29 de novembro de 2019

Unicef: mortalidade infantil tem redução histórica no Brasil

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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) promove sessão, na Assembleia Legislativa de São Paulo, para marcar os 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança. O órgão produziu um relatório que confere ao Brasil reconhecimento por ter melhorado, ao longo dos anos, índices como o da mortalidade, do trabalho infantil, além da exclusão escolar.
Conforme o Unicef, de 1990 a 2017 registrou-se "redução histórica" no total de mortes de crianças menores de um ano de idade. No período, a taxa nacional caiu de 47,1 para 13,4 a cada 1 mil nascidos vivos. Além disso, entre 1996 e 2017, 827 mil vidas foram salvas.
As ações de mitigação articuladas pelos governos geraram efeitos de âmbito nacional, causando impacto também em São Paulo. No estado, a redução do índice foi de 22,5 para 10,9, de 1996 para 2017, quando 103 mil vidas de bebês foram salvas.
A queda nos índices de cobertura vacinal, adverte o Unicef, tem sido porta de entrada para doenças que eram, até recentemente, consideradas erradicadas, como o sarampo. "Em 2016, a mortalidade infantil subiu pela primeira vez em mais de 20 anos e ainda não voltou aos patamares de 2015, acendendo um sinal de alerta. No total, 42 mil crianças menores de 5 anos ainda morrem por ano no Brasil", informa o fundo da ONU no relatório.
A representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, afirma que o país deve consolidar os avanços já conquistados até agora, voltando a atenção para a primeira infância e a adolescência. "Os indicadores, em sua maioria, são piores no Nordeste e no Norte do país. E piores entre as populações indígena, parda e negra", diz.
Florence exemplifica seu argumento comentando que não basta manter escolas, mas também garantir que todos possam chegar a elas, em especial as crianças em situação de vulnerabilidade social. "Por isso é que é preciso que as políticas, mais do que nunca, tenham um enfoque de equidade, não sendo suficiente dar as mesmas oportunidades para todos. O que a gente precisa é de políticas que permitam que qualquer criança e adolescente tenha acesso a essas mesmas oportunidades. Por exemplo, não é suficiente que uma escola exista, porque tem uma parte da população que tem que ir atrás, não vai ter oportunidade de chegar."
A mandatária comenta que a contribuição da convenção consiste em fortalecer a noção de que os direitos das crianças e dos adolescentes são "inegociáveis e indissociáveis". Única instituição citada nominalmente no tratado, o Unicef, relata Florence, tem conclamado os presidentes dos países signatários a "reafirmar o compromisso" com os princípios ali colocados.

Índice de violência

A alta incidência de homicídios de adolescentes é outro ponto abordado no documento. O Unicef destaca que, entre 1990 e 2007, o total de ocorrências dessa natureza mais do que dobrou.
"De 1996 a 2017, 191 mil crianças e adolescentes de 10 a 19 anos foram vítimas de homicídio", informam os autores do relatório, acrescentando que, a cada dia, em média, 32 meninas e meninos nessa faixa de idade são assassinados.
Nos municípios paulistas, somente na década encerrada em 2017, destaca o documento do Unicef, 8.200 crianças e jovens nessa faixa etária foram assassinados. A taxa chegou a ser de 9,7 homicídios por 100 mil habitantes, há dois anos. A estimativa é que mais de 1 milhão de menores de idade vivam em áreas afetadas pela violência armada na cidade de São Paulo.

Sala de aula

Outro aspecto mostrado no relatório é o acesso de crianças e adolescentes à educação. Na avaliação do Unicef, o país "conseguiu avançar consideravelmente" nessa área.
"Em 1990, quase 20% das crianças de 7 a 14 anos (idade obrigatória na época) estavam fora da escola. Em 2009, a escolaridade obrigatória foi ampliada para a faixade 4 a 17 anos. E, em 2017, 4,7% das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos estavam fora da escola".
Os especialistas do Unicef ponderam que, embora o índice de exclusão escolar tenha diminuído significativamente, o país ainda não atingiu a universalização do ensino. Ao todo, quase 2 milhões de meninas e meninos estão fora da escola.
"Em São Paulo, 13% das crianças e adolescentes estavam fora da escola em 1996. Em 2018, eram 3,9%, o que representa 330 mil meninas e meninos. Há ainda aqueles que estão na escola sem aprender. A adolescência é a fase da vida mais afetada com a distorção idade-série no país: 14,9% dos estudantes do ensino médio e 12,5% nos anos finais do fundamental estão dois ou mais anos atrasados, totalizando 6,5 milhões de meninas e meninos. Em São Paulo, são 556.515 crianças e adolescentes", completa o órgão.

Imigrantes e saúde mental

Para o Unicef, outro ponto que deve integrar a agenda das autoridades preocupadas com a garantia dos direitos de crianças e adolescentes refere-se à acolhida de refugiados. Dos cerca de 200 mil venezuelanos que ingressaram no país até julho, 30% eram menores de idade. O estado é o segundo com maior volume de pedidos de refúgio, concentrando mais de 10% do total.
O tema suicídio também figura no relatório do Unicef como uma das questões contemporâneas que requerem atenção. "Nos últimos 10 anos, os suicídios de crianças e adolescentes vêm aumentando no Brasil. Eles passaram de 714, em 2007, para 1.047, em 2017. No estado de São Paulo houve aumento de 53% no número de casos, saltando de 98, em 2007, para 150 em 2017".
Por Letycia Bond 
Com informações da Agência Brasil

Luis Lacalle Pou será o novo presidente do Uruguai

National Party presidential candidate Luis Lacalle Pou looks on after the second-round presidential election, in Montevideo, Uruguay November 25, 2019. REUTERS/Mariana Greif
Novo presidente do Uruguai, Lacalle Pou tomará posse dia 1º de março   REUTERS/Mariana Greif/Direitos Reservados
O candidato de centro-direita Luis Lacalle Pou obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais do Uruguai. Após a revisão dos votos do pleito, realizado no último domingo (24), Lacalle venceu em uma disputa muito acirrada contra Daniel Martínez, candidato da coalizão de esquerda - Frente Ampla. A posse será dia 1º de março de 2020.
A alternância de poder com a vitória por um resultado tão apertado, definido voto a voto, mostra que o Uruguai está dividido. Quase metade dos uruguaios preferia a continuação do governo de esquerda exercido pela Frente Ampla, partido de Martínez, no poder há 15 anos.

Quem é

Lacalle Pou, do Partido Nacional, tem 46 anos e é formado em Direito, mas nunca advogou. Desde os 24 anos se dedica à política e já foi deputado e senador.
Opositor ferrenho do atual governo, Lacalle Pou vem de uma família de políticos. É filho do ex-presidente do Uruguai Luis Alberto Lacalle, que governou de 1990 a 1995 e da ex-senadora Julia Pou. É bisneto de Luis Alberto de Herrera, um dos políticos mais influentes da história do Partido Nacional.
Lacalleu Pou concorreu à presidência nas últimas eleições, em 2014, quando perdeu, em segundo turno, para Tabaré Vázquez, da Frente Ampla.

Adiamento

O resultado parcial das eleições, publicado ainda no domingo (24), apontava para um empate técnico.  Lacalle havia recebido 48,71% dos votos (1.168.019 votos), enquanto Daniel Martínez, 47,51% (1.139.353 votos).
Mas, no Uruguai existe uma segunda contagem, mais demorada, que é a dos votos observados. Assim como no Brasil, cada eleitor deve votar em um colégio eleitoral específico. No entanto, quando isso não é possível, o cidadão tem o seu voto observado. É o caso de uma pessoa que foi convocada a trabalhar de mesária em um colégio eleitoral diferente daquele em que está habilitada a votar. É um procedimento especial para que a validade do voto possa ser confirmada posteriormente.
Os votos observados nessa eleição eram 35.229. A diferença de votos entre Lacalle e Martínez era de 28.666 votos. Hoje, com o avanço da apuração dos votos observados, Luis Lacalle Pou adicionou 3.090 votos, o que confirmou sua vitória numérica sobre Daniel Martinez.
Por Marieta Cazarré 
Com informações da Agência Brasil

Sánchez perde pênalti no fim, e Fortaleza acaba com invencibilidade do Santos

Em jogo muito movimentado do início ao fim, o Fortaleza venceu o Santos por 2 a 1 na noite desta quinta-feira, no Castelão, em jogo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. 

Os donos da casa abriram 2 a 0 no segundo tempo com Edinho e Osvaldo. O Peixe diminuiu com Carlos Sánchez e teve chance para pontuar quando o uruguaio desperdiçou pênalti perto do fim.

O Fortaleza acaba com uma invencibilidade de sete jogos do Alvinegro no Brasileirão. A última derrota santista havia sido contra o Atlético-MG, em 20 de outubro. Além disso, foi a primeira vitória diante desse adversário na história, depois de 14 encontros.

O Tricolor assume a 10ª colocação do Nacional, com 46 pontos. O Santos segue na vice-liderança, com 68. O Palmeiras perdeu para o Fluminense no Maracanã.

O Peixe volta a campo para enfrentar a Chapecoense, no domingo. No mesmo dia, o Fortaleza visita o CSA.

Com informações da Gazeta Esportiva

Fechou! Argel Fucks assume o comando técnico do Ceará

O Ceará já tem um novo nome para o comando técnico. Argel Fucks, 45 anos, é quem assume o Alvinegro com contrato estabelecido até o fim de 2020. Ex-zagueiro, o gaúcho de 45 anos já comandou mais de 20 equipes, e, atualmente, estava à frente do CSA.
Fucks já comanda o Vovô na próxima partida pelo Brasileirão, no sábado, 30/11, diante do Athletico/PR, no Castelão. O treinador desembarca na capital cearense nessa sexta-feira, 29/11, e, após reunião com diretoria, comissão técnica e elenco, já comanda as atividades, à tarde, no CT de Porangabuçu.
Amanhã, o novo treinador também será apresentado oficialmente à imprensa. O auxiliar técnico Gledson Barroso e o preparador físico Daniel Azambuja também chegam junto com Argel a Porangabuçu. 
Fora do Z-4 e dependendo apenas de si para garantir permanência na Série A, o Ceará tem pela frente, agora, uma sequência de três jogos até o fim da competição. Dois destes duelos acontecem em casa. Além do confronto contra o Athletico/PR, a partida contra o Corinthians também será realizada na Arena Castelão. O Vovô encerra o Brasileiro contra o Botafogo, no Rio de Janeiro.
Confira a ficha técnica do novo treinador do Vozão.

Argélico Fucks
Nascimento: 04/09/1974 (45 anos)
Naturalidade: Santa Rosa/RS
Clubes: Mogi Mirim/SP; Guaratinguetá/SP; Caxias/RS; Campinense/PB; São José/RS; Criciúma/SC; Guarani/SP; Botafogo/SP; Brasiliense/DF; Joinville/SC; Figueirense/SC; Avaí/SC; Red Bull Brasil/SP; América/RN; Portuguesa/SP; Internacional/RS; Vitória/BA; Goiás/GO; Coritiba/PR; CSA/AL e Ceará/CE.

Departamento de Comunicação - CSC
Com informações do cearasc.com

25 de novembro de 2019

MEC lança aplicativo que serve de carteira de estudante

O diretor de Tecnologia e Informação do MEC, Daniel  Rogério, durante o lançamento do aplicativo da ID Estudantil
O Ministério da Educação lançou hoje (25) o aplicativo ID Estudantil, carteira de estudante virtual que, a exemplo da fornecida pelas entidades representativas dos alunos, dá direito a benefícios como meia-entrada em eventos culturais e esportivos.
Para obter o documento é necessário, antes de tudo, que a instituição de ensino à qual o estudante está vinculado insira os dados dele no Sistema Educacional Brasileiro (SEB), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Caso a instituição já tenha feito o cadastramento, caberá ao aluno baixar o aplicativo ID Estudantil no celular e fazer seu cadastro pessoal. “Os alunos que não conseguirem se cadastrar devem procurar suas instituições de ensino e pedir que elas se cadastrem junto ao MEC”, disse o presidente do Inep, Alexandre Ribeiro Lopes, durante a cerimônia de lançamento do ID Estudantil.
Segundo Lopes, 10.804 instituições já se cadastraram. Destas, 1.966 já começaram a enviar ao SEB as informações de seus alunos. As informações disponibilizadas constituirão um banco de dados nacional que subsidiará algumas das políticas públicas a serem implementadas pelo governo no setor da educação.
De acordo com o o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o custo do documento será de R$ 0,15 por unidade para o governo, mas será gratuito para o estudante. "Não cobraremos porque a estruturação dessa cobrança sairia mais cara do que o custo por unidade”, disse o ministro.
Ainda segundo Weintraub, documentos similares poderão ser fornecidos pelas instituições de ensino ou até mesmo grêmios estudantis. "Se for o caso, podem inclusive cobrar por isso. O que fizemos foi acabar com o monopólio e a exclusividade daqueles que sempre forneceram esse documento", disse. "Se, ideologicamente, o estudante quiser, ele pode pagar quanto for pela carteirinha”, acrescentou.
A abertura para que outras entidades – além da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) – emitam esse tipo de documento está prevista na Medida Provisória 895, enviada pelo governo ao Congresso Nacional em setembro.
Desde então, tanto a MP como a ID Estudantil têm sido criticadas pelas entidades representativas dos estudantes. Segundo o presidente da UNE, Iago Montalvão, trata-se de uma retaliação ao movimento estudantil. Montalvão disse que a principal  intenção do governo com essas medidas é "prejudicar o movimento estudantil, que fez as maiores manifestações contrárias a ele".
A fim de prevenir fraudes, o MEC informou que fará cruzamento dos dados fornecidos por meio de aplicativos com as informações da Carteira Nacional de Habilitação e, no caso de estudantes que não têm CNH, com os dados fornecidos para o documento de identidade (RG).
“Inclusive a foto [inserida no cadastro via aplicativo] passará por uma checagem junto ao banco de dados do Denatran [Departamento Nacional de Trânsito]. Quem não tem CNH terá de tirar uma foto do RG, frente e verso. Um algoritmo então vai comparar as fotos, de forma a dificultar fraudes”, explicou o diretor de Tecnologia da Informação do MEC, Daniel Rogério. “Pensamos também nos empresários: para eles, criamos o aplicativo ID Validade, que averiguará se o aluno está apto para receber os benefícios”, acrescentou.
O MEC alerta que, no caso de estudantes menores de idade, será necessária a autorização de um responsável legal, que deverá instalar o ID Estudantil no celular para, então, fazer o cadastro no qual informa os dados do menor.
Ainda de acordo com o o MEC, eventuais dúvidas sobre os aplicativos podem ser elucidadas por meio do site wwwidestudantil.mec.gov.br.
Por Pedro Peduzzi
Com informações da Agência Brasil 

Aposentados do INSS começam a receber segunda parte do décimo terceiro

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Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começam a receber hoje (25) a segunda parcela do décimo terceiro salário. Os depósitos serão feitos até o próximo dia 6, conforme calendário de pagamento de benefícios.
A segunda parte do décimo terceiro será paga junto com o benefício mensal de novembro. Em setembro, os aposentados e pensionistas tinham recebido a primeira parcela de 50% do benefício.

A consulta ao contracheque está disponível no portal Meu INSS. Basta o usuário clicar na guia Extrato de Pagamento de Benefício e consultar o valor a receber.

A segunda parcela do 13º salário é paga a aposentados, pensionistas, titulares de auxílio-doença, de auxílio-reclusão, entre outros beneficiários da Previdência Social.

Por lei, não têm direito ao décimo terceiro os seguintes benefícios: amparo previdenciário do trabalhador rural, renda mensal vitalícia, auxílio-suplementar por acidente de trabalho, pensão mensal vitalícia, abono de permanência em serviço, vantagem do servidor aposentado pela autarquia empregadora, salário-família e amparo assistencial ao idoso e ao deficiente.

Com informações da Agência Brasil

TSE inicia teste de integridade em urnas eletrônicas de 2020

urna eletrônica
Especialistas começam hoje (25) a testar a urna eletrônica que será usada nas eleições municipais do ano que vem, em mais um Teste Público de Segurança (TPS), organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Estão inscritos três técnicos individuais e cinco equipes, que terão até sexta-feira (29) para tentar burlar o hardware ou o software da urna eletrônica e, de alguma maneira, violar os arquivos e comprometer, por exemplo, o anonimato dos votos.
Essa é a quinta vez que o TSE realiza o TPS, cujas inscrições ficaram abertas para qualquer especialista interessado em tentar burlar o sistema eletrônico de votação. As atividades ocorrem em Brasília, na sede da Justiça Eleitoral, onde foi montado um espaço para que os técnicos possam trabalhar.
Em 2017, técnicos encontraram três falhas no sistema da urna eletrônica, conseguindo ter acesso aos dados internos do equipamento. Na época, o TSE afirmou que não havia motivo para preocupação, pois as falhas seriam sanadas antes das eleições.
Com informações da Agência Brasil

Unesco estabelece o Dia Mundial da Língua Portuguesa

 VI Encontro de Poetas da Língua Portuguesa, no Real Gabinete Português de Leitura.
A Unesco ratificou o dia 5 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa. A decisão ocorreu hoje (25), em Paris, durante a assembleia-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
A cerimônia levou o primeiro-ministro português, Antônio Costa, à capital francesa. "É um passo muito importante para as 260 milhões de pessoas que têm o português com língua oficial e que é hoje a língua mais falada no hemisfério Sul", disse o primeiro-ministro.
Antônio Costa realçou que a língua portuguesa vai ter "um forte crescimento". Segundo ele, no final do século 500 milhões de pessoas vão falar português,  "língua cada vez mais global".
É, por essa razão, uma "prioridade fundamental na política externa portuguesa", prosseguiu Antônio Costa.
Sobre o reconhecimento da Unesco do 5 de maio como dia oficial da língua portuguesa, o primeiro-ministro disse tratar-se de algo "muito importante porque é o reconhecimento desta dimensão global numa língua que é falada oficialmente em nove países, em quatro continentes e que é a quinta língua mais utilizada no espaço da internet".
Por RTP (Rádio e Televisão de Portugal)
Com informações da Agência Brasil

Justiça: 52% dos prefeitos cearenses respondem a processos


A construção de um parque de vaquejada particular com a utilização de servidores públicos e de máquinas pertencentes à Prefeitura levou o gestor de um município da zona norte do Ceará a ser processado na Justiça por improbidade administrativa. Somente este prefeito responde a 7 processos por improbidade administrativa em menos de três anos de mandato - mas não é o único no Estado. À Câmara Municipal, o gestor confessou que autorizou a realização do serviço porque, de acordo com ele, esta prática era algo “natural”, que já tinha sido adotada em outros empreendimentos particulares da cidade. Esse é apenas um dos 246 processos de improbidade administrativa que tramitam na Justiça do Estado. Dos 184 prefeitos do Ceará, 96 respondem a processos por esses atos, o que representa 52% do total de eleitos em 2016. O levantamento foi feito pelo Sistema Verdes Mares com base em dados do Ministério Público do Estado do Ceará e da Justiça estadual.
Em outro município, o gestor foi condenado na Justiça Federal por improbidade administrativa. A sentença determinou ao chefe do Poder Executivo “a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos por cinco anos”, dentre outras medidas. Mesmo depois de ter condenação em trânsito em julgado, o prefeito continua no exercício do cargo, fato que contraria a jurisprudência dos Tribunais Superiores. O MP já entrou com ação para que a sentença seja cumprida.
O Diário do Nordeste opta por não citar os nomes dos envolvidos nos casos aqui relatados em virtude de os processos não terem sido julgados pela Justiça. A reportagem tentou ouvir o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Francisco Nilson Alves Diniz, sobre a incidência de crimes de improbidade administrativa nas prefeituras cearenses, mas o gestor não atendeu.
Improbidade
Existem três grandes grupos de improbidades administrativas: aquelas que levam o servidor público a enriquecer-se ilicitamente, aquelas que causam um prejuízo aos cofres públicos e aquelas que, embora não gerem enriquecimento ou causem prejuízos aos cofres públicos, atentam contra os princípios da boa administração pública.
Mas o que justificam tantos casos de gestores processados por improbidade administrativa? Para o promotor de Justiça Élder Ximenes Filho, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa (CAODPP), três fatores contribuem para esse quadro: a educação ética do brasileiro, de um modo geral; a complexidade da legislação e a má-formação dos gestores em administração pública. Além, claro, de uma cultura de corrupção.
“Nós viemos de uma tradição cartorial e burocrática herdada de Portugal, onde o público muitas vezes se confunde com o privado. Além do mais, temos uma cultura de corrupção, onde o cidadão só reconhece quando a corrupção é dos outros, mas suborna agentes públicos, vende votos, estaciona em vaga privativa, comete fraudes. Temos (no MPCE) um projeto de ‘Educação e Cidadania contra a Corrupção’, voltado para crianças, pois, só assim, é possível acabar com essa cultura”, sustenta Ximenes.
O também promotor de Justiça Ricardo Rocha vai além em sua análise. “Independentemente do processo criminal, a morosidade e burocracia no processamento dessas ações acabam por provocar a prescrição desses atos, resultando em impunidade e incentivo à prática dessas ações”.
As investigações de improbidade administrativa e de crimes contra o patrimônio público começam pelo MP, que possui dois núcleos com atuação nesses casos, a Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap) e o Centro de Apoio Operacional da Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa (CAODPP).
A partir de consultas aos portais de transparência, são identificadas possíveis irregularidades na gestão. Denúncias feitas pela população e reportagens dos meios de comunicação também são consideradas pelo MP.
Concluída a investigação e constatadas as irregularidades, o MP encaminha denúncia a uma das Varas da Fazenda Pública ou Vara Cível. Cabe ao juiz aceitar, ou não, a denúncia. Caso a aceite, o gestor passa à condição de réu em ação cível. 
Grande parte das ações por improbidade diz respeito a contratações irregulares de servidores. Em outro processo, um juiz de um município localizado no Centro-Sul do Estado decretou a indisponibilidade de bens do prefeito, no valor de R$ 240 mil, em ação civil pública.
Conforme dados fornecidos pela própria administração, em 2017 havia 656 temporários na folha do município, passando a 926 em 2018 e a 1.394 em 2019. 
Acompanhamento
Diante de tantos casos de improbidade, acompanhar os processos é desafio. “Falta ‘perna’ ao MP. A estrutura é muito aquém da necessário”, ressalta o promotor Ricardo Rocha. 
Ele lembra, ainda, que os Tribunais não têm varas especializadas para julgar esse tipo de ação, o que faz com que elas sejam misturadas a outros processos que tramitam em cada vara da Fazenda Pública ou Cível. O procurador-geral de Justiça do Estado, Plácido Rios, também foi procurado pela reportagem, mas não atendeu às ligações até o fechamento desta matéria.
O desembargador Durval Aires Filho, membro da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), reconhece que as ações de improbidade administrativa se misturam às milhares de outras, mas não vê como possibilidade a criação de varas específicas que deem celeridade aos julgamentos desse tipo de crime. 
“Crimes contra o colarinho branco não despertam interesses. Ademais vão alegar custos altos e, com eles, a falta de fontes orçamentárias. Além disso, essas ações praticadas por prefeitos não despertam interesses das Casas Legislativas, no sentido de solicitar iniciativa ao Poder Judiciário, nem muito menos por parte daqueles que têm a chave do cofre”, considera.
Por Verônica Prado
Com informações do Diário do Nordeste

Campeão, de novo! Depois da Liberta, Flamengo leva o Brasileiro 2019

Moisés Dias/Metrópoles
Hexacampeão nas contas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), heptacampeão nos corações de 40 milhões de brasileiros. Fato é que o Flamengo de uma campanha histórica embalada de “Segue o líder”, “Hoje tem gol do Gabigol”, “Olê olê olê, Mister”, “Tá mal, Arão, tá bem Arão” confirmou o título do Campeonato Brasileiro 2019.
A conquista — sem precisar entrar em campo, já que a derrota do Palmeiras contra o Grêmio impede o Verdão de alcançar o Flamengo matematicamente na tabela — consagrou um time que já caiu nas graças e na história do Rubro-Negro. Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís, Arão, Gerson, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel. Os 11 titulares do comandante Jorge Jesus marcaram o nome no livro de títulos do Flamengo com uma campanha irretocável. Coadjuvantes de luxo também ajudaram: Diego, Vitinho, Cuellar e Reinier foram tão importantes quanto os 11 iniciais em algum momento da temporada.
Futebol envolvente, intenso, de dar pouco espaço para o adversário. Certamente, essas serão as marcas principais desse time histórico, que aliou o poder financeiro ao casamento perfeito entre o forte elenco com a experiência e competência do técnico Jorge Jesus.
O Flamengo conquista o título do Campeonato Brasileiro de forma antecipada com uma campanha de 25 vitórias, 6 empates e somente 3 derrotas (até a 34ª rodada). Além disso, o clube teve os dois principais artilheiros do torneio: Gabigol e Bruno Henrique, que terminaram com 22 e 18 ol, respectivamente. Soma-se a esse sucesso a simbiose com a torcida do clube, disparada a dona da melhor média de público, com 51.925 pagantes por jogo.
A conquista de 2019 se junta ao rol de 1980, 1982, 1983, 1987 (Copa União), 1992 e 2009.

Por Roberto Wagner e Lucas Marchesini
Com informações do Metrópoles 

Brasil detém 90% do mercado mundial de Nióbio

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Um metal até então desconhecido da maioria dos brasileiros, o Nióbio ganhou projeção quando presidente Jair Bolsonaro o apresentou durante uma live no mês de junho deste ano. O metal, no entanto, deveria ter uma projeção maior no país já que tem, no Brasil, o seu maior produtor, responsável por abastecer cerca de 90% do mercado mundial. Entre suas utilidades está a de ampliar a resistência do aço, o que possibilita uma economia superior a 20% na quantidade de material utilizado e a uma redução de 30% de seu peso.
Bastam 100 gramas de nióbio (a um custo de cerca de US$ 8) para cada tonelada de aço, para ampliar a força de ligação de seus átomos e, por consequência, aumentar suas resistências térmica e mecânica, bem como a capacidade de absorver cargas sem se romper ou deformar. Além disso, o nióbio amplia a capacidade de solda a outros materiais, e afasta o risco de corrosão de metais.
Tais características possibilitam o uso do nióbio para a construção de foguetes, aviões, turbinas, peças automotivas, estruturas metálicas, navios, trilhos, baterias, sensores, lentes, supercondutores, navios, oleodutos e muito mais.
“Ele é usado basicamente no aço, mas recentemente estamos desenvolvendo aplicações também na área química”, disse à Agência Brasil o presidente da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), Eduardo Ribeiro. A empresa é líder mundial na produção e fornecimento de produtos de nióbio.
Em 2018 a CBMM faturou cerca de R$ 7,8 bilhões e pagou R$ 1,8 bilhão em impostos, com a venda do produto. Cerca de 95% do lucro foi obtido com a venda para o mercado externo, para onde foram destinadas quase 95 mil toneladas de ferro nióbio, nióbio metálico, níquel nióbio e óxido de nióbio. “Todos produtos de alto valor agregado”, acrescenta Ribeiro.
O grupo CBMM tem 70% de capital nacional. Os 30% restantes têm como acionistas as duas principais siderúrgicas japonesas, a principal siderúrgica coreana e as quatro principais siderúrgicas chinesas.
“Essa divisão, que inclui nossos clientes como acionistas, foi uma movimentação estratégica que implantamos em 2011, tendo como objetivo aumentar o mercado. Em contrapartida, eles têm prioridade em uma certa porcentagem da produção”, explica.

Mitos e teorias

Segundo ele, a falta de conhecimento das pessoas sobre o nióbio levou à criação de mitos e teorias conspiratórias sobre o metal. “Para começar, o nióbio é um metal. Não é minério. O minério tem cerca de 2,5% de nióbio, e precisa passar por processos complexos até se chagar ao produto final [nióbio], que é o metal que vendemos”, disse.
“Mitos atrapalham. Existem diversas ocorrências de Nióbio no Brasil, em especial na Amazônia. Só que para transformar essas ocorrências em reserva de nióbio, é necessário fazer furos de sondagem e quantificar massa e teor”, acrescentou.
Ribeiro minimizou também riscos de o país perder espaço para concorrentes estrangeiros. “Temos, na CBMM, uma reserva para mais de 100 anos. Portanto há desinteresse [de outros grupos] em investir [na produção de nióbio]. Atualmente detemos cerca de 90% do mercado mundial. Também não é verdade que há nióbio apenas no Brasil”.
Segundo ele, há reservas em 85 regiões do mundo, entre Austrália, África, Groelândia, Rússia. “Se muitas não estão, atualmente, em operação, é porque os produtores atuais têm uma capacidade de produção maior do que o tamanho do mercado. Eles não vão investir bilhões de dólares em um mercado pequeno”, argumentou.
Diante desse cenário, o presidente da CBMM aponta como “maior desafio” para o país – enquanto líder de mercado e detentor da mina mais produtiva e do menor custo de produção de nióbio – o desenvolvimento e o crescimento do mercado.
A maior concorrência ao nióbio brasileiro não são empresas estrangeiras, mas outros metais com características e utilidades similares – caso do vanádio, entre outros metais. “Uma das vantagens do nióbio é a de ter preço mais estável no cenário mundial, o que dá mais segurança àqueles que o utilizam”, explica o presidente da CBMM.
Ainda segundo Ribeiro, o nióbio apresenta outras vantagens em relação aos metais concorrentes . “Há vantagens e aplicações únicas quando misturado ao níquel, em especial para a turbinagem de aviões, de forma a aguentar temperaturas mais altas”.
Por Pedro Peduzzi 
Com informações da Agência Brasil

23 de novembro de 2019

Hospital alerta para cuidados com mães de prematuros

Bebes na UTI Neonatal do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB). O hospotal realiza rodada de palestras com o tema “Prematuridade: o cuidado centrado na família”. O evento faz parte das comemorações do Novembro Roxo, mês do Dia Mundial da
Uma gravidez conturbada, perda de líquido ou de sangue, repleta de sintomas que trazem preocupação e mal-estar psicológico. As histórias sobre nascimentos de prematuros têm vários fatores em comum, mas no centro de todos estão mães que passaram por situações físicas e mentais extremamente desgastantes e lutam pela vida de bebês que podem ser tão pequenos quanto a palma da mão.
O Brasil apresenta estatísticas alarmantes sobre a prematuridade. Uma em cada 10 crianças brasileiras nasce antes de 37 semanas de gestação, de acordo os dados do Ministério da Saúde. E isso se reflete diretamente no bem-estar da família e das mulheres. O mês de novembro, além da conscientização sobre o câncer de próstata em homens, foi escolhido também para tratar o tema da prematuridade.
Para discutir o assunto, o Hospital Universitário de Brasília (HUB) promoveu, hoje (22), o painel Prematuridade: o cuidado centrado na família. Considerado referência no tratamento de crianças prematuras, o hospital já recebeu, apenas em 2019, mais de 200 bebês prematuros.
“Idealizamos um bebê totalmente diferente. Toda mãe pensa que aquele bebê que ela está gestando vai, assim que sair, para o colo. Mas a realidade neonatal dos prematuros é bem diferente. Eles vão direto para o auxílio da respiração mecânica”, explicou a especialista neonatal Lizandra Paravidine Sasaki, chefe da UTI Neonatal do HUB. “Esse grupo de pacientes existe, e eles precisam ser escutados. A rede de apoio e o suporte dessas famílias não vêm apenas da obstetrícia ou da ginecologia, vêm de uma equipe multidisciplinar que conta com psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais. Os cuidados precisam acontecer não apenas durante a fase crítica do bebê, mas durante todo o tratamento da família”, disse a doutora.

Saúde mental

Para Evandro de Quadros Scherer, doutor em psicologia clínica e pesquisador, o elo psicológico com o recém-nascido pode ser afetado pela necessidade de cuidados especiais. “Esses bebês quando nascem não estão com a psiquê completamente desenvolvida. O laço da relação com o filho é dificultado pela distância da UTI neonatal. É uma criança que não é aquele bebê idealizado, que não é aquele bebê coradinho, gorduchinho. São fatores que atrapalham a criação de vínculos psíquicos entre mãe e filho”.
Outro quadro possível é o de depressão pós-parto. De acordo com Scherer, a idealização da vida materna pode se tornar uma enfermidade quando o quadro de saúde do bebê não evolui como deveria. “A mulher cria uma imagem completamente diferente da maternidade, e os problemas da prematuridade podem se tornar empecilhos na criação de um vínculo materno e do investimento afetivo necessário”, explicou.

O valor do pré-natal

Bruna Heloísa Sousa, mãe de Samuel, que nasceu com 37 semanas de gestação e agora tem 2 meses, passou a compreender o valor do acompanhamento pré-natal após uma gravidez conturbada. Após ter dengue, zika, perda de líquido amniótico e sangramentos, o pequeno Samuel surpreendeu a mãe por ter nascido com síndrome de down. “Eu achava que o pré-natal era chato. Todas as consultas eram iguais. Mas entendi depois que cada exame é diferente, que cada fase trata de uma coisa diferente. Se eu pudesse voltar atrás e fazer, faria certinho”, lamenta a mãe de Samuel. “Se eu pudesse dar um conselho a todas as mamães do Brasil, eu diria: façam o pré-natal. A gente acha que é besta, mas é muito importante”.
Por Pedro Ivo de Oliveira
Com informações da Agência Brasil

Entenda a morte cerebral causada por traumatismo craniano

Algumas lesões causam danos irreversíveis ao cérebroA gravidade de um traumatismo craniano, como o que matou o apresentador Gugu Liberato, aos 60 anos, depende de fatores como a dimensão do trauma, a idade e o quadro de saúde da vítima. 
Segundo o neurocirurgião José Oswaldo de Oliveira Junior, da Clínica Everest, em São Paulo, um traumatismo craniano grave causa lesões no cérebro, em algumas situações irreversíveis.

"Uma caixa craniana tem um volume interno que está cabendo o cérebro e tudo o que tem lá. Quando há uma pancada, pode ter um sangramento e formar um coágulo. Vai haver competição por espaço, a pressão vai aumentar e o cérebro não consegue receber a quantidade de sangue que precisa. A morte cerebral acontece quando você tem geralmente uma pressão intracraniana tão elevada que o sangue bombeado pelo coração não consegue penetrar para nutrir os tecidos."
Gugu, de 60 anos, foi internado após cair de uma altura de 4 m e bater com a cabeça, dentro da casa dele em Orlando, nos Estados Unidos, na quarta-feira (20). A morte cerebral do apresentador foi confirmada nesta sexta-feira (22).

Ainda de acordo com Oliveira Junior, a idade da vítima é um fator de risco.

"A pessoa idosa tem uma pequena hipotrofia do cérebro, ou seja, o conteúdo fica menor em relação ao continente, o que aumenta os movimentos internos do cérebro [em caso de choque]. O idoso está mais sujeito a ter mais sangramento no cérebro na queda, mesmo em queda leve."

Se a pessoa tiver alguma deficiência de coagulação, seja por uso de medicamentos ou pela perda de plaquetas (comum em indivíduos que são submetidos a uma quimioterapia), o risco de ter um sangramento e não haver a coagulação adequada é maior.

"Às vezes, um pequeno traumatismo em um paciente que fez quimioterapia e esteja com uma baixa do número de plaquetas e não tenha uma coagulação normal pode levar a uma sangramento e até morte."

A dimensão do trauma tem uma importância fundamental, segundo o neurocirurgião.

"A altura está associada à energia envolvida com o traumatismo. O cérebro, na verdade, é protegido. É a estrutura mais complexa do nosso corpo e bem protegida. Existe o couro cabeludo, o crânio, as meninges e um líquido que envolve o cérebro. Mas alguns traumatismos são tão violentos que ultrapassam tudo isso." 

Para diagnosticar a morte cerebral de alguém que tenha sofrido um traumatismo craniano severo, os médicos realizam testes clínicos, relacionados aos reflexos do paciente, e também exames, que podem ser um eletroencefalograma (para medir a atividade elétrica do cérebro) ou uma angiografia (para verificar a irrigação sanguínea do cérebro).

Além disso, acrescenta Oliveira Junior, é preciso descartar que o paciente esteja sob influência de algum inibidor de atividade cerebral (anestésico ou sedativo). Por isso, é importante que seja feita uma avaliação o mais prolongada possível para detectar a ausência de função cerebral.

"A morte cerebral é um divisor de águas entre uma pessoa que pode se recuperar e uma pessoa que já tem um quadro irreversível", conclui o neurocirurgião.

Por Fernando Mellis
Com informações do R7

22 de novembro de 2019

Gugu caiu do sótão após piso ceder. Filhos estavam em casa

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Gugu Liberato está internado em Orlando, nos Estados Unidos, após sofrer um acidente doméstico nessa quarta-feira (20/11/2019). Nesta sexta (22), o hospital e a família liberaram mais detalhes sobre a queda do apresentador.
Segundo o site da revista Quem, Gugu estava em Orlando para passar cinco dias de folga com a família. Logo depois de chegar na casa, em que estavam sua mulher, Rose Miriam, e seus filhos, o apresentador foi para o sótão arrumar um ar-condicionado.
Quando Gugu estava no andar superior, o piso de gesso do cômodo cedeu e ele caiu batendo a cabeça. Gugu tem três filhos: João Augusto, de 18 anos, e as gêmeas Sofia e Marina, de 16.
O estado de saúde do apresentador Gugu Liberato é considerado muito grave. Familiares, incluindo a mãe dele, Maria do Céu, de 90 anos, foram para Orlando. O pastor da igreja First Baptist Church – que a esposa de Gugu frequenta – deu informações ao Jornal da Band sobre o estado de saúde do apresentador. Segundo o religioso, ele está ligado a aparelhos e as perspectivas não são otimistas. Disse ainda que, agora, “está tudo nas mãos de Deus”. O hospital disponibilizou uma sala exclusiva para que os familiares possam se acomodar.
Estado de saúde
Um novo boletim médico sobre o estado de saúde do apresentador deve ser divulgado no início da tarde desta sexta-feira, de acordo com a assessoria de imprensa de Gugu Liberato. A última nota, enviada pela assessoria do artista à imprensa por volta das 7h desta sexta-feira, afirma que Gugu segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Orlando Health, na Flórida, nos EUA, após sofrer um acidente em sua casa. Ainda segundo o comunicado, “as informações que circulam sobre uma suposta morte do apresentador são inverídicas”.
Por Luisa Ikemoto
Com informações do Metrópoles 

Escolas cívico-militares estarão em 23 estados e no Distrito Federal em 2020

O ministro da Educação, Abraham Weintraub (centro), destacou o uso de critérios técnicos para escolher os municípios (Foto: Luís Fortes/MEC)
As 54 instituições de ensino do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, do Ministério da Educação (MEC), estarão espalhadas por 23 estados e pelo Distrito Federal já no ano que vem. Os municípios contemplados para compor o projeto-piloto do programa em 2020 foram anunciados nesta quinta-feira, 21 de novembro, em coletiva de imprensa na sede da pasta, em Brasília.
A parceria do MEC com o Ministério da Defesa, que busca promover um salto na qualidade educacional do Brasil, vai ser implementada em 38 escolas estaduais e 16 municipais. Cerca de 1.000 militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares da ativa vão atuar na gestão educacional das instituições.
“[As escolas] começam a funcionar já na volta às aulas. É um modelo que acreditamos que vai ter um amplo sucesso no Brasil”, afirmou o ministro da Educação, Abraham Weintraub.
A região Norte será contemplada com 19 escolas. No Sul, serão 12 unidades e no Centro-Oeste, 10 instituições farão parte do programa. Além disso, outras oito escolas estarão no Nordeste e cinco no Sudeste.
Em 2020, o MEC destinará R$ 54 milhões para levar a gestão de excelência cívico-militar para 54 escolas, sendo R$ 1 milhão por instituição de ensino. São dois modelos. Em um, de disponibilização de pessoal, o MEC repassará R$ 28 milhões para o Ministério da Defesa arcar com os pagamentos dos militares da reserva das Forças Armadas. Os outros R$ 26 milhões vão para o governo local aplicar nas infraestruturas das unidades com materiais escolares e pequenas reformas — nestas escolas, atuarão policiais e bombeiros militares.
O secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo, destacou que o objetivo do modelo de gestão não é militarizar o aluno. “Não se busca tolher a liberdade de comportamento, só um respeito maior a alunos e professores. É um pacto escolar. A comunidade, afinal, é ouvida no processo”, explicou.
Segundo o subsecretário de Fomento às Escolas Cívico-Militares do MEC, Aroldo Cursino, a ideia é dar maior atenção às condições do estudante. “Os militares vão atuar como monitores para trabalhar na sensação de pertencimento do aluno à escola”, disse.
Critérios – A seleção técnica do MEC foi realizada com critérios eliminatórios e classificatórios estipulados para dar objetividade ao processo de escolha. As regras estão em portaria publicada na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União (DOU). Dessa forma, foram eliminados municípios que não encaminharam a adesão assinada pelo prefeito e com número baixo ou sem militares da reserva residindo na cidade.
Além disso, foram considerados classificatórios no processo de escolha dos municípios:
  • ser capital do estado ou pertencer à região metropolitana;
  • estar situado na faixa de fronteira;
  • faixa populacional, considerando a realidade estadual.
Em caso de empate, o ministério considerou prioritários os municípios mais populosos dentro de cada estado. O objetivo foi alcançar um número maior de escolas públicas com matrículas entre 500 e 1.000, além de áreas em situação de vulnerabilidade social.
Processo de escolha – A adesão ao programa foi e continua a ser voluntária. Logo no lançamento, o governo abriu prazo para as unidades da Federação manifestarem interesse — 15 estados e o Distrito Federal o fizeram. Depois, foi a vez dos municípios — mais de 600 cidades pediram para participar. A escolha seguiu os critérios técnicos acima descritos.
Capacitação – De militares a gestores, todos os envolvidos com o programa das escolas cívico-militares passarão por uma capacitação promovida pelo MEC. Antes do início das aulas, pontos focais das secretarias de Educação estaduais e municipais, diretores, professores, militares e profissionais de educação participarão de uma formação presencial e/ou a distância.
Entre os temas que serão abordados estão o projeto político-pedagógico, as normas de conduta, avaliação e supervisão escolar, além da apresentação das regras de funcionamento das escolas e as atribuições de cada profissional.
Por estado – Apenas Piauí, Sergipe e Espírito Santo ficaram de fora. Confira a lista dos municípios por estado:
  • Acre: Cruzeiro do Sul e Senador Guiomard
  • Amapá: duas escolas em Macapá
  • Amazonas: duas escolas em Manaus e outra indicação do estado
  • Pará: Ananindeua, Santarém e duas escolas em Belém
  • Rondônia: Alta Floresta d’Oeste, Ouro Preto do Oeste e Porto Velho
  • Roraima: Caracaraí e Boa Vista
  • Tocantins: Gurupi, Palmas e Paraíso
  • Alagoas: Maceió
  • Bahia: Feira de Santana
  • Ceará: Sobral e Maracanaú
  • Maranhão: São Luís
  • Paraíba: João Pessoa
  • Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes
  • Rio Grande do Norte: Natal
  • Distrito Federal: Santa Maria e Gama (regiões administrativas de Brasília)
  • Goiás: Águas Lindas de Goiás, Novo Gama e Valparaíso
  • Mato Grosso: duas escolas em Cuiabá
  • Mato Grosso do Sul: Corumbá e duas escolas em Campo Grande
  • Minas Gerais: Belo Horizonte, Ibirité e Barbacena
  • Rio de Janeiro: Rio de Janeiro
  • São Paulo: Campinas
  • Paraná: Curitiba, Colombo, Foz do Iguaçu e outra indicação do estado
  • Rio Grande do Sul: Alvorada, Caxias do Sul, Alegrete e Uruguaiana
  • Santa Catarina: Biguaçu, Palhoça, Chapecó e Itajaí

Dyelle Menezes e Guilherme Pera
Com informações do Portal MEC