7 de março de 2014

Estado do Ceará é um dos focos de tensão entre PMDB e PT

Principal porta-voz dos governistas insatisfeitos com o Planalto, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que os problemas nas alianças estaduais com o PT não estão restritos ao Rio de Janeiro. “Ledo engano, acharem que essa discussão da aliança está restrita aos problemas do Rio. A coisa é muito mais complexa”, afirmou o líder, pelo Twitter.
Os principais focos de tensão estão nas montagens das candidaturas estaduais, especialmente no Rio e Ceará, mas há reclamações na Bahia, Maranhão, Paraná e outros redutos eleitorais.
Os insatisfeitos somam mais de 50% dos 742 votos da convenção do PMDB, que pode ser antecipada para o fim do mês para pressionar o governo. O Rio de Janeiro reúne 74 votos; Maranhão e Amapá de Sarney, 50 votos; Ceará de Eunício, 51 votos; Bahia de Geddel, 28 votos; Paraná de Requião, 52 votos.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que o PMDB é um partido com relação “tensa” com o governo e com posições “diferentes”, “divergentes” e “conflitantes”. Mas diz apostar na continuidade da aliança.
A confiança de Carvalho se deve principalmente ao vice, Michel Temer (PMDB). “O PMDB não é um aliado, ele é um copartícipe do governo, ele tem o vice-presidente Michel Temer, que, aliás, tem desempenhado um papel muito importante pra nós.”
A crise começou após o jornal “O Dia” informar que o presidente do PT Nacional, Rui Falcão, atribuiu a ameaça de peemedebistas em apoiar o senador Aécio Neves (PSDB) aos pedidos de cargo pelos peemedebista.
Em resposta, Cunha defendeu que o PMDB antecipe sua convenção e não apoie a reeleição da presidente. Segundo o líder do PMDB na Câmara, a sigla “não é respeitada pelo PT”.
A insatisfação foi um dos temas discutidos ontem entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo interlocutores de Lula, o ex-presidente avalia que Dilma não está sendo hábil na relação.
“Pilantra”
Cunha rebateu o presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, que o criticou, afirmando que ele faz parte “banda podre” do PMDB. O líder do PMDB na Câmara afirmou que o petista é um “pilantra”.
O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), reforçou a troca de ataques. O petista cobrou lealdade dos aliados afirmando que “nenhum partido da base do governo pode ter duas caras”. 
agências de notícias

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