Em sua segunda edição, a Copa Verde terá início neste domingo buscando se consolidar como uma competição importante no calendário brasileiro. Ano passado, tanto a qualidade do futebol apresentado como a presença de público nos estádios ficaram aquém do esperado. O torneio, que garante ao campeão o direito de disputar a Copa Sul-Americana de 2016, terá a participação de 16 clubes das regiões Norte e Centro-Oeste - Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins - além do Espírito Santo. Organizado pela CBF, o campeonato, além de proporcionar uma maior visibilidade, tem como um dos seus principais objetivos movimentar o calendário das equipes dos menores centros do futebol brasileiro, que muitas vezes só têm o Estadual previsto para a temporada.
Em 2014, a taça ficou com o Brasília, que quase teve o título cancelado por ter supostamente atuado com quatro jogadores irregulares na final contra o Paysandu. A questão foi parar na Justiça e só foi decidida após o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ratificar a conquista do time candango por três votos a dois. Nos 30 jogos disputados ao longo do torneio compareceram aos estádios 163.740 pessoas, o que dá uma média de 5.458 torcedores por partida. Na final, o confronto de ida, disputado no Mangueirão, registrou um público de 20.142 torcedores, enquanto na partida de volta, no Mané Garrincha, compareceram ao estádio 51.701 espectadores, recorde da competição. Se levarmos em consideração a presença nos 28 duelos antes da decisão, estiveram nos estádios 91.897 torcedores, diminuindo a média de público para 3.282. Foram marcados 82 gols, uma média de 2,73. O artilheiro, com seis gols foi Lima, do Paysandu, que também teve o melhor ataque, com 23 gols, além de ter aplicado a maior goleada: 7 a 2 sobre o Náutico-RR.
Enquanto algumas equipes já iniciaram os Estaduais, clubes como Rio Branco-AC e Vilhena têm na competição regional o primeiro desafio de 2015. Reflexo das diferenças existentes num país de dimensões continentais como o Brasil, a Copa Verde tem times tradicionais como Remo, Nacional-AM e Paysandu, e outros menos conhecidos como Independente-PA, Santos-AP e Tocantinópolis. Com investimentos modestos, a média da folha salarial dos participantes é de R$ 132 mil. O maior gasto com elenco é do Paysandu, cerca de R$ 400 mil por mês. Por sua vez, a folha salarial do São Raimundo-RR gira em torno de R$ 25 mil. O clube não tem receita e sobrevive de verbas da CBF para competições como a Copa Verde e a Copa do Brasil, além de incentivos da própria Federação Roraimense.
Tanto na primeira fase como nas quartas de final, na semifinal e na final os confrontos serão eliminatórios, no sistema mata-mata, com jogos de ida e volta. Os duelos da primeira fase são os seguintes: Santos-AP x Paysandu; Vilhena x Nacional-AM; Remo x Rio Branco-AC; São Raimundo-RR x Princesa do Solimões; Estrela do Norte x Luziânia; Cene-MS x Cuiabá; Independente-PA x Brasília; e Tocantinópolis x Luverdense. A grande decisão está marcada para os dias 29 de abril e 6 de maio.
Na edição deste ano, o gol marcado fora de casa continuará sendo critério de desempate, assim como na Copa do Brasil. Caso haja dois resultados iguais, a definição da vaga será nos pênaltis. Independentemente do placar do primeiro jogo, a partida de volta será realizada. Dos estádios que foram palco da última Copa do Mundo, três poderão ser utilizados no decorrer da Copa Verde: Arena da Amazônia, Arena Pantanal e Mané Garrincha. Apesar de não terem a mesma infraestrutura, estádios como a Arena da Floresta (Acre), o Ismael Benigno (Amazonas), o Zerão (Amapá) e o Mangueirão (Pará) passaram por reformas recentemente e se encontram em bom estado. Já outros como o Olho do Furacão (Mato Grosso do Sul), Presidente Dutra (Mato Grosso), João Ribeiro (Tocantins) e Raimundo Ribeiro (Roraima) ainda sofrem com a precariedade das instalações ou gramado em más condições.
Por GloboEsporte.comRio de Janeiro
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