Quiterianópolis. O uso de novas tecnologias na produção agrícola trouxe resultados positivos para agricultores familiares deste município. Cerca de 32 famílias aprenderam a conviver com o clima semiárido e, por meio de quintais produtivos e mandalas, produzem o ano inteiro, mesmo em períodos críticos de estiagem, como se registra nos últimos três anos. Elas vivem próximo ao rio Poty e sobrevivem de sua própria produção, comercializando os produtos na comunidade em que vivem, nas feiras municipais e para as escolas, através dos programas do Governo Federal.
Desde 2007 as famílias produzem com a orientação da Cáritas Diocesana, que iniciou o processo com formação, viabilização de recursos e orientação técnica.
Os quintais das famílias se destacam na paisagem seca da região, uma das mais áridas do Estado e uma das primeiras a sofrer com a falta de água. O verde dos plantios de coentro, cebolinha, cheiro verde, beterraba, cenoura e árvores frutíferas, como mamão, banana e coco, além de mudas de plantas nativas dá vida ao branco do bioma predominante, a caatinga, enchendo os olhos de quem aprecia e refrescando a área, com um ar permanente de chuva.
A falta de água é o principal problema na região. Ainda em 2011, a população da sede do município já corria risco de ficar sem abastecimento de água, fato que se tornou realidade no início do ano passado, quando o Açude Colina chegou ao fim de suas reservas hídricas. E na zona rural o sofrimento da escassez de água é antigo, realidade comum no sertão cearense. Cacimbões e poços profundos é o socorro para quem convive com o clima seco e de poucas chuvas. "Mesmo assim, as famílias produzem, mostrando que é possível conviver e produzir no clima semiárido", ressalta o vice-presidente da Cáritas Diocesana, Antônio Gonçalves, conhecido como Carlinhos. Ele também é um dos agricultores familiares, que ao longo desses 7 anos desafia o clima e aprende a conviver com ele. Carlinhos conta que as 32 famílias, que fazem parte da Associação dos Agricultores Familiares de Quintais Produtivos de Quiterianópolis, foram acompanhadas pela entidade desde 2007, ao ser fundada.
"As famílias já trabalhavam na terra de maneira tradicional, sem o uso de tecnologias de convivência com o semiárido. Produziam e viviam da terra, mas quando estava em época de seca era aquele velho problema, muitos iam embora, outros ficavam sofrendo sem ter como sobreviver. E então, com a ajuda e acompanhamento da Cáritas Diocesana e os esforços próprios aprenderam as novas técnicas e a maioria vive bem no campo, produzindo o ano inteiro".
Acompanhamento
José Loiola, técnico que faz o atendimento das famílias no município, ressalta que "atualmente fazemos apenas o acompanhamento solidário e damos algumas pequenas orientações. Eles são referência, já sabem conduzir a produção e até a comercialização sozinhos", pontua.
Conforme ele, que acompanha a implantação, formação e todo o processo de produção de quintais produtivos em outros municípios da região assistidos pela instituição, o município de "Quiterianópolis é destaque nesse tipo de tecnologia, aqui há várias experiências positivas com as famílias, é tradição apesar da dificuldade de água.
A meta atual da Associação é o funcionamento da recém inaugurada Casa de Sementes. Construída através de projeto realizado com o apoio da Cáritas, a Casa servirá de local para armazenamento de sementes e beneficiamento de frutas, mel e outros produtos produzidos pela agricultura familiar.
SILVÂNIA CLAUDINOREPÓRTER
Desde 2007 as famílias produzem com a orientação da Cáritas Diocesana, que iniciou o processo com formação, viabilização de recursos e orientação técnica.
Os quintais das famílias se destacam na paisagem seca da região, uma das mais áridas do Estado e uma das primeiras a sofrer com a falta de água. O verde dos plantios de coentro, cebolinha, cheiro verde, beterraba, cenoura e árvores frutíferas, como mamão, banana e coco, além de mudas de plantas nativas dá vida ao branco do bioma predominante, a caatinga, enchendo os olhos de quem aprecia e refrescando a área, com um ar permanente de chuva.
A falta de água é o principal problema na região. Ainda em 2011, a população da sede do município já corria risco de ficar sem abastecimento de água, fato que se tornou realidade no início do ano passado, quando o Açude Colina chegou ao fim de suas reservas hídricas. E na zona rural o sofrimento da escassez de água é antigo, realidade comum no sertão cearense. Cacimbões e poços profundos é o socorro para quem convive com o clima seco e de poucas chuvas. "Mesmo assim, as famílias produzem, mostrando que é possível conviver e produzir no clima semiárido", ressalta o vice-presidente da Cáritas Diocesana, Antônio Gonçalves, conhecido como Carlinhos. Ele também é um dos agricultores familiares, que ao longo desses 7 anos desafia o clima e aprende a conviver com ele. Carlinhos conta que as 32 famílias, que fazem parte da Associação dos Agricultores Familiares de Quintais Produtivos de Quiterianópolis, foram acompanhadas pela entidade desde 2007, ao ser fundada.
"As famílias já trabalhavam na terra de maneira tradicional, sem o uso de tecnologias de convivência com o semiárido. Produziam e viviam da terra, mas quando estava em época de seca era aquele velho problema, muitos iam embora, outros ficavam sofrendo sem ter como sobreviver. E então, com a ajuda e acompanhamento da Cáritas Diocesana e os esforços próprios aprenderam as novas técnicas e a maioria vive bem no campo, produzindo o ano inteiro".
Acompanhamento
José Loiola, técnico que faz o atendimento das famílias no município, ressalta que "atualmente fazemos apenas o acompanhamento solidário e damos algumas pequenas orientações. Eles são referência, já sabem conduzir a produção e até a comercialização sozinhos", pontua.
Conforme ele, que acompanha a implantação, formação e todo o processo de produção de quintais produtivos em outros municípios da região assistidos pela instituição, o município de "Quiterianópolis é destaque nesse tipo de tecnologia, aqui há várias experiências positivas com as famílias, é tradição apesar da dificuldade de água.
A meta atual da Associação é o funcionamento da recém inaugurada Casa de Sementes. Construída através de projeto realizado com o apoio da Cáritas, a Casa servirá de local para armazenamento de sementes e beneficiamento de frutas, mel e outros produtos produzidos pela agricultura familiar.
SILVÂNIA CLAUDINOREPÓRTER
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