9 de fevereiro de 2015

Costa do Marfim repete 1992, vence Gana nos pênaltis e fica com o título

Gana entrou em campo para a decisão da Copa Africana de Nações querendo devolver a derrota na final de 1992, nos pênaltis. Mas o enredo foi o mesmo, com um final feliz para os marfinenses. Após empate em 0 a 0 no tempo regulamentar e na prorrogação, o goleiro Barry pegou duas penalidades e balançou a rede na 22ª cobrança da decisão para definir o 9 a 8 para Costa do Marfim: vitória, título e festa para Yaya Touré e companhia.
Com o resultado, os marfinenses levantam a taça pela segunda vez na história da competição. Gana, com quatro canecos conquistados, chega a quarta derrota na decisão da Copa Africana. A última havia sido em 2010, em Angola, contra o Egito, quando perdeu por 1 a 0.
Costa do Marfim bate Gana nos penáltis e é campeã africana (Foto: Reuters)Jogadores marfinenses comemoram: Costa do Marfim bate Gana nos pênaltis e é campeã africana (Foto: Reuters)
Muita entrega, pouca bola
Pelos personagens presentes em campo, a expectativa era de uma grande final de campeonato. Porém, a qualidade de jogadores como Yaya Touré e Asamoah Gyan deu lugar aos violentos lances de Serey Die. Aos 15 minutos do primeiro tempo, o volante marfinense já havia levado um cartão amarelo por uma entrada perigosa em Wakaso. Os ânimos foram se acalmando e a primeira chance da partida foi de Gana. Atsu recebeu de Ayew e bateu de fora. A bola explodiu na trave esquerda de Barry. 
Com mais posse de bola, a Costa do Marfim apostava na velocidade de Gervinho, mas não conseguiu repetir a boa atuação da semifinal. Sem deixar espaços, Gana equilibrou o jogo e teve oportunidades para garantir o título no tempo regulamentar, mas parou nas boas defesas de Barry.
Die e Wakaso Costa do Marfim x Gana (Foto: Reuters)Serey Die acerta Wakaso, de Gana: árbitro deu apenas o amarelo para o volante marfinense (Foto: Reuters)
A prorrogação não reservou grandes emoções. Com duas equipes tensas dentro de campo, poucas oportunidades de gol foram criadas. Gana foi quem mais buscou o campo de ataque, sempre com Atsu, nos remates de longe, e Gyan, incomodando na grande área. Sem bola na rede, as seleções levaram a decisão para a marca das penalidades.
22 pênaltis, lesões e herói Barry
Se a história já era parecida com a do título da Costa do Marfim em 1992, os deuses do futebol reservaram ainda mais semelhanças. Na oportunidade, os marfinenses venceram o duelo por 11 a 10, com 12 cobranças para cada lado. Desta vez foram 22 oportunidades para cada seleção e consagração de um herói improvável.
Coube ao goleiro Barry, da Costa do Marfim, garantir mais um caneco. Após dez pênaltis para cada lado e um empate de 8 a 8, os goleiros foram para a cobrança. Razak parou no arqueiro marfinense, que após se lesionar duas vezes durante as penalidades - a perna direita e a mão esquerda - cobrou com perfeição a 22ª penalidade e definiu o jogo. 
Costa do Marfim bate Gana nos penáltis e é campeã africana (Foto: AP)Capitão marfinense, Yaya Touré comemora com a taça juntos com os companheiros (Foto: AP)


Por 
Bata, Guiné Equatorial

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