Gleydson foi morto por fazer críticas à gestão do ex-prefeito da cidade de Martinópole
Dois anos depois do assassinato do radialista Gleydson
Carvalho, na cidade de Camocim, no litoral Norte do estado (a 373Km de
Fortaleza), a Justiça decretou, ontem (8)
a prisão preventiva de dois suspeitos de envolvimento no crime de
pistolagem e renovou as prisões de outros dois acusados, que permanecem
foragidos. O assassinato do comunicador aconteceu no momento em que ele
comandava um programa de rádio e fazia críticas a políticos da região.
O juiz de Direito da Comarca de Camocim, Saulo Gonçalves
Santos, decretou a s prisões preventivas de Valdir Arruda Lopes e Francisco
Pereira da Silva. Também renovou a mesma medida para João Batista Pereira da
Silva, Israel Marques Carneiro e Tiago Lemos. Os dois primeiros Valdir e
Francisco são considerados foragidos da Justiça. Já os três últimos cumprem
custódia.
João Batista, conhecido como “Batista Dentista”, é tio do
ex-prefeito do Município de Martinópole, James Bell, e surgiu nas investigações
somo sendo o mandante do crime juntamente com Francisco José Pereira, o “Chico
Dentista”.
Ameaçado
De acordo com as investigações do caso, o radialista fazia
denúncias contra a administração de James Bell e por este motivo acabou sendo
assassinado por ordem dos tidos do prefeito.
Ainda de acordo com o processo, a vítima vinha sofrendo ameaças de
morte, mas mesmo assim, continuava realizando seu trabalho de denunciar as
irregularidades da gestão de James Bell. No dia 6 de agosto de 2015, a emissora
em que ele trabalhava foi invadida por dois pistoleiros, que o mataram com
tiros à queima-roupa e, em seguida, fugiram da cidade.
O radialista ainda chegou a ser socorrido para o hospital da
cidade, mas não resistiu. Dali imediatamente, a Polícia iniciou uma caçada aos criminosos
em toda a região.
O crime teve ampla repercussão na Imprensa na época e
comoveu a população de Camocim e de municípios vizinhos. Os pistoleiros
acabaram presos numa operação conjunta das Polícias Civil e Militar. Os irmãos
mandantes do crime – tios do prefeito – desapareceram.
Com a identificação dos mandantes e executores da
pistolagem, e sua motivação esclarecida, o juiz decretou a prisão dos
envolvidos e encerrou o caso. Agora, aguarda a prisão dos acusados para que
eles sejam levados a julgamento.
Por Fernando Ribeiro
Com informações do Ceará News 7
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