Funceme recebe diariamente dados de postos instalados em todos os 184 municípios cearenses
Diariamente, eles têm de observar o nível de chuva nos municípios. Não importa se é sábado, domingo ou feriado. Às 7h da manhã, os voluntários da Fundação Cearense de Meteorologia e Estatística (Funceme) devem informar ao órgão a marcação do pluviômetro instalado nas suas casas. E, como o próprio nome diz, não ganham nada por isso.
O observador Luiz Gualberto, morador do distrito de Mangabeiras (distante 417 km de Fortaleza), é um dos 500 voluntários da Funceme. Gualberto tem de se dividir entre o trabalho no cartório do distrito e a leitura do pluviômetro. A iniciativa de se tornar observador do órgão iniciou quando um vizinho que fazia a medição diariamente faleceu. “Então eu me dispus a colaborar. Disse para a Funceme que não tinha problema. Se quisessem colocar na minha casa, eu passaria as informações”.
E todos os dias, bem cedo, ele faz o prometido. Já se passaram dois anos. “Quando chove, eu vou ao pluviômetro e imediatamente comunico o nível de chuva”, conta. Segundo Gualberto, o aparelho é fácil de manusear. Nos dias em que não pode informar à Funceme, o trabalho fica para a esposa. “Quando não dá, ela faz a medição. Eu não desisto disso porque não me custa nada, o trabalho que faço é espontâneo”.
A observação, além de dar prazer ao morador de Mangabeiras, gera uma espécie de esperança por dias em que a marcação indicar alto nível de chuva no distrito. “Todo dia eu olho, mas infelizmente o nível está muito baixo, em torno de 7 mm. Mesmo assim, vou continuar observando, faço isso sem problema nenhum, com a maior boa vontade”, revela.
O agricultor Fernando Machado, do distrito de Iborepi – localizado entre Lavras da Mangabeira e Aurora -, é voluntário há seis anos. Ele é o único observador do distrito. Segundo disse, anualmente a Funceme vai até a sua casa para verificar o funcionamento do pluviômetro. “Eles veem, corrigem e, uma vez, até já tiraram foto e filmaram”, diz animado.
Apesar de, durante todos esses anos, não ter sentido vontade de desistir, Machado afirma que ser voluntário “é difícil, porque faz o trabalho sem ganhar nada”. “Quem sabe me aposentem e eu ganhe R$ 5 mil. Imagina aí”, brinca.
De acordo com o gerente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) em Lavras da Mangabeira, Kleber de Sousa, alguns voluntários são escolhidos pela própria Funceme, já que precisam ter compromisso com o “trabalho” diário. “Há comerciantes, agentes de saúde, funcionários de cartórios e muitos outros”, cita. Na sede da Ematerce na localidade a observação é feita pela Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais.
Pluviômetros
Para ser voluntário, é preciso ligar para o telefone 0800.275.0606 e demonstrar disponibilidade. A Funceme vai ao local e vê se a residência tem condições de receber os pluviômetros. “Eles têm de ficar em uma área isolada, sem ser embaixo de telha nem de árvore, para poder registrar a água da chuva”, explica a meteorologista Cláudia Rickes.
A medição de água no estado é feita por meio de pluviômetros convencionais, automáticos e plataformas de coletas de dados. Atualmente, há cerca de 500 pluviômetros convencionais e 80 automáticos. Segundo Rickes, todos os municípios do Ceará têm, pelo menos, um pluviômetro instalado, seja em instituições públicas, como a Ematerce, ou em residências particulares.
“A função do observador é fazer a leitura diariamente e comunicar à Funceme o nível da chuva ou se não ocorreu precipitação. De dezembro de um ano a julho do ano seguinte, mantemos também telefonistas de plantão nos finais de semana e feriados”, diz. Após a informação passada para a Funceme, o dado é disponibilizado na página da Fundação com atualização a cada 15 minutos.
Tribuna do Ceará
Diariamente, eles têm de observar o nível de chuva nos municípios. Não importa se é sábado, domingo ou feriado. Às 7h da manhã, os voluntários da Fundação Cearense de Meteorologia e Estatística (Funceme) devem informar ao órgão a marcação do pluviômetro instalado nas suas casas. E, como o próprio nome diz, não ganham nada por isso.
O observador Luiz Gualberto, morador do distrito de Mangabeiras (distante 417 km de Fortaleza), é um dos 500 voluntários da Funceme. Gualberto tem de se dividir entre o trabalho no cartório do distrito e a leitura do pluviômetro. A iniciativa de se tornar observador do órgão iniciou quando um vizinho que fazia a medição diariamente faleceu. “Então eu me dispus a colaborar. Disse para a Funceme que não tinha problema. Se quisessem colocar na minha casa, eu passaria as informações”.
E todos os dias, bem cedo, ele faz o prometido. Já se passaram dois anos. “Quando chove, eu vou ao pluviômetro e imediatamente comunico o nível de chuva”, conta. Segundo Gualberto, o aparelho é fácil de manusear. Nos dias em que não pode informar à Funceme, o trabalho fica para a esposa. “Quando não dá, ela faz a medição. Eu não desisto disso porque não me custa nada, o trabalho que faço é espontâneo”.
A observação, além de dar prazer ao morador de Mangabeiras, gera uma espécie de esperança por dias em que a marcação indicar alto nível de chuva no distrito. “Todo dia eu olho, mas infelizmente o nível está muito baixo, em torno de 7 mm. Mesmo assim, vou continuar observando, faço isso sem problema nenhum, com a maior boa vontade”, revela.
O agricultor Fernando Machado, do distrito de Iborepi – localizado entre Lavras da Mangabeira e Aurora -, é voluntário há seis anos. Ele é o único observador do distrito. Segundo disse, anualmente a Funceme vai até a sua casa para verificar o funcionamento do pluviômetro. “Eles veem, corrigem e, uma vez, até já tiraram foto e filmaram”, diz animado.
Apesar de, durante todos esses anos, não ter sentido vontade de desistir, Machado afirma que ser voluntário “é difícil, porque faz o trabalho sem ganhar nada”. “Quem sabe me aposentem e eu ganhe R$ 5 mil. Imagina aí”, brinca.
De acordo com o gerente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) em Lavras da Mangabeira, Kleber de Sousa, alguns voluntários são escolhidos pela própria Funceme, já que precisam ter compromisso com o “trabalho” diário. “Há comerciantes, agentes de saúde, funcionários de cartórios e muitos outros”, cita. Na sede da Ematerce na localidade a observação é feita pela Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais.
Pluviômetros
Para ser voluntário, é preciso ligar para o telefone 0800.275.0606 e demonstrar disponibilidade. A Funceme vai ao local e vê se a residência tem condições de receber os pluviômetros. “Eles têm de ficar em uma área isolada, sem ser embaixo de telha nem de árvore, para poder registrar a água da chuva”, explica a meteorologista Cláudia Rickes.
A medição de água no estado é feita por meio de pluviômetros convencionais, automáticos e plataformas de coletas de dados. Atualmente, há cerca de 500 pluviômetros convencionais e 80 automáticos. Segundo Rickes, todos os municípios do Ceará têm, pelo menos, um pluviômetro instalado, seja em instituições públicas, como a Ematerce, ou em residências particulares.
“A função do observador é fazer a leitura diariamente e comunicar à Funceme o nível da chuva ou se não ocorreu precipitação. De dezembro de um ano a julho do ano seguinte, mantemos também telefonistas de plantão nos finais de semana e feriados”, diz. Após a informação passada para a Funceme, o dado é disponibilizado na página da Fundação com atualização a cada 15 minutos.
Tribuna do Ceará
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