19 de novembro de 2013

Governo baiano distribuirá 40 mil caprinos e ovinos para restauração dos rebanhos

"É possível conviver com a seca, e o governo da Bahia está empenhando em criar as condições para dar sustentabilidade aos agropecuaristas do semiárido", afirmou o secretário da Agricultura da Bahia, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, ao debater a questão com centenas de agricultores familiares de Planaltino, Maracás e Lajedo do Tabocal, localizados no Território de Identidade Vale do Jequiriça.

Esses municípios estão entre os que tiveram maiores perdas de rebanhos bovinos por causa da seca. Em Maracás, a redução foi de 50.455 cabeças para 33 mil animais; em Lajedo, de 8,5 mil para 5.450, e em Planaltino registrou-se a maior perda percentual em todo o Estado: de 23.435 cabeças do rebanho do município restam 12.514, ou seja, mais de 50% de mortes provocadas pela pior seca de todos os tempos.

O secretário explicou que as perdas não foram maiores porque o governo do Estado, em parceria com o governo federal e as prefeituras, conseguiu ampliar o número de polos de distribuição de milho subsidiado da Conab de cinco para 27, fazendo com que o produto chegasse mais rápido ao pequeno produtor, ao preço de R$ 18,12, enquanto o preço de mercado passa de R$ 50,00.

"Estamos trabalhando para viabilizar a convivência com o semiárido, visando evitar que o sofrimento de agora se repita no futuro", disse Salles, lembrando que as ações estão apoiadas em dois pilares básicos: água para dessedentação animal e reserva alimentar.

No tocante à água, o secretário anunciou que através da CAR/Sedir já foi aberto processo licitatório para compra de 98 retroescavadeiras que serão doadas a 98 municípios localizados na área de atuação da Codevasf, para a construção de milhares de barragens subterrâneas, com recursos não reembolsáveis do Ministério da Integração e do BNDES.

Visando a reserva alimentar, o Estado, através da Seagri/EBDA já comprou 17 milhões de mudas de palma, que estão sendo multiplicadas e distribuídas com os pequenos criadores. Além disso, "estamos construindo a maior biofábrica de palmado mundo, em Juazeiro, para produzir inicialmente um milhão de mudas", disse ele, acrescentando que "nosso objetivo é fazer com que cada produtor tenha pelo menos uma tarefa plantada com palma, para garantir a alimentação dos rebanhos no período de seca".

Doação de caprinos e ovinos
Em Planaltino, o secretário participou do II Seminário de Agricultores e confirmou que 40 mil caprinos e ovinos (30 mil de corte e 10 mil de leite), serão distribuídos pelo governo, assim que a seca amenizar e os pastos forem recuperados, para restauração dos rebanhos. Famílias serão selecionadas para receber, cada uma, cinco fêmeas, sendo destacado um reprodutor para cada grupo de seis famílias. Depois de um ano e meio, cada família fará também a doação de cinco fêmeas a outras famílias inscritas no projeto.

Visando diversificar as cadeias produtivas, o secretário discutiu com o prefeito Carlinhos Meireles e os produtores de Planaltino a possibilidade de implantar na região um projeto de abacaxi, aproveitando o potencial da região, bem como estruturar a cadeia do maracujá, que envolve grande número de agricultores familiares.
Equipe Capril Virtual com informações Seagri/BA (18/11/2013)

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