
Nova métrica que passou a ser usada neste mês pelo Banco Mundial para delimitar a quantidade de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza eleva de 8,9 milhões para 45,5 milhões o número de brasileiros considerados pobres –1/5 da população, destaca reportagem da Folha, que detalha os novos critérios da instituição
O Banco Mundial passou a usar este mês uma nova métrica para detectar a linha da pobreza em cada país. A partir do novo critério, a quantidade de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza cresce de 8,9 milhões para 45,5 milhões – 1/5 da população.
Conforme detalha reportagem da Folha nesta terça-feira 31, a instituição decidiu complementar a linha de pobreza tradicional – que traça o corte em consumo diário inferior a US$ 1,90 – com outras duas delimitações mais ajustadas às realidades de cada país.
"Uma nova linha passa a ser demarcada em US$ 3,20, representando a mediana das linhas para países de renda média baixa. A outra linha é de US$ 5,50 por dia, que corresponde à mediana das linhas de pobreza dos países de renda média alta, entre os quais se inclui o Brasil.
No caso de países como o Brasil, o volume de pessoas que vivem abaixo da linha de US$ 1,90 é pequeno, ou seja, esse corte não captura a real pobreza do país", diz a matéria.
"Muito pouca gente vive com US$ 1,90 por dia no Brasil, graças a Deus. Mas quem vive com US$ 2,00 ainda é pobre para os padrões brasileiros e para os padrões dos países de renda média alta", explica Francisco Ferreira, economista do Banco Mundial.
Na comparação com outros países, o Brasil, com os 22,1%, aparece melhor posicionado que países como Bolívia (22,7%), México (38,8%) e Togo (90,1%). Por outro lado, o país fica pior colocado que Paraguai (19,1%), Chile (10,1%) e Uruguai (6,2%).
Com informações do Brasil247.com
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