O Ceará teve um prejuízo de R$ 6,45 bilhões em 2016 com a
violência no trânsito, equivalente a 4,86% do Produto Interno Bruto (PIB) do
estado. De acordo com a Escola Nacional de Seguros, o rombo é devido à perda da
capacidade produtiva causada por acidentes que mataram 1752 pessoas e deixaram
outras 4094 com invalidez permanente no ano.
Ceará registra o maior percentual de
perda do Nordeste, que tem média de 2,77% e perdas de R$ 23,98 bilhões. O fator
que mede a perda da capacidade produtiva é chamado de Valor Estatístico da Vida
(VEV), ou seja, o quanto cada brasileiro deixa de produzir anualmente em caso
de morte ou invalidez.
Entre 2015 e 2016, houve redução de
46% na perda do PIB do estado. Segundo Claudio Contador, da Escola de Seguros,
a redução do número de vítimas de acidentes graves está ligada a dois fatores:
o aumento da fiscalização (Lei Seca) em alguns estados e a crise econômica, que
reduziu as vendas de automóveis e tirou muitos veículos de circulação no país.
"A violência no trânsito caiu
de forma considerável, o que é um fato alentador. Ainda assim, o número de
vítimas remete a um quadro de guerra. E a grande maioria concentra-se na faixa
etária de 18 a 64 anos. Ou seja, pertence a um grupo em plena produção de
riquezas para a sociedade", diz.
São Paulo, Minas Gerais e Paraná
lideram as estatísticas de perdas decorrentes dos acidentes de trânsito.
Segundo o estudo, o impacto econômico nesses estados foi de R$ 24,7 bilhões, R$
15,7 bilhões e R$ 11 bilhões, respectivamente. Em São Paulo, morreram 5.248
pessoas em acidentes no ano passado – quase o dobro de toda a Região Norte.
Com informações do G1 CE
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