A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados hoje promete bater recorde de candidaturas. Até o final da tarde de ontem, 11 deputados já haviam formalizado o registro para disputar o mandato tampão até fevereiro de 2017, quando o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha, deixaria o cargo. Os interessados em disputar a vaga têm até o meio-dia de hoje para fazer se inscreverem.
A eleição está marcada para começar as 16 horas de hoje e deve entrar pela madrugada de quinta-feira. Até uma hora antes do pleito, os candidatos inscritos podem desistir de concorrer à vaga. A Câmara usará urna eletrônica na eleição de seu novo presidente. Conforme estabelece o regimento da Casa, o voto será secreto.
Um sorteio definirá a ordem dos candidatos na votação, e essa
sequência também valerá para a ordem dos discursos no plenário. Cada candidato
terá 10 minutos para pedir o voto dos colegas.Para ser eleito, o deputado
precisará da maioria absoluta: 257 votos. Caso ninguém consiga atingir esse
número, haverá segundo turno. Em caso de empate, tanto no primeiro quanto em um
eventual segundo turno, a disputa será decidida obedecendo aos seguintes critérios:
maior número de mandatos e parlamentar mais idoso.
Os candidatos com maior chance são Rodrigo
Maia (DEM-RJ) - não havia registrado a candidatura até o início da noite de
ontem, Rogério Rosso (PSD-DF) e o ex-ministro da Saúde Marcelo Castro (PMDB-PI).
O presidente interino, Michel Temer,
afirmou que a decisão da bancada peemedebista de lançar candidatura própria
para a sucessão da Câmara dos Deputados demonstra que o governo federal não tem
interferido na disputa parlamentar.
Em uma derrota do Palácio do Planalto, a
bancada do partido do presidente interino decidiu apoiar o nome de Marcelo
Castro (PMDB-PI), ex-ministro de Dilma Rousseff, para o comando da Casa
Legislativa.
O governo interino trabalhava para que a
sigla não lançasse candidatura própria, evitando pulverizar ainda mais a
disputa parlamentar na base aliada, mas não teve êxito.
A escolha do nome foi recebida com
irritação pelo presidente interino, que vê com desconfiança a proximidade de
Marcelo Castro com o PT, partido de oposição ao governo federal.
O receio de assessores e auxiliares
presidenciais é de que a candidatura tenha surgido de um jogo combinado do
peemedebista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente interino da Câmara dos
Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), disse ontem acreditar que o bom senso vai
prevalecer na eleição para a Presidência da Câmara, segundo informou a Agência
Câmara.
“O ideal nem sempre nós temos”, afirmou, ao
ser questionado por repórteres se não seria ideal, para o governo do presidente
interino da República, Michel Temer, que houvesse um número menor de
postulantes ao comando da Câmara. “O bom senso vai prevalecer. A Casa precisa
se reencontrar e contribuir cada vez mais para o país. É um bom momento para
avaliação, para compreender que o Brasil é maior do que a crise”, declarou.
Sobre o grande número de candidatos, Maranhão também comentou: “A democracia permite que todos se manifestem, que todos desejem (disputar o cargo). Esta Casa é plural”.
Confira os candidatos:
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