23 de novembro de 2013

Geninho misturou 'sangue italiano' e carinho para recolocar Sport na elite

header matéria Sport serie A (Foto: arte esporte)



O relógio apontava 0h do dia 13 de setembro, quando Geninho ouviu o seu celular tocar. Do outro lado da linha, o presidente do Conselho Deliberativo do Sport, Gustavo Dubeux. Velho conhecido do treinador, o dirigente tinha um pedido a fazer: “Volte a comandar o Rubro-negro e nos leve à Série A”. Sem trabalhar desde o Campeonato Paulista, quando fez uma péssima campanha com o São Caetano e depois de dar um tempo na profissão para atender a um pedido da família, o técnico hesitou, mas aceitou o convite. O desafio de voltar a brilhar no cenário nacional o motivou. E não deu outra. Dois meses após assinar com o clube, Geninho recoloca o Leão da Ilha na Série A.
- Não tinha como recusar o convite do Sport. Atendi a ligação do Gustavo, que é um grande amigo e fiz questão de aceitar. Era um desafio enorme, mas eu confiava no meu trabalho e no trabalho do grupo. Era difícil, mas isso me motivou. Deu certo. Vem dando certo - disse o técnico, que, logo após o fim do jogo com o Boa Esporte, tratou de elogiar os jogadores e classificar o acesso do Leão como merecido.
Geninho Sport (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Geninho conseguiu levar Sport ao topo do futebol brasileiro de novo (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
O caminho, no entanto, não foi fácil. Quando assumiu o clube, o Sport vinha de uma derrota por 4 a 2 para o ABC e estava na oitava posição da Série B. Na lembrança do treinador, um vestiário abatido, momentos antes da sua partida de estreia, na vitória por 1 a 0 sobre o Figueirense.
- Quando cheguei, o pessoal estava sem confiança. Tentei passar essa credibilidade. Com carinho, conversa e alguns puxões de orelha. O grupo comprou o projeto e deu certo. Foi uma situação em que todo mundo se abraçou.
Às vezes, a gente perde o tom. Quando tem que reclamar, eu solto o verbo, mesmo. Tenho uma descendência da Calábria, que me faz ter o sangue um pouco quente. Mas isso passa quando o jogo acaba"
Geninho
O carinho propagado pelo treinador, porém, foi deixado de lado algumas vezes. Calmo fora das quatro linhas, Geninho assumia outra personalidade dentro de campo. Rígido e disciplinador, o técnico não poupava críticas aos comandados. Como no jogo contra o Boa o Esporte, que garantiu o acesso.
- Acorda! Vocês têm que vencer este jogo. Não adianta ficar olhando o adversário passar. Sai dessa área – berrou, em meios ao muitos palavrões à beira do gramado.
A falta de traquilidade em campo, segundo o treinador, é fruto de sua descendência italiana.
- Às vezes, a gente perde o tom. Quando tem que reclamar, eu solto o verbo, mesmo. Tenho uma descendência da Calábria, que me faz ter o sangue um pouco quente. Mas isso passa quando o jogo acaba.
Feliz com o acesso, o treinador agora projeta um 2014 vitorioso pelo Sport. Para isso, no entanto, terá que renovar o seu vínculo com o clube.
- Claro que penso em ter uma temporada vitoriosa no Sport. Com calma, planejamento e na Série A. Para isso, porém, preciso sentar com a diretoria. Mas vamos deixar isso para depois da competição.
Por Recife

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