8 de novembro de 2018

Reforma da previdência dos servidores públicos do Ceará é aprovada na AL


Por 30 votos a três foi aprovada nesta quinta-feira (8) a restauração previdenciária dos servidores públicos estaduais do Ceará. A proposta ficou engavetada por oito meses por conta das eleições e por uma possível repercussão negativa.
O projeto entrou em votação após a análise da Comissão de Constituição e Justiça, que aprovou 17 das 30 emendas sugeridas.
De acordo com o deputado estadual Elmano de Freitas (PT) não há perdas para o servidor. “Nós estamos garantindo todos os direitos dos servidores públicos estaduais atuais”. Ainda comenta que estão fazendo mudanças para garantir recursos. “O Estado garantir investimento em educação, saúde e segurança no médio prazo”.
No Ceará, o rombo da Previdência é estimado, para esse ano, em R$ 1,7 bilhão. O deputado estadual Audic Mota (PSB) comenta que é necessário enxugar também a máquina pública para corrigir o buraco no orçamento. “É uma das necessidades do enxugamento da máquina e da garantia, sobretudo, do efetivo recebimento desses benefícios no futuro”. 
A reestruturação prevê que o servidor estadual tenha uma previdência complementar, o teto da aposentadoria é de R$ 5.531,31. De acordo com o deputado estadual Heitor Ferrer (Solidariedade) a escolha é do servidor se receberá o benefício acima do teto. “Um juiz que entra hoje no serviço público brasileiro só pode se aposentar com o teto da previdência”. Ainda comenta que, para ter o salário de aposentado correspondente ao que ganha, é necessário contribuir do seu bolso. “Para a previdência complementar seu salário da atividade hoje”.
Ainda é prevista a criação de duas fundações para gerenciar os benefícios dos servidores. A Cearáprev, para quem ganha até o teto do regime geral, e a CE-Prevcom, para gerir fundo complementar. A deputada do PSDB Fernanda Pessoa comenta que “a questão que preocupa é como fica realmente essa previdência, as pessoas que vão entrar pra novos servidores”.
servidor pode receber aposentadoria acima do valor do teto, mas deve contribuir com um percentual além dos 11% já previstos. É necessário que o servidor defina um percentual extra para contribuição, no limite de 8,5%. Nesse caso, o governo vai contribuir com o mesmo percentual. Essas mudanças atingem os servidores que entrarem no funcionalismo estadual a partir de agora.
Com informações da Tribuna do Ceará

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