A pobreza, a “péssima” qualidade da educação brasileira e a consequente necessidade do programa Bolsa Família do Governo Federal foram temas de pronunciamento realizado, na quarta-feira (02/03), pelo deputado Heitor Férrer na Assembleia Legislativa.
O parlamentar lembrou do reajuste de 45% para o referido programa, anunciado, ontem, pela presidente da República, Dilma Rousseff, ressaltando que nenhum homem público pode ter coragem de se colocar contra o Bolsa Família, sabendo que o Brasil possui hoje, de seus 196 milhões de habitantes, 50 milhões, ou seja, aproximadamente um quarto da população, vivendo nas linhas da pobreza e da miséria.
O deputado destacou que esse foi o principal programa social criado pelo ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pois, com uma quantidade tão grande de pessoas “passando fome, o País precisava, realmente, de uma muleta oficial para se apoiar”.
Para Heitor, uma das principais justificativas para um número tão elevado de pessoas pobres é que no Brasil reina a desigualdade social. De acordo com ele, os pobres do Canadá e da Inglaterra, por exemplo, possuem escola, água tratada, saneamento básico, transporte e saúde, pois existe igualdade social. “Aqui, as pessoas que estão na linha da pobreza não têm direito a esses bens essenciais”, complementou.
EDUCAÇÃO
Heitor reportou-se, ainda, em seu pronunciamento, a uma pesquisa divulgada nos principais jornais locais sobre um ranking da Unesco, com 127 países, que mede o desempenho na educação e em que o Brasil ficou na 88ª posição. O primeiro colocado foi o Japão, seguido pelo Reino Unido, Noruega e Cazaquistão.
O pedetista criticou o fato de a educação brasileira ter ficado pior classificada que a de países da América do Sul, como a Argentina, Chile, Bolívia, Cuba e Colômbia, estando o Brasil colocado como a sétima maior economia do mundo.
“É inaceitável que um país que tem a segunda melhor economia das três Américas, perdendo apenas para os Estados Unidos, esteja nessa situação em relação à qualidade da educação que oferece ao seu povo”, disse.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) concordou com as colocações de Heitor, acrescentando que, com o nível de pobreza e de educação em que o País e Ceará se encontram, o Governo do Estado não poderia estar gastando tanto dinheiro com a construção do Acquário Ceará, primeiro aquário internacional da América Latina.
heitorferrer.com.br
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