19 de maio de 2017

Um quarto dos universitários da América Latina e Caribe é de jovens de média e baixa renda, revela Banco Mundial

Número foi estimado pelo Banco Mundial a partir de dados de 2013 e representa um avanço na ampliação do acesso ao ensino superior — em 2000, as pessoas mais pobres representavam apenas 16% dos estudantes de universidades da região. Apesar dos progressos, o organismo internacional alerta que apenas a metade dos universitários da América Latina e Caribe se forma, o que indica a necessidade de bons sistemas de financiamento para os estudantes de baixa renda.
Estudante na Universidade Católica do Peru. Foto: Banco Mundial/Dominic Chavez
Em relatório divulgado na quarta-feira (17), o Banco Mundial revela que um quarto dos universitários da América Latina e do Caribe é de jovens de baixa e média renda. Número foi estimado a partir de dados de 2013 e representa um avanço na ampliação do acesso ao ensino superior — em 2000, as pessoas mais pobres representavam apenas 16% dos estudantes de universidades da região.
O levantamento aponta ainda que o número de universitários latino-americanos e caribenhos quase dobrou ao longo da década passada, atingindo a marca atual estimada em 20 milhões de universitários. O percentual de jovens entre 18 e 24 anos de idade matriculados no ensino superior aumentou de 21% em 2000 para 40% em 2010.
O Banco Mundial considera os dados particularmente importantes porque, na América Latina, um profissional com curso superior pode ganhar mais que dobro de um que tenha apenas o ensino médio.

Acesso não significa permanência

A má notícia é que apenas a metade dos universitários da região se forma. Entre os que abandonam os estudos, metade faz isso no primeiro ano do curso. Sobre as causas dos altos índices de desistência, o relatório aponta o despreparo acadêmico, devido em parte à baixa qualidade da educação média, e a falta de bons sistemas de financiamento para os estudantes de baixa renda.
O estudo ressalta ainda que a América Latina e o Caribe hoje contam com mais instituições privadas de ensino superior. Atualmente, elas formam 50% do mercado, contra 43% em 2000. Contudo, apenas dez dessas escolas estão entre as 500 melhores instituições de ensino superior do mundo, um número superior apenas ao da África.
Para melhorar esse quadro, o documento propõe melhorar a regulamentação e a supervisão dessas escolas. Além disso, recomenda a produção e a divulgação de dados sobre o desempenho das instituições e dos cursos, para que os alunos possam fazer escolhas bem informadas.
O banco Mundial também enfatiza que não basta formar bons profissionais — é preciso conectá-los ao mercado de trabalho e criar ambientes de negócios preparados para aproveitar o potencial desses trabalhadores.
Com informações site das nacoesunidas.org

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