O 2º turno da eleição presidencial
será disputado por Emmanuel Macron, de centro, e Marine Le Pen, da
extrema-direita. François Fillon, dos republicanos, e Jean Luc Mélenchon, da
extrema-esquerda, ficaram de fora, num resultado histórico. Macron obteve 24,01%
dos votos e Le Pen, 21,30%. François Fillon, dos republicanos, foi o terceiro
colocado, com 20,01%, e o socialista Jean-Luc Mélenchon ficou com 19,58%.
"Enquanto
nosso país está passando por um momento único em sua história, marcado pelo
terrorismo, os desafios econômicos e ambientais, sofrimento social, ele
respondeu da forma mais bonita, votando maciçamente. Ele decidiu me colocar na
liderança no primeiro turno das eleições", disse Macron a seus eleitores.
Le Pen afirmou a seus apoiadores que
esta eleição é histórica e que a França não terá mudança com o "herdeiro
de Hollande", referindo-se a Macron. Ela criticou a globalização e afirmou
que é hora de os franceses se tornarem livres da elite arrogante. "A
sobrevivência da França está em jogo", disse, ao pedir que os
"patriotas" a apóiem.
Macron é
favorito para vencer Le Pen no segundo turno, em 7 de maio. Uma pesquisa realizada na manhã
seguinte ao primeiro turno mostra
o candidato centrista derrotando a candidata de extrema-direita por 61% a 38%.
Em outras duas pesquisas realizadas no domingo à noite, ele aparece com 62% e
64% das intenções de voto, respectivamente.
Os grandes derrotados da noite, o conservador François
Fillon e o socialista Benoît Hamon, anunciaram imediatamente que votarão no
social liberal para evitar assim o triunfo da extrema direita. Após assumirem o
desastre que representa para seus partidos ficarem fora do segundo turno, ao
mesmo tempo, pela primeira vez na V República Francesa (instaurada em 1958),
ambos reconheceram sua responsabilidade pessoal nos resultados.
A última vez que a esquerda deixou
de ter um candidato no segundo turno foi nas eleições presidenciais de 2002,
disputadas por Jacques Chirac (conservador) e Jean-Marie Le Pen (extrema
direita e pai da atual candidata Marine Le Pen).
"É uma
derrota moral para a esquerda", afirmou Benoît Hamon, candidato derrotado
do Partido Socialista (PS), que também defendeu o voto em Macron no segundo
turno.
Mélenchon
também se pronunciou publicamente, mas explicou que aguardaria a oficialização
dos resultados para dar mais detalhes de seu posicionamento.
O segundo
turno, que será realizado no próximo dia 7 de maio, permanece cercado de
expectativa. Isso porque o resultado pode levar ao enfraquecimento ou até mesmo
ao fim da União Europeia e da zona do euro. Macron defende a permanência da
França no bloco.
Já Le Pen apoia o chamado Frexit -- a saída do
país do mercado comum.
O tema teve
destaque na campanha em meio à discussão sobre o Brexit, a saída do Reino Unido
da UE. A crise migratória no continente também levanta debates sobre a proteção
das fronteiras. A França, juntamente com a Alemanha, é um dos países fundadores
da UE e chamada de "locomotiva" da construção do bloco.
Com informações do G1
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