Em "La Vie Cachée de Fidel
Castro" ("A vida escondida de Fidel Castro"), o
ex-funcionário conta como o líder cubano nunca renunciou aos
"confortos do capitalismo".
Segundo Juan Reinaldo Sánchez,
que trabalhou com Fidel por 17 anos e hoje vive nos Estados Unidos, o
político vivia em uma ilha privada em Cayo Piedra, no sul da Baía
dos Porcos, que contava com um criadouro de tartarugas e golfinhos.
Sánchez conta que o acesso à
ilha era feito com o iate privado de Castro, feito com madeira
nobre da Angola e motor cedido pelo ex-presidente
soviético Leonid Brezhnev. Entre as suas outras propriedades
estaria uma casa na capital, Havana, equipada com uma pista de
boliche no último piso e um centro médico. Ainda segundo o cubano,
Castro sempre era acompanhado por, pelo menos, 10 guarda-costas.
Segundo Sánchez, Castro
desfrutava de tamanho luxo em um momento em que a economia cubana
estava entrando em colapso após a desintegração do principal
parceiro comercial da ilha, a União Soviética.
Outra revelação do livro
diz respeito à vida amorosa de Castro, que teve nove filhos,
proibidos de serem mencionados pela mídia cubana.
De acordo com Sanchéz, ele
decidiu ajudar o jornalista francês Axel Gyldén a escrever o
livro após ter sido preso, ao pedir para se aposentar. Ele diz ter
sido torturado e colocado na cadeia "como um cão".
"Esta foi a primeira vez que
alguém do círculo íntimo de Castro falou em público (...) isso
muda a imagem que temos de Castro porque seu estilo de vida
contradiz com o que ele prega", declarou o autor da obra ao
jornal britânico The
Guardian.
Em 2006, a revista Forbes listou o
ex-presidente cubano como um dos líderes mais ricos do mundo, mas
Castro negou.
Fidel Castro deixou o poder em
2008, após adoecer, em 2006, e, desde então, tem feito poucas
aparições públicas.
Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário