessoas me veem e querem tirar uma foto, me dão um abraço, um beijo. Tem até gente que me vê e começa a chorar. Vejo isso como uma mostra de carinho. Creio que as pessoas veem em mim uma paz muito grande. Algumas pessoas me dizem que mudaram muito depois de tudo que aconteceu comigo", afirma.
Para o futuro, Jackson Follmann não descarta trabalhar em um cargo como dirigente da Chapecoense. Entretanto, admite que sente falta do futebol e espera poder competir em algum esporte.
"Claro que quero trabalhar no clube, mas ainda estou focado em minha recuperação. Sei que ali tenho as portas abertas e que poderei escolher algum cargo que me faça feliz, que possa me ajudar neste presente", explica, dizendo-se "um amante do esporte".
"Sempre vou praticar alguma modalidade, qualquer que meu corpo permita. Ainda não sei qual posso praticar, mas tenho a certeza de que, quando estiver bem, vou buscar alguma", acrescentou, indo além.
"O que eu sabia era jogar futebol. Estou seguro de que nunca vou poder assimilar esta ausência em minha vida. Amo o futebol. Será uma grande saudade que vai ficar pelo resto de minha vida. Mas busco a Deus e a minha família para juntar forças. Eles me dão muito apoio e isso é o que me faz estar forte e firme. Igualmente, sigo próximo ao esporte. Sigo torcendo pela Chapecoense e sempre vou fazê-lo." 
Com informações da Folhapress

Desemprego atinge 13,5 milhões de pessoas e tem a maior taxa desde 2012

Desemprego ; carteira de trabalho ; salário-desemprego ; desempregados ; CLT ;  (Foto: Alessandro Dantas/Agência Senado)
A taxa de desocupação do país fechou o trimestre móvel de dezembro do ano passado a fevereiro deste ano em 13,2%, alta de de 1,3 ponto percentual frente ao trimestre móvel anterior. Com o resultado, a população desocupada do país chegou a 13,5 milhões de trabalhadores, um novo recorde tanto da taxa quanto da população desocupada de toda a série histórica iniciada em 2012.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo trimestre móvel do ano anterior, a taxa de desemprego cresceu 2,9 pontos percentuais.
Trimestre anterior
Quando comparada à taxa de desemprego do trimestre encerrado em novembro do ano passado, o contingente de desempregados cresceu 11,7%, o equivalente a mais 1,4 milhão de pessoas desocupadas e 30,6% (mais 3,2 milhões de pessoas em busca de trabalho) em relação a igual trimestre de 2016.
Os números da Pnad indicam, ainda, que a população ocupada, de 89,3 milhões, teve recuos tanto em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2016 (-1%), quanto em relação ao mesmo trimestre de 2016 (-2%). 
Setores
A indústria manteve as dispensas de empregados no país. A atividade cortou 511 mil trabalhadores no período de um ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - e divulgada na manhã desta sexta-feira (31/03). O total de ocupados na indústria recuou 4,3% no trimestre encerrado em fevereiro de 2017 ante o mesmo período do ano anterior.
Já a construção extinguiu 749 mil postos de trabalho em fevereiro ante um ano antes, queda de 9,7% na ocupação no setor. O comércio dispensou 193 mil empregados no trimestre encerrado em fevereiro ante o mesmo período do ano anterior, queda de 1,1% na ocupação no setor. 
Avaliação do IBGE
O mercado de trabalho reflete o que se passa no cenário econômico, lembrou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE."Há uma combinação de aumento na desocupação com queda na ocupação. O resultado disso é a taxa mais alta de desocupação desde o inicio da série histórica (em 2012). Essa característica de subir nesse período do ano é comum de acontecer. A expectativa é que a taxa seja mais alta. O que a gente está vendo é o mercado esta dispensando, e vê aumento expressivo da desocupação", contou Azeredo.Em um trimestre, o País ganhou mais 1,415 milhão de desempregados, enquanto viu fechar 864 mil postos de trabalho. Também houve fechamento de 337 mil vagas com carteira assinada. 
Com informações da Agência Brasil

Preços de remédios sobem até 4,76%


Remédios genéricos
Aumento dos preços dos remédios entra em vigor hoje. Percentual máximo é de 4,76%Arquivo/Agência Brasil

















Diário Oficial da União publica hoje (31) resolução do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) autorizando os índices do reajuste anual de preços de medicamentos para 2017, que variam de 1,36% a 4,76%. O aumento começa a valer a partir desta sexta-feira.

De acordo com a resolução, o reajuste máximo permitido é o seguinte: nível 1: 4,76%; nível 2: 3,06; e nível 3: 1,36%. O Cmed é um órgão do governo integrado por representantes de vários ministérios.

O Sindicato da Indústria Farmacêutica  (Sindusfarma) informou, por meio de nota, que os índices de reajuste não repõem a inflação passada, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses, de março de 2016 a fevereiro deste ano.

“Do ponto de vista da indústria farmacêutica, mais uma vez os índices são insuficientes para repor os custos crescentes do setor nos últimos anos”, diz a nota.

Segundo o Sindusfarma, o reajuste anual de preços fixado pelo governo poderá ser aplicado em cerca de 19 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.

Com informações da Agência Brasil

Dyogo Oliveira é efetivado como ministro do Planejamento

Após dez meses como ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira foi efetivado no cargo hoje (31) pelo presidente Michel Temer. Em nota, Temer diz esperar que Oliveira “mantenha seu empenho na busca dos objetivos do governo rumo ao progresso do país”.

Brasília - O ministro do Planejamento do Brasil, Dyogo Oliveira, durante encontro com o ministro das Finanças da França, Michel Sapin, para assinatura de acordos entre os dois países (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, é economista e mestre em ciências econômicasMarcelo Camargo/Agência Brasil
Oliveira assumiu a pasta interinamente em maio do ano passado com a saída do então ministro Romero Jucá, que deixou o cargo após a divulgação de uma gravação em que ele criticava a Operação Lava Jato em conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e defendia um pacto para “estancar a sangria”.

Natural de Araguaína (TO), Dyogo Oliveira é economista, mestre em ciências econômicas pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em políticas públicas e gestão governamental pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

De 2000 a 2005, Oliveira desempenhou diversas atividades na Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. De 2006 a 2007, foi coordenador-geral de Análise Setorial, inicialmente, na Secretaria de Acompanhamento Econômico e, posteriormente, na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

De 2008 a 2011, Oliveira atuou como secretário adjunto na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Em seguida, de 2011 a 2014, ainda na Fazenda, ocupou os cargos de secretário executivo adjunto e secretário executivo interino.

Em janeiro de 2015, foi nomeado como secretário executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. De janeiro de 2016 até maio, atuou como secretário executivo do Ministério da Fazenda.

Com informações da Agência Brasil

Temer sanciona lei que permite a terceirização em atividade-fim das empresas

Resultado de imagem para Temer sanciona lei que permite a terceirização em atividade-fim das empresas
O presidente Michel Temer sancionou hoje (31), com três vetos, a lei que libera a terceirização para todas as atividades das empresas. O texto será publicado ainda nesta sexta-feira em edição extra do Diário Oficial da União. A lei começa a valer a partir da data de publicação.

Foram vetados o parágrafo terceiro, do Artigo 10 - que previa a possibilidade de prorrogação do prazo de 270 dias dos contratos temporários ou de experiência -, o Artigos 11 e trechos do Artigo 12 – que repetiam itens que já estão no Artigo 7 da Constituição Federal.

Segundo o Palácio do Planalto, o parágrafo terceiro do Artigo 10 da lei aprovada pelo Congresso abria a possibilidade de prorrogações indefinidas do contrato temporário de trabalho, desde que isso fosse aprovado em acordo ou convenção coletiva, o que poderia prejudicar os trabalhadores.

Há três dias nove senadores do PMDB assinarem uma carta pedindo para que Temer não sancionasse o texto como foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Para os peemedebistas, da forma como foi aprovado, o texto poderá agravar o desemprego e reduzir a arrecadação. 

Temer sancionou a lei depois de ouvir todos os órgãos envolvidos no tema.
Atividade-fim

Os temas centrais do texto aprovado no último dia 22 pela Câmara dos Deputados foram mantidos, como a possibilidade de as empresas terceirizarem a chamada atividade-fim, aquela para a qual a empresa foi criada. A medida prevê que a contratação terceirizada possa ocorrer sem restrições, inclusive na administração pública.

Antes, decisões judiciais vedavam a terceirização da atividade-fim e permitiam apenas para atividade-meio, ou seja, aquelas funções que não estão diretamente ligadas ao objetivo principal da empresa.

“Quarteirização”

A empresa de terceirização terá autorização para subcontratar outras empresas para realizar serviços de contratação, remuneração e direção do trabalho, que é chamado de “quarteirização”.

Condições de trabalho

É facultativo à empresa contratante oferecer ao terceirizado o mesmo atendimento médico e ambulatorial dado aos seus empregados, incluindo acesso ao refeitório. A empresa é obrigada a garantir segurança, higiene e salubridade a todos os terceirizados.

Causas trabalhistas

Em casos de ações trabalhistas, caberá à empresa terceirizada (que contratou o trabalhador) pagar os direitos questionados na Justiça, se houver condenação. Se a terceirizada não tiver dinheiro ou bens para arcar com o pagamento, a empresa contratante (que contratou os serviços terceirizados) será acionada e poderá ter bens penhorados pela Justiça para o pagamento da causa trabalhista.

Com informações da Agência Brasil

Recuperação física e trabalho tático: Guarani de juazeiro foca na semi e estuda Ceará

O Guarani de Juazeiro segue a preparação para a reta final do Cearense e teve duas semanas de intervalo para o próximo desafio, a primeira semifinal do estadual. O Leão do Mercado mantém o foco no campo e no estudo do adversário, o Ceará. Sob o comando de Washington Luís, único técnico das semifinais que se mantém desde o início da competição, o grupo aproveita o tempo para conhecer melhor a outra equipe. Além disso, reforçar a parte tática e recuperar o físico. Para o jogo, o único desfalque será o zagueiro Pedro Lucas.
Guarani de Juazeiro x Náutico Romeirão (Foto: Tiago Medeiros)Estádio Romeirão receberá Guarani de Juazeiro x Ceará, na próxima quarta-feira (Foto: Tiago Medeiros)

- Estamos alternando trabalho técnico e tático, sempre mostrando ao máximo nosso adversário aos atletas. O Givanildo deu uma postura mais ofensiva ao Ceará. Estamos mostrando como se comporta a equipe deles taticamente porque, diferente de outros adversários, o Ceará não pode marcar só um atleta, tem que marcar o time como um todo para tentar neutralizar os muitos pontos fortes que ele tem. Mostramos com conversas, exigindo concentração maior dos atletas e estamos preparando a equipe que a gente possa fazer uma partida com perfeição - explicou o técnico.
Para o jogo contra o Ceará, o Leão do Mercado vem motivado. No departamento médico, sem preocupação: nenhum jogador lesionado. O único desfalque será o zagueiro Pedro Lucas. Ele está suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo. Samuel e Luís Gustavo são as opções para a titularidade. Segundo o técnico Washington Luís, a definição do substituto será feita durante a semana, com os treinamentos.
O Guaraju encerrou a primeira fase em quarto lugar com quatro vitórias, três empates e duas derrotas. A equipe volta a campo na próxima quarta-feira (5) quando enfrenta o Ceará pelo campeonato estadual. A partida será no estádio Domingão, em Juazeiro do Norte, às 21h45. 
Por Juazeiro do Norte, CE

Com Assisinho no ataque, Vladimir de Jesus monta Ferroviário para semifinal

Chegou a hora de mais uma decisão para o Ferroviário. Neste domingo (2), o Tubarão da Barra entra em campo contra o Fortaleza no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Cearense. O Ferrão tem desfalques para o duelo, o que fez o técnico Vladimir de Jesus quebrar a cabeça. O Tubarão deve ir a campo com três volantes e um ataque diferente da última partida. Assisinho deve ganhar oportunidade no time titular.
Ferroviário, Horizonte, Cearense, quartas de final (Foto: Kid Júnior/ Agência Diário )Ferroviário terá Assisinho, Mota e Vitinho no ataque contra o Fortaleza (Foto: Kid Júnior/ Agência Diário )

O lateral-direito Batata é desfalque para o duelo. Ele foi expulso contra o Horizonte e cumpre suspensão automática. Túlio, zagueiro, levou o terceiro amarelo e também está fora. Gustavo deve ser o substituto de Batata na lateral-direita e Tony Belém deve ocupar a vaga deixada por Túlio.

Com isso, o Tubarão da Barra deve ser escalado pelo técnico Vladimir de Jesus da seguinte maneira: Mauro, Gustavo, Erandir, Tony Belém, Jeanderson; Jonathas, Glauber e Mimi; Mota, Assisinho e Vitinho (Maxuell ou Valdeci).

A bola rola para Ferroviário e Fortaleza neste domingo (2) a partir das 16 horas na Arena Castelão. 
Por Fortaleza, CE

Marquinhos Santos esboça Fortaleza que deve enfrentar o Ferroviário


O técnico Marquinhos Santos faz ajustes finais visando o Clássico das Cores deste domingo, 2, às 16 horas, no Castelão. Nesta sexta-feira, 31, o treinador esboçou o time do Fortaleza que vai a campo enfrentar o Ferroviário.

Com Heitor fora devido ao terceiro cartão amarelo, Vinicius Del'Amore ganha a titularidade na defesa tricolor. Felipe retorna ao time e, com isso, Jefferson deixa a lateral direita e vira volante. Assim, fica apenas uma dúvida no time: Anderson Uchoa, com virose, Rodrigo Manchs e Wesley disputam uma posição no meio-campo. Marquinhos Santos optou por deixar o meia Rodrigo Andrade no banco de reservas e armou o Leão no 4-4-2.

Assim, o time treinou com: Marcelo Boeck; Felipe, Vinicius Del´Amore, Max Oliveira e Bruno Melo; Jefferson, Pablo, Éverton e Wesley; Lúcio Flávio e Zé Carlos.


Com informações do Jornal O Povo

Fortaleza receberá R$ 800 mil por ano do novo patrocinador e terá premiação em caso de acesso

Conforme antecipou o Portal Esportes O Povo, o Fortaleza confirmou nesta sexta-feira, 31, que o novo patrocínio master do clube será a construtora mineira MRV. O site também apurou que o Tricolor receberá R$ 800 mil por ano pelo acordo.
O contrato é de dois anos e garante premiação ao Fortaleza caso o clube conquiste o Campeonato Cearense 2017 e o acesso à Série B.
A MRV já estampará a camisa do Fortaleza nos jogos decisivos pelo Campeonato Cearense, a começar no Clássico das Cores deste domingo, 2, às 16 horas, no Castelão.
O Tricolor deve ter mais uma novidade além do patrocinador master. O meia Rodrigo Andrade já treina com o elenco e deve retornar ao time depois de cerca de dois meses longe dos gramados. 

A partida de volta entre Fortaleza e Ferroviário será no dia 9 de abril, às 16 horas, no Castelão. Caso haja um terceiro confronto, ele acontecerá no dia 19 de abril, às 21h45min, no mesmo estádio.

Com informações do Jornal O Povo

Campinense vence o Sport por 3 a 1 e abre boa vantagem no Nordestão

estádio amigão, copa do nordeste, campinense x sport (Foto: Silas Batista / GloboEsporte.com/pb)
Uma vitória e tanto do Campinense. Contra um Sport muito mais rico e bem estruturado. Mas, ao que parece, a Raposa sabe mesmo jogar contra o Leão em duelos de Copa do Nordeste. Pois nesta quinta-feira, no primeiro dos dois jogos entre os times pelas quartas de final da competição regional, o Rubro-Negro paraibano fez 3 a 1 no Rubro-Negro pernambucano. Que lhe dá uma baita de uma vantagem para o jogo de volta.
A partida desta noite foi no Estádio Amigão, em Campina Grande, a casa do Campinense. O que significa dizer que o jogo decisivo, marcado para o domingo, vai acontecer no território do Sport, a Ilha do Retiro. Mas a equipe paraibana vai a campo com a vantagem de perder por até um gol de diferença para ainda assim se classificar. 
Por causa do gol marcado fora de casa, um 2 a 0 para os pernambucanos classificaria o Leão. Um novo 3 a 1 leva as disputas para os pênaltis. Vitória do Sport por dois gols de diferença, mas com o Campinense marcando ao menos duas vezes (4 a 2, 5 a 3, etc) dá a vaga aos paraibanos - o que seria a terceira classificação recente do Campinense em cima do Sport em Nordestão.
Por Campina Grande

Governadores do Nordeste fecham pauta pelo desenvolvimento e emprego em encontro no Palácio da Abolição


WEB170329 ENCONTRO GOVERNADORES DO NORDESTE LP-11
Entre os assuntos estão a continuidade e a ampliação de investimentos para a região, renegociação de dívidas, ajuste fiscal, convivência com a seca e o projeto de reforma da Previdência do Governo Federal
WEB MVS3162Os governadores do Nordeste fecharam pauta unificada para o desenvolvimento da região e avanços fiscais durante o 6º Encontro dos Governadores do Nordeste. Na reunião realizada na manhã desta quarta-feira (29), no Palácio da Abolição, o governador do Ceará, Camilo Santana, recebeu os governadores Wellington Dias (PI), Renan Calheiros Filho (AL), Ricardo Coutinho (PB), Robinson Faria (RN)  e Paulo Câmara (PE), além do vice-governador de Sergipe, Livaldo Chagas Silva. No encontro, os gestores dos sete estados debateram ações sistemáticas para a implantação de políticas públicas a partir de uma visão de curto e médio prazos, competitividade e produtividade, considerando algumas das principais reivindicações econômicas dos nove estados da Região. Uma carta aberta (Carta de Fortaleza - Pelo crescimento econômico e emprego no Nordeste) foi redigida pelos governadores para ser apresentada ao presidente da República, em data a ser definida.

WEB170329 ENCONTRO GOVERNADORES DO NORDESTE LP-9Entre assuntos de interesse comum estão a continuidade e a ampliação de investimentos para a região, renegociação de dívidas, ajuste fiscal, convivência com a seca (com ênfase nas obras de transposição do rio São Francisco) e o projeto de reforma da Previdência do Governo Federal. "Discutimos vários pontos importantes, convergentes dos estados. Algumas decisões foram decididas por lei, como renegociação das dívidas. O Nordeste foi beneficiado com medida do BNDES mas, até agora, não foi concretizado e vamos cobrar isso. Os estados do Norte-Nordeste representam 6% da dívida pública da União", disse o governador do Ceará, Camilo Santana.
WEB MVS3181A estrutura fiscal de estados e da União foi um dos principais temas discutidos na reunião. Para os governadores, o País requer uma reestruturação fiscal que não penalize os estados. Hoje, segundo os gestores,  68% das taxas arrecadadas ficam com a União. A exigência do reajuste dos déficits com o Governo Federal é outra prioridade. Durante a reunião foram apresentadas, ainda, alternativas para solucionar problemas causados por uma defasagem no federalismo fiscal, cujo desgaste prejudica os estados, em especial os do Nordeste. O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, apresentou uma proposta para a renovação do pacto federativo e para a recuperação dos Estados.

O fim da guerra fiscal, proposta encaminhada por estados do Sudeste ao Supremo Tribunal Federal, também entrou na pauta dos governadores, que se posicionaram a favor de seus estados conservarem políticas de atração de investimentos para manterem-se competitivos no cenário nacional. "Fazendo um reequilíbrio fiscal e uma fórmula de distribuição de receitas, conseguimos investir em áreas que precisam, como infraestrutura, saúde, geração de empregos e educação. Temos que pensar uma política tributária na área do ICMS que seja menos burocrática e que aumente a concorrência entre os estados", afirmou o governador do Piauí, Wellington Dias.

"É uma questão de grande importância e qualquer decisão precisa ter uma compensação por parte dos estados. Isso contribui para a economia, o andamento das obras, geração de empregos. Todos os estados do Nordeste têm capacidade de atrair investimentos e essa é uma forma de retomar o crescimento, além de garantir os convênios entre Estado e União já existentes, principalmente para as obras hídricas. Vamos buscar a suspensão ou renegociação das dívidas dos agricultores e exigir a celeridade das obras emergenciais para a convivência com a seca", acrescentou o chefe do Executivo cearense.


Previdência

Sobre a reforma da Previdência, um dos pontos principais da reunião, houve consenso de que o Brasil precisa de uma reforma, mas não um modelo que penalize a população mais pobre. "As mudanças na Previdência precisam levar em conta não apenas a questão fiscal brasileira; mas, sim, a sua natureza social", afirmou o governador de Alagoas, Renan Calheiros Filho. Na avaliação dos governadores, o processo necessita ser trabalhado com maior precaução. "Temos compreensão da necessidade, mas temos restrições a alguma propostas, principalmente em questão da aposentadoria. Esse debate precisa ser aprofundado, os estados do Nordeste não foram convidados para participar. Vamos aguardar o desenrolar das discussões no Governo Federal. É importante, necessária, mas é preciso ser feita com cautela para ver quem vai pagar essa reforma. É essencial que não seja a população brasileira mais pobre", explicou Camilo Santana.

O governador Ricardo Coutinho, da Paraíba, também defendeu o direito à aposentadoria. "A visão de todos os governadores é de que o Estado brasileiro não pode comportar diversos tipos de aposentadoria, mas você não pode tirar o direito das pessoas de se aposentarem. Um exemplo é o dos trabalhadores rurais. A previdência não é um luxo, é um direito. Não dá para tratar 14% dos trabalhadores da Previdência, que são os trabalhadores rurais do Nordeste, como prejudiciais à Previdência. Eles têm direito de se aposentar", afirmou.

Já o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, destacou a importância do encontro para os estados alinharem os interesses em comum. "Essas discussões são sempre produtivas pois tempos uma agenda muito semelhante. Questões como violência, desemprego, questão hídrica, já que vivemos o sexto ano consecutivo de seca, subfinanciamento da saúde. Sempre fazemos nessas reuniões uma avaliação do que está acontecendo no país e proposições para frente. Hoje saímos com uma série de reuniões a serem agendadas. Queremos levar a pauta do Nordeste para o presidente da República, para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para a presidente do STF, Carmen Lúcia, para discutir questões federativas importantes e que têm nessas instituições a condição de trabalharmos juntos", arrematou.


Leia a carta dos governadores na íntegra: 



CARTA DE FORTALEZA


Pelo crescimento econômico e emprego no Nordeste

Reunidos na cidade de Fortaleza (CE), no dia 29 de março de 2017, os governadores do Nordeste debateram a situação fiscal, previdenciária e social que aflige as populações dos estados nordestinos. A partir de uma análise sobre os números do chamado “déficit da previdência”, ficou evidenciado a necessidade de discutir e propor uma solução para o problema que não penalize os mais pobres e as mulheres.

O sistema previdenciário brasileiro envolve uma parte significativa de seguridade social, que é responsável por garantir uma vida mais digna a milhões de brasileiros. Portanto, existe concordância com a necessidade de implantar medidas para reformar a previdência brasileira, mas preservando a cidadania, o bem-estar social, protegendo especialmente os trabalhadores rurais, as mulheres e o acesso aos Benefícios de Prestação Continuada (BPC).

No encontro, foi apresentada uma proposta que consegue equilibrar a previdência dos Estados e, ao mesmo tempo, minimizar o grave problema fiscal do pacto federativo brasileiro. Todos os Governadores presentes firmaram um pacto em defesa da redistribuição das “contribuições sociais” - PIS, Cofins, CSLL -  com estados e municípios. É uma saída plenamente possível e responsável que reequilibra as contas públicas dos estados nordestinos e possibilitará a retomada imediata de investimentos públicos. Nos últimos 50 anos houve uma redução de 40% na participação dos estados do chamado “bolo tributário”. A Constituição de 1988 descentralizou despesas – saúde, segurança e educação, principalmente –, porém manteve a concentração da receita na União. O processo de aumento de impostos no Brasil – tão criticado por vários setores da sociedade – se deu nas chamadas contribuições sociais, que não são repartidas com estados e municípios. Agora, é o momento oportuno para construir uma proposta que promova o desenvolvimento sustentável e inclusivo.

Além destes dois pontos centrais, foram elencados como matéria importante para o Governo Federal deliberar imediatamente:

a) A obtenção imediata do alongamento das dívidas do BNDES sem diferenciação de fontes, incorporando todas as linhas de financiamento;

b) Liberação dos empréstimos já autorizados em 2016;

c) a convalidação dos incentivos fiscais, fazendo a transição para um sistema que acelere o crescimento econômico das regiões Norte-Nordeste;

d) Apoio à Emenda Constitucional que autoriza a securitização da Dívida Ativa do setor público brasileiro;

e) O não contingenciamento das obras hídricas no orçamento do Governo Federal;

f) Ampliar as fontes de financiamento à saúde, assegurando aos menos favorecidos o direito garantido pela Constituição Federal;

g) Liberação da bolsa estiagem e também a suspensão dos pagamentos das dívidas dos agricultores afetados pela seca;

h) Garantir a imediata realização dos leilões de energia solar e eólica suspensos em dezembro de 2016, e apoio a projeto para partilha das receitas de Energias Renováveis beneficiando estado e município da origem da energia;

Os Governadores entendem que estas medidas são essenciais para a retomada rápida do processo de geração de emprego e redução das desigualdades no Nordeste.




Camilo Santana
Governador do Estado do Ceará

Paulo Câmara
Governador do Estado de Pernambuco

Robinson Faria
Governador do Estado do Rio Grande do Norte

Ricardo Coutinho
Governador do Estado da Paraíba

Wellington Dias
Governador do Estado do Piauí

Renan Filho
Governador do Estado de Alagoas

Belivaldo Chagas
Vice-Governador do Estado do Sergipe



 29.03.2017


Thiago Sampaio
Repórter / Célula de reportagem

Fotos: Carlos Gibaja, Marcos Studart e Lia de Paula 


Com informações do Governo do Ceará