20 de janeiro de 2015

Ondas de rádio são detectadas por astrônomos a bilhões de anos-luz de distância


Tendo uma duração de poucos milésimos de um segundo, os astrônomos detectaram uma enorme explosão de ondas de rádios, mas não em nossa galáxia, algo muito além dela.  Os chamados 'estouros rápidos de rádio' são descritos na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society como pulsos fortes de energia que duram por apenas frações de segundos.

Eles são registrados desde de 2007, mas até então os cientistas não sabem de onde vem ou nem mesmo o que são. Várias especulações existem, alguns dizem que essas ondas de rádio viajaram mais de 3 bilhões de anos-luz até chegarem aqui, mas existe um porém, essa distância é muito grande, até mesmo para a astronomia. Outras hipóteses sugeriram que o sinal vinha da atmosfera terrestre, do centro da galáxia e, até mesmo, que era o barulho do telescópio que fazia essas detecções. Essa última hipótese parecia fazer sentido pois o telescópio de Parkes foi o único capaz de detectar esses sinais por muitos anos, iss até 2012, quando o Observatório Arecibo detectou sua primeira explosão de ondas de rádio.

E em maio do ano passado, a professora Emily Petroff, da Universidade Swinburne acabou detectando mais uma dessas explosões. De acordo com ela o sinal veio de 5,5 bilhões de anos-luz de distância e ainda por cima era polarizado, foi-se sugerido que um campo magnético próximo ao local de origem desses sinas haviam alinhado as sondas em certas direções.

É descartado a possibilidade de uma supernova ou raios gama. Novas hipóteses apontam para colisões entre buracos negros ou estrelas de nêutrons, buracos negros evaporando ou erupções emitidas por estrelas de nêutrons magnéticas, chamadas de magnetares.

Ninguém sabe ao certo o que seja, mas sendo o que for a fonte dessas explosões podem mandar ondas de rádio por longas distâncias no cosmos.

Revista Galileu

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