A sanfona de Clementino Moura
silenciou. O músico morreu na manhã desta segunda-feira, 29, depois de passar
três dias internado em hospital de Fortaleza, com insuficiência renal. Ainda
não há informações sobre o horário do velório.
Músico autodidata, Clementino já
chegou a dividir palco com Luiz Gonzaga e Dominguinhos. Era conhecido nas casas
de shows da Capital como o Rei da Gafieira. Começou a desbravar o instrumento
ainda criança, por influência de seu pai, que tocava sanfona de oito baixos. Em
Fortaleza, ele foi taxista e, posteriormente, Policial Militar, tendo integrado
a banda de música da corporação.
Para Cláudio Dantas, amigo e
diretor do Clube Santa Cruz, o músico era um ícone entre os colegas. "É a
referência que a gente tinha de chorinho, samba, de música. Era um músico
completo. Até bricavam comigo, dizendo que eu era o filho dele", diz ao O
POVO.
"Vai ficar a boa lembrança das festas, das notas daquela sanfona e um vazio para nós da música", lamenta o sambista e amigo David Gouveia, que conheceu Clementino há 12 anos, tocando no Mercado dos Pinhões. "O Mestre Dominguinhos sempre mencionava o nome dele por onde passava, saudando os Irmãos Moura: Clementino é Otilio Moura", lembra.
"Musicalmente falando, eu posso dizer que o Clementino nasceu para fazer as pessoas dançarem. Tanto pelo repertório quanto pelo carisma que só ele tinha. Deixa um neto que tem o mesmo nome dele, Clementino Moura Filho, com a arte da sanfona e o legado do avô".
Com informações do Jornal O Povo
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