
O Presidente Michel Temer anunciou
nesta terça-feira (21) que a reforma da Previdência atingirá somente os
servidores federais. Segundo ele, a reforma das previdências estaduais ficará a
cargo dos governos dos estados.
Ele fez o
anúncio após reunião no Palácio do Planalto com o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), os líderes do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), na
Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e deputados, entre os quais Carlos Marun
(PMDB-MS) e Arthur Maia (PPS), presidente e relator, respectivamente, da
Comissão Especial da Reforma da Previdência.
"Surgiu
com grande força [na reunião] a ideia de que deveríamos obedecer a autonomia
dos estados", disse Temer, após reunião com líderes partidários no Palácio
do Planalto.
"Reforma
da Previdência é para os servidores federais", declarou. O projeto de
reforma da Previdência atualmente em tramitação na Câmara só exclui militares
das Forças Armadas, bombeiros e policiais militares.
De acordo com o
presidente, vários estados já começaram a reformular a Previdência estadual.
"Seria uma
invasão de competência, que não queremos levar adiante", afirmou.
"Sendo assim, funcionários estaduais dependerão da manifestação do seu
governo estadual ou governo municipal", complementou.
"Estou
passando ao relator [Arthur Maia] e ao presidente da comissão [Carlos Marun]
que logo no dia de amanhã [quarta, 22] todos transmitirão aos membros da
comissão que a partir de agora trabalharão com uma previdência voltada para os
servidores federais", afirmou Temer.
Ao encerrar a
fala, Temer deixou o Salão Leste do Palácio do Planalto, local do
pronunciamento, sem responder a perguntas. Jornalistas gritaram, indagando se o
anúncio era uma "derrota" da equipe econômica, mas o presidente ignorou
a pergunta.
Após o anúncio
o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que a decisão do presidente vai
"facilitar muito" a aprovação da reforma da Previdência. Ele pretende
concluir a votação da reforma ainda no primeiro semestre deste ano.
"Vai facilitar muito a aprovação porque vai retirar 70% da pressão que estava sendo
recebida", afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. "Vivemos em
um estado federado e cada ente tem a prerrogativa para fazer ou não a sua
reforma. Espírito Santo e Santa Catarina já fizeram", declarou.
Por Luciana Amaral,
Com informações do G1, Brasília
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