16 de abril de 2015

Confira 10 costumes tipicamente cearenses em dias de chuva

O período chuvoso no Ceará, que vai de janeiro a maio, traz à tona costumes e expressões tipicamente cearenses. Por estarem concentradas em um só período do ano, as chuvas são consideradas um presente divino, um acontecimento incomum que merece ser festejado por quem está acostumado ao sol quente o ano inteiro.
Do interior a Capital, alguns hábitos são repetidos há décadas e se perpetuam no imaginário coletivo. ARedação Web da Rádio Verdes Mares lista algumas marcas culturais do cearense no período chuvoso e lança a pergunta: quais desses você costuma fazer?
Arte: Mardônio Andrade
Arte: Mardônio Andrade
O encantamento do sertanejo com a chuva, que representa fartura na plantação, é expresso nesta frase, uma das mais emblemáticas da quadra chuvosa. Diferente de outras regiões em que tempo bom é associado a dias ensolarados, no Ceará, o céu nublado significa alegria e beleza para a população.
Arte: Mardônio Andrade
Arte: Mardônio Andrade
A mudança brusca de temperatura pode provocar gripes e resfriados, por isso, os mais velhos alertam sobre os cuidados com o “bafo quente”. “Tomar sereno”, aquelas primeira gotas de chuva que muitas vezes caem logo após um sol forte, pode ser perigoso, segundo eles.
Arte: Mardônio Andrade
Arte: Mardônio Andrade
Tomar café, comer baião ou qualquer outra comida quente antes de sair na chuva está terminantemente proibido no costume local. Este é mais um cuidado com a saúde associado ao período de chuvas no Ceará. O motivo é claro e tem até “respaldo” na ciência: o medo de pegar trombose, nome popular do Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Arte: Mardônio Andrade
Arte: Mardônio Andrade
O banho de chuva é uma das ações mais características e esperadas desta época. Em clima de festa, crianças e adultos disputam um lugar debaixo das quedas d’agua pelas ruas ou nos quintais. Algumas pessoas até aproveitam para lavar roupas, carros e outros objetos de casa. O costume popular no Ceará, entretanto gera estranheza em população de outros Estados em que a temperatura da água afasta os banhistas.
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A rede é o lugar dos sonhos de muitos cearenses logo que os primeiros pingos d’agua caem. Aqueles que preferem não se aventurar nas bicas de água fria e têm tempo livre recorrem aos balanços de uma rede e ao lençol quentinho.

Arte: Mardônio Andrade
Arte: Mardônio Andrade
O medo de falhas no sistema elétrico, herança de tempos em que os transmissores eram mais instáveis, faz com que até hoje as pessoas repitam o hábito de desligar aparelhos eletrônicos como televisão e geladeira para prevenir um curto circuito.
Arte: Mardônio Andrade
Arte: Mardônio Andrade
As chuvas acompanhadas por relâmpagos e trovões assustam a população e remetem ao costume de cobrir todos os espelhos da casa para, segundo a tradição, não atrair os raios.
Arte: Mardônio Andrade
Arte: Mardônio Andrade
Num Estado que vive em frequente escassez de água, o período chuvoso serve para armazenar o líquido para o restante do ano. Além de colocar baldes e bacias debaixo das bicas, os cearenses ainda coam a água com um pano específico, na tentativa de remover impurezas trazidas do telhado.
Arte: Mardônio Andrade
Arte: Mardônio Andrade
Sempre que os reservatórios atingem capacidade máxima, os municípios celebram com festa. Os açudes viram atração de toda a comunidade local quando começam a transbordar. Os sangradouros ficam cheios de banhistas e curiosos que fazem fotos e videos em comemoração.
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As temperaturas não caem muito no período chuvoso e, em geral, no Ceará os termômetros não passam dos 20°, mas qualquer vento mais frio é capaz de uma mudança brusca no guarda roupa do cearense. Nos dias de chuva, é comum ver nas ruas o vestuário que estava guardado no fundo dos armários. Casacos, blusas de mangas e meias mais grossas são peças procuradas nesses dias.

Rádio Verdes Mares

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