O presidente interino Michel Temer e a cúpula do seu partido, o PMDB, preferem a eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para o mandato-tampão de seis meses para a presidência da Câmara, em substituição a Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Nos últimos dias o parlamentar reuniu-se várias vezes com o ministro chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Geddel Vieira Lima, e com o próprio Temer para tratar do acordo. A bancada do PMDB não lançou nomes ao mandato tampão.
Para aceitar o acordo, maia quer que o Planalto e o PMDB costurem o apoio formal do PSDB ao seu nome, o que está sendo negociado por Geddel desde o início da semana. Por enquanto, Rodrigo Maia conseguiu apoios isolados de deputados tucanos. O parlamentar fluminense considera muito difícil ele sozinho, sem a garantia institucional de apoio do PSDB, fazer a campanha com mais de 10 concorrentes de outros partidos.
Uma dificuldade enfrentada por Rodrigo Mais é a concorrência interna na bancada. O seu colega José Carlos Aleluia (BA) também quer disputar o mandato tampão. A disputa divide a bancada do DEM. O deputado Beto Mansur (PRB-SP) também tenta o apoio do Planalto à sua candidatura. Ele é o primeiro secretário da Câmara e foi eleito com o apoio de Cunha em fevereiro do ano passado. Agora, tenta se distanciar do antigo aliado.
A bancada do PMDB chegou a discutir lançar o nome do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Osmar Serraglio (PR). Mas a proximidade do paranaense com Cunha dificultou a oficialização do nome. O PMDB já tem a presidência do Senado e temer, presidente de honra do partido, é o chefe interino do Executivo. Esta situação reforça o argumento do deputado Manato (SDD-ES), que é o corregedor da Casa e também disputa a presidência interina.
Congresso em Foco
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