A Universidade Federal do Ceará (UFC) inaugura nesta
quinta-feira (13) o primeiro banco de pele de tilápia. O equipamento surgiu a partir dos
estudos sobre a pele do peixe para tratamento de pessoas com queimadura, no
entanto, a pesquisa deve ser estendida para outras áreas
como a ginecologia, endoscopia, urologia, odontologia e otorrinolaringologia.
Ao todo, mil peles serão armazenadas.
O banco será coordenado pelo Núcleo
de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC, em parceria com o
Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ). O banco de pele ficará na sede do NPDM,
na Rua Coronel Nunes de Melo, no Bairro Rodolfo Teófilo.
O professor Odorico de Moraes, coordenador
do NPDM, será responsável pela direção do banco, que terá ainda a coordenação
médica de Edmar Maciel, presidente do IAQ, e coordenação de enfermagem de
Cybele Leontsinis, do Centro de Tratamento de Queimados do Instituto Dr. José
Frota (IJF).
Primeira pele animal do Brasil e a
primeira de animal aquático do mundo estudada no tratamento de queimaduras, o
curativo biológico de tilápia é usado em pacientes com queimaduras de segundo e
terceiro graus.
Uma das vantagens apontada pelos
pesquisadores para uso da pele é a diminuição dos procedimentos de troca de
curativos, o que acarreta menos dor e desconforto ao longo do tratamento. Outro
benefício é que a pele de tilápia tem maior quantidade de colágeno dos tipos 1
e 3, proteínas importantes no processo de cicatrização. O uso da pele de
tilápia também evita contaminação bacteriana e perda de líquidos, secreção de
natureza inflamatória.
A realização de um estudo
multicêntrico está prevista para o segundo semestre de 2017 nos estados de
Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, onde mil
unidades da pele de tilápia esterilizadas vão beneficiar pacientes vítimas de
queimaduras.
Com informações do G1 CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário