A
secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou, nesta sexta-feira
(12), que cinco pessoas morreram em decorrência da febre chikungunya
neste ano. As mortes foram registradas em Fortaleza (2 casos),
Caucaia, Beberibe e Pacajus. Além dos casos já confirmados, outros
40 óbitos estão sendo investigados para confirmar se têm relação
com a doença.
Ao
todo, segundo boletim epidemiológico da Sesa, foram notificados
41.723 casos de chikungunya no Ceará. O monitoramento é referente
ao período entre 1º de janeiro e 12 de maio.
Além
da febre chikungunya, a Sesa atualizou o número de casos confirmados
de dengue e zika, doenças que também são transmitidas pelo
mosquito aedes aegypti.
Conforme
o mesmo boletim, foram notificados 32.682 casos de dengue no Ceará,
dos quais 7.710 foram confirmados em 110 dos 184 municípios
cearenses. Três óbitos foram confirmados em decorrência da doença
em Fortaleza, Maracanaú e Tabuleiro do Norte. Outros 35 óbitos
suspeitos de dengue estão em investigação.
Os
casos de zika notificados foram 1.249, dos quais 125 foram
confirmados.
Ações de combate ao mosquito
A
Secretaria de Saúde enviou cartas de alerta aos mosquitos sob risco
de epidemia e cobrou a elaboração de um plano emergencial de
enfrentamento às arboviroses.
A
campanha 'Todos Contra o Mosquito', do Governo do Estado, recomenda
que a eliminação de criadouros do mosquito deve ser realizada pelo
menos uma vez por semana. O governo aponta que a maioria dos focos do
mosquito aedes é encontrado dentro das casas.
Chikungunya e os sintomas
Por
ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, a infecção pelo
chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue. Entre quatro
e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente
apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações.
Outros
sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas
avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da
dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Em
média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em
seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem
permanecer por meses e até anos.
De
acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais
raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas,
principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são
tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é
erroneamente diagnosticada como dengue.
Por Valdir Almeida
Com informações do G1 CE
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