O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou no final da manhã desta sexta-feira (6) que até o momento não há indícios de necessidade de afastamento dos policiais militares que participaram da ação que resultou na morte de 12 suspeitos de assalto e deixou outros três feridos. Um sargento da PM foi atingido de raspão na cabeça, mas foi socorrido e teve alta médica. A troca de tiros ocorreu na madrugada desta sexta, na Estrada das Barreiras, no bairro do Cabula, em Salvador. "A Polícia Civil vai detalhar a apuração e se algum fato justificar o afastamento de alguém, isso será feito. Mas nesse momento não há nenhum indicativo de afastamento dos policiais", destacou o governador.
O secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, defendeu a ação dos policiais. "Tudo está sendo apurado, o Departamento de Homicídio com a Corregedoria de Polícia. Agora prefiro acredita na versão dos meus policiais até que algum outro fato apareça. A resposta da polícia tem que ser dura e energética no combate ao crime organizado", afimrou o secretário.
"Nós não vamos tolerar a participação de elementos armados na prática desse tipo de delito que a gente tem combatido tanto, que é o estouro de terminal de caixa eletrônico por bandidos armados, querendo colocar em risco a sociedade. Os nosso policiais, em uma situação de enfrentamento, não vão ficar esperando alguma coisa acontecer contra eles ou contra a sociedade. O criminoso que quiser enfrentar a polícia vai ter resposta a altura", acrescentou Maurício Barbosa.
Segundo o comandante geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Alves Brandão, o tiroteio aconteceu após policiais receberem a informação de que um grupo planejava roubar um banco na região. A PM afirma que, ao chegar ao local, a viatura das Rondas Especiais (Rondesp) foi recebida a tiros por cerca de 30 assaltantes.
"Seguimos a informação do nosso serviço de inteligência, foi dado um alerta geral e as guarnições ficaram aguardando uma ação desses grupos. Foi quando nós avistamos uma quadrilha na região de Tancredo Neves, próximo a um Terminal de Autoatendimento. Ao abordarem essas pessoas, nossas guarnições se surpreenderam com arsenal deles", contou o militar.
"As informações do policial que estava coordenando [a operação] é que eram mais de trinta pessoas. Estavam bem armados, inclusive com arma de grosso calibre, com poder de fogo de tiro de rajada, com silenciadores. Muitas armas, muitas drogas. Eles vieram bem articulados, inclusive com uniforme. Estavam camuflados também", descreve Brandão.
Dos três suspeitos internados no Hospital Geral Roberto Santos, um teve alta e os outros dois permanecem internados em estado grave na unidade até o início da tarde desta sexta-feira.
A Polícia Civil informou, por volta das 10h desta sexta-feira, que as armas dos policiais foram entregues espontaneamente por eles e irão passar por perícia. Os militares também irão prestar depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta sexta. Três delegados participam das investigações.
Do G1 BA
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