Era desejo de Gonzagão passar em frente ao Nicho de Padre Cícero antes de ser levado para o sepultamento em Exu-PE (Foto: Agência Miséria)
O sol já se apresentava no ocaso quando um caminhão do Corpo de Bombeiros com a urna mortuária do cantor Luiz Gonzaga do Nascimento, o famoso “Rei do Baião”, ganhava as ruas do centro de Juazeiro do Norte na direção da Capela do Socorro. Segundo revelou o Padre Murilo de Sá Barreto há exatos 25 anos, era desejo do artista pernambucano passar em frente ao Nicho de Padre Cícero antes de ser levado para o sepultamento no município de Exu (PE), sua terra natal.
O caixão chegou em uma aeronave no início da tarde no Aeroporto Regional do Cariri procedente de Recife, onde Gonzagão faleceu, mas o seu filho queria evitar o trajeto pelo centro de Juazeiro. Após ponderações do sacerdote, o cantor Gonzaguinha terminou concordando e o cortejo foi emocionante com milhares de juazeirenses ao longo das ruas a aplaudir. No Socorro, outro grande número de fãs de Gonzagão aguardava para as últimas homenagens.
Ele morreu no dia 2 de agosto de 1989 e sua relação com o Cariri cearense era muito forte tanto que a missa de sétimo dia em sufrágio de sua alma na Igreja Matriz de Exu terminou celebrada pelo Padre Murilo que o tinha como ídolo. Uma das passagens do artista em Juazeiro que muito chamou a atenção foi no dia 23 de maio de 1986 quando o então Presidente da República, José Sarney, veio lançar o Proine (Programa de Irrigação do Nordeste).
Na Praça Padre Cícero, verdadeira multidão o aguardava por conta dos altos índices de popularidade do presidente em virtude da política econômica. Próximo ao palanque, Luiz Gonzaga relutava com o cerimonial, a fim de cantar uma música para Sarney. Os assessores resistiam, porém um interlocutor fez o apelo chegar ao presidente e, de imediato, este autorizou. Além disso, mandou que o artista subisse ao palanque ao invés de cantar embaixo na área destinada à Imprensa.
Na chegada da comitiva, Luiz Gonzaga desembainhou a sanfona e fez ecoar na praça a música Vozes da Seca dele e do compositor Zé Dantas. Os aplausos do público foram imediatos quando o “Rei do Baião” bradou: “Seu doutô os nordestino têm muita gratidão/Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão/Mas doutô uma esmola a um homem qui é são/Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão...”. O presidente Sarney ouviu os versos com atenção e até aplaudiu Gonzagão apesar do tom crítico da letra.
O Site Miséria lembra ainda nesses 25 anos de morte de Luiz Gonzaga que o mesmo gostava de passear pelo Cariri, a partir da feira livre do Crato e no centro comercial de Juazeiro. Cantou ainda as coisas da região como as romarias e a devoção em torno do Padre Cícero, além de homenagear a beata Mocinha em uma de suas músicas. O Rei do Baião não esqueceu a Festa de Santo Antonio de Barbalha e nem a Exposição do Crato. Por toda essa sua relação próxima com o Cariri são muitas as homenagens nos dias dos seus aniversários de nascimento ou morte como agora.
O caixão chegou em uma aeronave no início da tarde no Aeroporto Regional do Cariri procedente de Recife, onde Gonzagão faleceu, mas o seu filho queria evitar o trajeto pelo centro de Juazeiro. Após ponderações do sacerdote, o cantor Gonzaguinha terminou concordando e o cortejo foi emocionante com milhares de juazeirenses ao longo das ruas a aplaudir. No Socorro, outro grande número de fãs de Gonzagão aguardava para as últimas homenagens.
Ele morreu no dia 2 de agosto de 1989 e sua relação com o Cariri cearense era muito forte tanto que a missa de sétimo dia em sufrágio de sua alma na Igreja Matriz de Exu terminou celebrada pelo Padre Murilo que o tinha como ídolo. Uma das passagens do artista em Juazeiro que muito chamou a atenção foi no dia 23 de maio de 1986 quando o então Presidente da República, José Sarney, veio lançar o Proine (Programa de Irrigação do Nordeste).
Na Praça Padre Cícero, verdadeira multidão o aguardava por conta dos altos índices de popularidade do presidente em virtude da política econômica. Próximo ao palanque, Luiz Gonzaga relutava com o cerimonial, a fim de cantar uma música para Sarney. Os assessores resistiam, porém um interlocutor fez o apelo chegar ao presidente e, de imediato, este autorizou. Além disso, mandou que o artista subisse ao palanque ao invés de cantar embaixo na área destinada à Imprensa.
Na chegada da comitiva, Luiz Gonzaga desembainhou a sanfona e fez ecoar na praça a música Vozes da Seca dele e do compositor Zé Dantas. Os aplausos do público foram imediatos quando o “Rei do Baião” bradou: “Seu doutô os nordestino têm muita gratidão/Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão/Mas doutô uma esmola a um homem qui é são/Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão...”. O presidente Sarney ouviu os versos com atenção e até aplaudiu Gonzagão apesar do tom crítico da letra.
O Site Miséria lembra ainda nesses 25 anos de morte de Luiz Gonzaga que o mesmo gostava de passear pelo Cariri, a partir da feira livre do Crato e no centro comercial de Juazeiro. Cantou ainda as coisas da região como as romarias e a devoção em torno do Padre Cícero, além de homenagear a beata Mocinha em uma de suas músicas. O Rei do Baião não esqueceu a Festa de Santo Antonio de Barbalha e nem a Exposição do Crato. Por toda essa sua relação próxima com o Cariri são muitas as homenagens nos dias dos seus aniversários de nascimento ou morte como agora.
Por Demontier Tenório
Site Miséria
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