OH CHAI HIN/AFP
A companhia de aviação civil Malaysia Airlines anunciou ontem que o Boeing 777-200, desaparecido no dia 8 deste mês no Extremo Oriente (7 no Brasil), caiu no Oceano Índico e transmitiu pêsames às famílias dos passageiros e tripulantes.
As circunstâncias do sumiço da aeronave ainda faltam ser esclarecidas. “Com profunda tristeza e dor, devo lhes informar que, segundo esses novos dados, o voo MH370 terminou no Sul do Oceano Índico” - declarou o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, na capital Kuala Lumpur.
Em um torpedo por telefone celular (SMS), a companhia comunicou aos familiares que nenhuma das 239 pessoas a bordo sobreviveu. Razak declarou que uma nova análise de dados coletados por satélites na órbita da Terra situava a última posição do avião mar adentro, em frente à costa ocidental da Austrália, longe de qualquer pista de aterrissagem.
Para os parentes das vítimas, “as últimas semanas foram dolorosas”, reconheceu o primeiro-ministro. “Sei que essas notícias serão ainda mais duras”, acrescentou. Em uma mensagem na sua página na Internet, a companhia expressou seus ”mais profundos pêsames aos familiares e amigos” dos passageiros do avião.
A companhia declarou que a busca continuará: “Procuramos respostas para perguntas que continuam pendentes”, frisou a Malaysia Airlines.
O voo MH370, que cumpria o trajeto Kuala Lumpur-Pequim, sumiu pouco depois de decolar no sábado asiático, dia 8, à 0h41min (13h41min de sexta-feira, 7, em Brasília), com 239 pessoas a bordo, chineses em sua maioria, mas também com vários estrangeiros.
Na metade do caminho entre a Malásia e o Vietnã, o avião foi desviado para a direção oeste, sentido oposto ao de sua rota original, e os sistemas de comunicação foram desativados “deliberadamente”, segundo as autoridades malásias. O aparelho voou durante várias horas até ficar sem combustível. Depois de analisar todos esses elementos, dois corredores de busca foram estabelecidos: um, no Norte, na direção da Ásia Central; e outro que se estende da Indonésia até o Sul do Índico.
A maioria dos especialistas apostava nesse último corredor, considerando que o avião não poderia ter sobrevoado a China, ou as repúblicas centro-asiáticas sem ter sido detectado. As imagens de satélites australianos, chineses e franceses registraram objetos flutuando entre a ponta Sudoeste da Austrália e a Antártida.
No domingo, as autoridades australianas haviam afirmado que um dos aviões envolvidos nas buscas do Boeing havia localizado um fragmento de madeira, correias e outros destroços no Índico. Ontem, outro avião australiano avistado dois objetos flutuando no. Um navio seguiu para recuperá-los.
O Povo
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